Imagem de Assassin’s Creed 3: The Tyranny of King Washington - The Infamy
Imagem de Assassin’s Creed 3: The Tyranny of King Washington - The Infamy

Assassin’s Creed 3: The Tyranny of King Washington - The Infamy

Nota do Voxel
75

Um pequeno fragmento de uma grande história

Os DLC estão no centro de uma grande polêmica ao longo de toda esta geração, constantemente flertando entre ser uma expansão da experiência central e um caça-níquel descarado. E por mais que você não goste do formato ou não concorde com as estratégias de produtoras quanto ao assunto, não podemos nos esquecer de que, no meio de tantos extras questionáveis, há algumas pérolas escondidas.

Exemplo disso é The Tyranny of King Washington, que expande o universo de Assassin’s Creed 3 de maneira um pouco diferente daquela que estamos habituados a ver. Em vez de simplesmente dar continuidade à história ou trazer algumas missões a mais, o DLC transforma todo o universo da série, criando quase como se fosse uma realidade paralela à trama original.


A ideia lembra muito o que a Rockstar fez com Red Dead Redemption ao trazer Undead Nightmare, recriando o universo a partir de outra proposta. No entanto, mais do que a ausência de zumbis, há algumas diferenças bem drásticas dentro do reinado de George Washington em comparação à luta de John Marston contra os mortos-vivos, sobretudo em relação ao sistema de capítulos.

Seguindo um formato cada vez mais popular — graças ao sucesso dos títulos da Telltale, principalmente —, a Ubisoft optou por dividir o DLC em três partes, sendo The Infamy o primeiro a chegar aos consoles e PCs, totalmente dublado em português. E por mais interessante que seja interessante ver esse lado mais “tribal” de nosso herói, a decisão de separar a história em capítulos tira um pouco do brilho do extra que poderia ser o novo Undead Nightmare desta geração.

Desde seu anúncio, antes mesmo do lançamento de Assassin’s Creed 3, The Tyranny of King Washington se mostrava como um DLC diferente daqueles que estamos acostumados a ver, trazendo uma abordagem diferenciada do jogo principal. E nesse aspecto, ele não decepciona, já que consegue criar um universo paralelo que une muito daquilo que funcionou no título original ao mesmo tempo em que adiciona novos elementos.

Acompanhar uma versão alternativa — ou nem tanto assim — de Connor é algo muito interessante, principalmente quando isso explora uma das melhores partes de AC3. Adicione a isso os poderes inéditos e as possibilidades oferecidas e você tem uma experiência realmente interessante e divertida.

Por outro lado, a divisão em capítulos não favorece o desenvolvimento da história. The Infamy tem um começo lento e só mostra para que veio a partir de sua metade, algo que prejudica todo o ritmo. Você demora para se empolgar com a trama e as demais novidades e, quando isso finalmente acontece, o jogo acaba.

Ao concluir The Infamy, a impressão que fica é que ele é apenas o começo de algo muito maior e que tem um incrível potencial, mas cuja execução foi atrapalhada pela ânsia de vender mais DLCs. É quase como se a história tivesse sido imaginada como um todo e dividida em partes posteriormente, criando esse problema.

De uma forma ou de outra, Tyranny of King Washington é uma excelente forma de expandir o universo de Assassin’s Creed 3, principalmente por oferecer uma perspectiva diferente dos personagens que conhecemos. Por mais que o sistema de capítulos tire um pouco do seu brilho, ele ainda mantém a excelência do título original e deixa claro que ainda há muito por vir — mesmo que de maneira picotada.

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