Imagem de Bee Movie Game
Imagem de Bee Movie Game

Bee Movie Game

Nota do Voxel
49

A má-vontade de se produzir mel por parte de Barry se reflete em todo o jogo.

O que acontece quando se junta um elenco estelar como Matthew Broderick, Renée Zellweger e Oprah Winfrey com o comediante Jerry Seinfeld? Nada de espetacular na verdade. Assim como o filme não foi tudo aquilo que se esperava, o game resultante também deixa muito a desejar.

Um filme “B”ee


Em primeiro lugar, vale ressaltar que o jogo segue a história do filme, sem no entanto explicar muito. Cenas importantes – ou que possuem efeito dramático – que podem ser utilizadas para criar elementos de jogabilidade são as únicas que aparecem no game. Para aqueles que nunca viram o filme isto se torna extremamente confuso.  Pedaços inteiros da história são pulados sem explicação alguma.

Além disso, como em toda adaptação, algumas liberdades foram tomadas. Barry – o protagonista – pode participar de qualquer profissão existente, inclusive alternando. Mas vamos com calma, já estamos criticando demais e pulando algumas partes. Voltemos ao ínicio.

Barry em um vôo com os Jocks

A história é que Barry se encontra em um talk show cujo tema é a sua experiência com humanos fora de sua colméia. A partir daí, flashbacks narram os eventos ocorridos com alguns comentários ocasionais por parte da entrevistadora ou do protagonista. Inicialmente o humor é engraçado, embora muito se perca por possuir inúmeras referências que nós no Brasil não conhecemos – ou muito poucos conhecem.

Isto dito, passemos ao jogo em si, que na verdade é bastante simples.

Faça isso, faça aquilo!

O game possui diversas características diferentes. Em geral, é um cenário aberto em que você pode passear e decidir o que irá fazer – conduzir a história, praticar as profissões, etc – e até mesmo utilizar os carros dos outros para se locomover. No entanto, aqui isto não ocorre ao estilo GTA, você simplesmente entra no carro junto com o dono e ao sair ele continuará em seu caminho como se nada tivesse acontecido. Bastante estranho.

Caso escolha seguir a narrativa, os eventos principais ocorrem através de um sistema em que o jogo diz o que fazer – “Aperte o X!” por exemplo – e o jogador apenas reage. Em seguida, alguma ação é permitida, como polinizar flores ou fugir da chuva. Neste modo diversos comandos existem. É possível ativar o “sentido abelha” para dar um efeito à la Matrix ao jogo, permitindo que você desvie de gotas d’água, por exemplo.

Acha que já viu essa imagem antes? Pois é, sensação normal ao jogar

O principal elemento desta parte do jogo é um tipo de pistola coletora de pólen. Com ela, você pega a substância de flores sadias e rega plantas que estão morrendo, de forma a revitalizá-las. Isto é feito com os dois gatilhos do controle, o esquerdo para travar a mira no alvo e o direito para executar as ações.

Também é possível atirar com sua arma em inimigos, como vespas. O que pode ser bastante frustrante na verdade, já que os controles não são intuitivos e é muito difícil descobrir de onde vêm os tiros alheios. No final das contas, no entanto, o objetivo final é sempre curar plantas doentes através de pólen ou fugir da chuva. Bastante repetitivo e nada interessante. Ainda mais com a quantidade excessiva de tarefas necessárias para se completar os objetivos.

Caso decida rodar um pouco pela cidade ao invés de avançar no game, é possível realizar inúmeros minigames. No entanto, isso não é um ponto positivo. Todos eles são bastante simplistas e repetitivos, possuindo  recompensas ínfimas, e representam as profissões disponíveis para Barry. Alguns exemplos são: taxista, fabricante de mel, piloto... Nem mesmo a última consegue ser divertida, pois parece que os carros estão indo a 10 quilômetros por hora.

Mario Kart pula uma geração de consoles para trás

Mas não se desespere, existe um modo multiplayer, que permite dividir a chatice dos minigames com um amigo! Desde uma cópia barata de Mario Kart até outros bem menos interessantes, você não irá se frustrar sozinho pelo menos.

Uma apresentação simplória

Falando em rodar pela cidade, devemos lembrar que não é algo divertido ou agradável. Os cenários são bastante repetitivos – mesmo para uma colméia – e os gráficos parecem ter saído do Wii. Tudo bem, entendemos que é para ficar parecido com o filme, mas vamos prestar atenção ao mundo do lado de fora da cidade de Barry.

A distância de visão dos objetos é muito curta. Flores que deveriam ter pólen brilhando sobre elas parecem ser meros elementos de cenário até que se chegue perto o suficiente. Embora o mundo seja Nem o nome é originalbastante colorido, as sombras não são muito realistas e existem poucos tipos de flores.

O som é o ponto alto deste título. Com as vozes dos personagens sendo as mesmas dos atores do filme, fica bastante fácil se acostumar com os diversos seres diferentes. As piadas só são engraçadas se forem ouvidas, ler as legendas não transmite toda graça da coisa. Além disso, este aspecto é o único que parece refletir o status de fama dos participantes do projeto.

Enfim, mais uma adaptação de filme para videogames que não deu certo. Talvez os fãs fanáticos de Jerry Seinfeld ou do filme possam encontrar algum tipo de diversão ao entrar na pele de Barry Bee Benson, de forma a se sentir parte da aventura. Fora isso, em especial para os que não foram aos cinemas ver o projeto original, o jogo se revela uma grande perda de tempo.
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