Imagem de Anomaly 2
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Anomaly 2

Nota do Voxel
85

Multiplayer assimétrico em um Tower Defense de ponta-cabeça

Após uma invasão alienígena de grandes proporções, o que restou da Terra é algo bem pouco hospitaleiro. Há armas extraterrestres por todo canto, infraestruturas reduzidas a ruínas e, para ajudar, uma temperatura muito abaixo do que seria considerado “agradável”. Em meio a esse cenário devastado, você, o líder de uma equipe de resistência humana, precisará conduzir seu comboio por entre a pesada artilharia dos invasores. Mas isso é só o começo.

Na verdade, cá entre nós, o cenário pós-apocalíptico pintado para a continuação de Anomaly: Warzone Earth é tão relevante quanto a história pessoal dos personagens de Street Fighter II. Trata-se, na verdade, de uma boa desculpa para que se possa revelar a jogabilidade de um dos Tower Defense mais criativos dos últimos tempos.

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Para quem não encarou Warzone Earth, tratava-se ali da resposta a uma simples pergunta, supostamente feita pela 11 bit studios em algum momento: “E se o jogador não colocasse mais as torres, mas organizasse os comboios que invadem o cenário de um Tower Defense?”. Mas Anomaly 2 vai além da proposta do seu antecessor.

Ok, esse “além” deve ser entendido em termos. Na verdade, caso ligue o seu PC para encarar o modo campanha do novo título, o que você encontrará será algo incrivelmente familiar a Warzone Earth. De fato, a impressão que se tem é a de que o mesmo modo história ganhou novos desdobramentos, culminando em missões inéditas — com algumas poucas surpresas pontuando a trama aqui e ali.

Mas isso certamente muda com o modo multiplayer. Seguindo a tendência atual de produzir modos multijogador em que os competidores não se encontrem em pé de igualdade — estilo comumente denominado de “multiplayer assimétrico” —, Anomaly 2 simplesmente dá um passo natural para a evolução da fórmula.

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Agora você ou um bom amigo podem controlar a tenebrosa artilharia alienígena, em uma disputa de andamento lento mas incrivelmente tenso. Mas não fica só nisso. Vale a pena dar uma olhada nos detalhes — a fim de conferir se o pacote de US$ 15 (aproximadamente R$ 30) da 11 bit studios realmente vale o que é pedido.

O primeiro Anomaly conseguiu uma proeza simples mas incrivelmente inventiva. Ao olhar para o já saturado mercado de títulos Tower Defense, a 11 bit studios imaginou se não poderia ser uma boa possibilidade inverter as coisas — tirando o jogador do tradicional controle de torres para colocá-lo na ofensiva. Com certeza funcionou.

Nesse quesito, Anomaly 2 certamente segue os passos do seu antecessor. Embora seja verdade que o modo single player ganhou muito pouco, a nova geração do RTS soube não apenas aproveitar bem a moda atual do multiplayer assimétrico como ainda o fez de forma muito natural — quer dizer, foi só jogar outro ser humano para controlar as torres, dando uma dimensão tática sem precedentes a um gênero até então bastante simplório.

A adição da funcionalidade à la Transformers também representa um belo upgrade aqui. Todas as unidades ganham agora versões alternativas bípedes — perfeitas para combates mais próximos, acrescentando uma nova dimensão tática à fórmula original do primeiro game.

É verdade que a quantidade excessiva de passos deve desencorajar alguns novatos em pouco tempo — já que realmente demora para dominar todas as mecânicas aqui. Entretanto, é justamente daí que surge também uma variedade e uma riqueza que dificilmente são encontradas em um Tower Defense. E tudo isso por US$ 15. Vale a pena conferir.

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