Imagem de Battlefield 1943
Imagem de Battlefield 1943

Battlefield 1943

Nota do Voxel
88

A velha franquia, a ótima jogabilidade de sempre... E novidades espetaculares.

Para quem ainda não sabe, Battlefield é um nome que simboliza um estilo único dentro do gênero FPS (games de tiro em perspectiva de primeira pessoa). A série da Electronic Arts causou impacto desde que surgiu com o clássico Battlefield 1942, um dos títulos mais aclamados da história dos video games. Guerra em proporções nunca vistas antes, com aviões, barcos e todas as armas espetaculares deste período histórico.

Enfim, o que importa é que a EA não parou por aí e continuou a distribuir jogos de peso dentro da mesma franquia. Então, surgiu a ideia de lançar Battlefield 1943, um game que traz toda a fórmula inicial da série e, ao mesmo tempo, apresenta novidades contidas em outros títulos, como Battlefield: Bad Company. Destruir partes do cenário? Com certeza.


De modo geral, 1943 traz uma nostalgia gostosa para os que já conhecem Battlefield e satisfaz os jogadores desta geração de video games que nunca ouviram falar da série. Com isso, é possível afirmar que não há motivos para que os fãs de FPS deixem de experimentar este jogo.

Intensidade no multiplayer

Battlefield 1943 pode ser jogado apenas se gamer tiver acesso à internet. Sim, os desenvolvedores restringem um pouco as possibilidades de jogabilidade com essa restrição, mas a mensagem é clara: combater com outros (no máximo 12 contra 12). O foco do game é a batalha entre jogadores, o que torna toda a atmosfera de guerra ainda mais excitante.

Com isso, o gamer é obrigado a entrar nas batalhas e tentar fazer o maior estrago possível para ajudar sua facção a vencer. Seja como soldado estadunidense ou como combatente nipônico, você não tem escapatória: é matar ou morrer.

Ops, acho que explodi alguma coisa Como de praxe, o modo de jogo é apenas um. O que muitos chamam de Conquest significa brigar pelo domínio de cinco de pontos estratégicos no mapa. Quanto mais bases capturadas, melhor. Matar e hastear a bandeira nesses locais estratégicos faz com que o time adversário perca pontos mais rapidamente. Portanto, é fundamental ter o domínio da maior parte de bases, ou a derrota será inevitável.

O tempo está contra todos. Os grandes mapas (no momento em que está análise foi feita, apenas três estavam disponíveis) oferecem várias possibilidades de destruição e aniquilação dos inimigos, mas os jogadores precisam ser rápidos para recuperarem as bases, caso estejam perdendo. A barra indicadora de pontos pode facilmente atiçar o desespero do time mais fraco.

Wake Island, Guadalcanal e Iwo Jima. Nomes extremamente familiares para os fãs de Battlefield 1942, não é mesmo? Os belos cenários contam com muitas elevações, praias e construções propícias para o combate. Caso o gamer pereça em batalha, pode aparecer novamente em qualquer um dos pontos estratégicos dominados pelo seu time. Escolher a base para entrar em combate só não é mais importante que determinar a classe do combatente.


O número de classes é o mesmo de mapas: apenas três. Mas é impressionante a diversão encontrada com apenas esses tipos de soldado. O Infantry possui granadas, armas potentes e é ideal para escoltar veículos, embora seja facilmente derrotado em campo aberto. Já o Rifleman conta com uma submetralhadora e granadas, sendo bastante eficiente em médias distâncias. Enquanto isso, o Scout tem um rifle de franco-atirador — "sniper" — e bombas ativadas remotamente.

Cada classe conta, ainda, com uma arma de ataque corpo-a-corpo (chave inglesa, baioneta ou espada). O jogador, portanto, deve escolher um perfil que se encaixe com as necessidades do momento. Ao entrar em combate, as possibilidades são intensamente variadas.

Ação inigualável

Imagine a seguinte cena: um jogador escolhe o Scout, avista um jipe e vai em direção ao veículo. Só que esse combatente é um tanto ousado e decide acoplar bombas ao carro. O soldado, então, entra no jipe e dirige freneticamente rumo à base inimiga mais próxima. Antes de bater em cheio contra algum tanque de guerra (já recebendo uma saraivada de balas), o gamer pula fora e se esconde. Com qual intenção? Bem, acho que você sabe.

Os veículos tomam conta Essa é apenas uma das ideias que os jogadores mais, digamos, "explosivos" tiveram ao entrar em contato com a jogabilidade extremamente prática e dinâmica. Battlefield 1943 é puramente arcade, mas isso não impede que uma forte atmosfera de guerra tome conta das batalhas de forma realista e impactante. As balas machucam, as bazucas explodem e os aviões quebram tudo, como sempre.

