Imagem de BioShock 2
Imagem de BioShock 2

BioShock 2

Nota do Voxel
89

A volta a Rapture é perversa, carregada de ação e digna de muitos elogios

Em 2007, BioShock conseguiu se distinguir de tudo e de todos. O jogo de tiro em primeira pessoa contou com uma ambientação única: Rapture, a cidade submersa em que todos eram livres de censura, de governo e de leis, o ambiente em que poderiam desenvolver seus sonhos e projetos, além de evoluir livres dos problemas alheios.

O título trouxe uma série de questionamentos morais, além de uma visão alternativa — e completamente deturpada — do que seria o auge da década de 1950. Cidadãos logo se tornaram vítimas de seus desejos, consumindo a própria sanidade em busca de poder e de habilidades.

BioShock 2 é um regresso às profundezas do oceano. Jack — o protagonista anterior — não faz mais parte da narrativa. Quem entra em cena agora é Alpha, um dos primeiros (senão o primeiro) protótipos dos Big Daddies a ser construído, dotado de livre arbítrio e de capacidades superiores se comparadas às dos demais alvos de testes. Ele foi também o primeiro a ter um elo efetivo com uma Little Sister — Eleanor Lamb. Infelizmente, esta ligação praticamente lhe custará a vida, graças ao desejo de Sofia Lamb de retomar sua filha.

Induzido por uma profunda hipnose, você é forçado a remover seu capacete e colocar uma bala no seu próprio cérebro, deixando a pequena vulnerável. Seu “sono” termina dez anos depois, graças ao chamado de Eleanor, que clama por libertação.

Não tenha dúvidas: Bioshock 2 é um excelente jogo. As mecânicas de partida (como o próprio “Hacking”) foram revitalizadas e melhoradas em todos os aspectos. A possibilidade de manter a habilidade e o armamento simultaneamente abre novos precedentes em termos de jogabilidade.

Os combates são realmente infernais: fazem você suar na cadeira a cada encontro, tamanho o aumento no nível de dificuldade. É necessário tomar uma abordagem mais estratégica e cautelosa, em oposição ao tradicional “correr e atirar”. Como complemento a isso, temos o surgimento das Big Sisters, criaturas impiedosas que o caçarão ao longo de toda a história.

As modalidades online serão capazes de prender os jogadores por muito tempo, graças à diversidade de objetivos, mapas e ao sistema de progressão por níveis, que abre novas peças da história e poderes para o seu personagem. É um verdadeiro incentivo para que a matança siga em frente!

Entretanto, é inegável que a segunda viagem já não carrega a mesma impressão e nem mesmo a magia do primeiro jogo. Isso acontece porque todos já tiveram contato com Rapture, com sua sociedade apodrecida pelo desejo de poder e com suas perversões. Que os novos episódios (se é que um dia eles existirão) abordem pontos diferentes da narrativa — a exemplo da própria construção da cidade.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.