Falando em veículos, há pequenas restrições neste jogo. As opções de transporte são: barcos, aviões, jipes e tanques de guerra. Não há helicópteros e não é possível controlar os grandes navios estacionados, que servem como as bases primárias dos times e não podem ser capturados. Uma das maiores limitações é que apenas quatro aviões (dois de cada facção) podem voar simultaneamente.

Enfim, é realmente necessário mencionar as possibilidades que essas "poucas" formas de transporte oferecem dentro dos combates? Particularmente, as aeronaves são muito divertidas e podem alterar o rumo das batalhas de forma inesperada. E é claro que o jogo não deixaria de oferecer opções estacionárias de tiro, como metralhadoras e armas antiaéreas, bem como itens — mais especificamente, mochilas — que possibilitam a troca de classe em pleno combate.

O que difere este game de Battlefield 1942, por exemplo? Uma série de quesitos. A munição, aqui, é infinita. Mesmo as granadas podem ser arremessadas infinitamente, embora haja um pequeno tempo de espera após o arremesso das duas primeiras granadas. Além disso, não há uma quantidade específica de energia para cada combatente. É o mesmo sistema de Call of Duty: se você está machucado, procure abrigo e recupere suas forças por um pequeno período de tempo antes de voltar aos tiroteios.

A paisagem é muito interessante

A maior particularidade deste game, talvez, é a presença de elementos destrutivos no mapa. Bem, praticamente tudo pode ser demolido. A influência de Bad Company é clara nesse ponto, visto que as paredes, pontes, trincheiras, grades e outras estruturas podem ser transformadas em ruínas através de várias formas (explosivos, disparos de bazuca, projéteis de tanques de guerra e bombas de aviões são bons exemplos).

O resultado é caótico. Muitas vezes, o combatente pensa que está seguro atrás de uma parede. O engano, literalmente, é fatal. Dessa forma, o pessoal da DICE faz com que os gamers pensem duas vezes antes de procurar refúgio em formas frágeis de proteção, principalmente quando o soldado inimigo está dentro de um tanque de guerra.

Há até mesmo a chance de chamar um ataque aéreo espetacular através de um "bunker" específico. Com isso, alguns aviões aparecem para que uma série de bombas seja despejada no mapa, destruindo tudo e todos.

Parceria entre dinamismo e jogabilidade satisfatória

Comandos básicos — como correr rapidamente e agachar-se — integram de forma crucial o esquema de controles do jogo. Para quem já está acostumado a brincar com games FPS nos consoles, não há grandes problemas dentro da jogabilidade de Battlefield 1943.

É claro que boa parte dos fãs prefere executar os comandos através de um teclado e de um mouse, periféricos do PC que facilitam a experiência significativamente. Outro empecilho que muitos gamers podem encontrar — principalmente os residentes no Brasil — é o atraso na conexão, o que impede a execução de tiros precisos. Sim, o "lag" aparece frequentemente para os jogadores brasileiros.


Uma unicidade deste game é a possibilidade da formação de grupos ("squads"). Com isso, é possível falar com outros jogadores da mesma equipe através de um microfone. Infelizmente, essa funcionalidade ainda conta com uma série de problemas, como silêncio repentino e interrupções na comunicação.

Outra particularidade do jogo é o sistema de "ranks". Com isso, os gamers têm a possibilidade de comparar a experiência em combate através das diferentes categorias existentes. Também emocionante é o conjunto de conquistas — "achievements" no Xbox 360 e troféus no PlayStation 3 — que o game oferece.

Tudo contribui para que o jogador passe muitas horas brigando com gamers do mundo todo. Adquirir pontos em combate, por exemplo, não é algo feito apenas a partir de mortes e captura de pontos estratégicos. Qualquer participação dentro desses dois feitios rende pontos ao soldado, mas ajudar na defesa das bases também aumenta a pontuação. Cometer suicídio, entretanto, prejudica o escore do combatente.

Gráficos não tão ruins assim, não é?

Enfim, Battlefield 1943 vale a pena. Tecnicamente, o visual é bom, mesmo com a quantidade impressionante de bordas serrilhadas e "pop-ins" (surgimento repentino de texturas e objetos). Na realidade, o que mais se destaca é o trabalho de arte e o estilo dos mapas. A natureza entra em conflito com a guerra, e esse conflito é muito emocionante.

Sonoramente, o jogo é alucinante. Os sons formam a principal arma dos desenvolvedores para que os jogadores se sintam envolvidos com a atmosfera violenta do game. São pequenos — e charmosos — detalhes que cativam os fãs de tiroteios, como "a voz narrativa de rádio antigo" que retrata o resultado de uma furiosa batalha.

O resultado final, portanto, é curiosamente simples e atraente. No momento em que o Baixaki Jogos fez esta análise, apenas três mapas estavam disponíveis, mas a EA afirmou que um novo cenário seria lançado assim que cada versão do game para consoles chegasse à marca de 43 milhões de mortes. Originalmente com menos de 600 MB de tamanho, o game é pequeno, mas a diversão é muito grande.


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