Imagem de BioShock Infinite - Burial at Sea Episode 2
Imagem de BioShock Infinite - Burial at Sea Episode 2

BioShock Infinite - Burial at Sea Episode 2

Nota do Voxel
95

O majestoso laço que finaliza BioShock

Há sempre um farol, há sempre um homem e há sempre uma cidade. As três constantes reveladas em BioShock Infinite receberam uma mudança brusca chamada Burial at Sea. Depois de terminar o primeiro episódio, há uma peça faltando – e Elizabeth volta de seu mundo perfeito em Paris para reorganizar o quebra-cabeça e salvar a pequena Sally, que caiu nas mãos do ambicioso Frank Fontaine.

Mas toda essa viagem de volta não foi tomada sem riscos. Os poderes quase divinos da garota tiveram de ser sacrificados para ganhar uma nova chance de reingressar em Rapture. Temos assim o controle de uma Elizabeth sem fendas e sem visão do futuro, um alvo frágil frente a todo o ambiente hostil da cidade submersa em guerra e ameaças. Mas também temos a possibilidade de vivenciar uma experiência completamente diferente, movimentando-se furtivamente por todo o cenário único e marcante de Rapture.

BioShock Infinite – Burial at Sea Episode 2 é diferente do episódio que antecede a parte final do quebra-cabeça de BioShock. Ele inova e surpreende em história e jogabilidade, entrelaçando os pontos que todos os fãs da série imaginam desde os últimos momentos na pele de Booker DeWitt.

Um ambiente hostil e desafiador

Elizabeth não é nada resistente e pode morrer com poucos tiros, e por isso ela conta com vários elementos para ajudá-la a passar pelos desafios e perigos de Rapture. O primeiro deles é o armamento diferenciado.

Embora seja possível utilizar pistolas e outras armas pesadas, a fragilidade da garota requer uma movimentação furtiva, sendo possível utilizar dardos tranquilizantes ou projéteis que chamem a atenção para que ela passe sem um combate direto com os adversários. A munição também é limitada, contribuindo para ações cada vez mais calculadas e táticas.

Outro elemento interessante é o conjunto novo de Vigors que ajudam a garota nesse trabalho furtivo. Com Peeping Tom, é possível localizar pessoas ao redor e passar por elas completamente invisível, e o Ironsides cria uma proteção contra tiros para você procurar um canto seguro para despistar qualquer ameaça.

O ambiente não é o mesmo do episódio anterior. A guerra civil em Rapture está em pleno vapor, e é possível acompanhar toda a tensão entre Andrew Ryan e Atlas nos combates que se desenrolam pela cidade, e isso reflete em um cenário mais escuro, ameaçador e que não esquece os detalhes.

Mas não é apenas em Rapture que se desenrola a trama, e outros cenários novos e conhecidos serão visitados por Elizabeth. Não preciso dizer que a trilha sonora ainda acompanhará o jogador com melodias inesquecíveis – um ciclo que não foi quebrado desde os primeiros minutos de Booker na cidade de Columbia.

O laço final

De uma forma diferente do que no episódio anterior, Elizabeth segue uma viagem maior e cheia de surpresas, que são reveladas durante a caminhada. O pequeno detalhe que incomoda é que alguns cenários e missões seguem uma linearidade reservada para estas revelações, como cruzar uma sequência de salas trancadas que no fim culminam no seu objetivo – e depois, misteriosamente, todas são abertas para voltar à ação furtiva.

Mas este detalhe não incomoda a experiência final, que reserva surpresas intrigantes e que relacionam os títulos anteriores da série. Ligações entre os personagens dos dois universos vão sendo estabelecidas, carregando revelações que envolvem outros elementos característicos de BioShock, como os Big Daddys, Little Sisters e até mesmo Songbird.

Dessa forma, Elizabeth vai fechando de uma forma surpreendente o quebra-cabeça de BioShock, renovando um ciclo que ficará guardado para sempre na memória dos jogadores. Há sempre um farol, há sempre um homem e há sempre uma cidade – e descobre-se que, de Booker a Jack, todos nasceram para fazer grandes coisas.

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Pontos Positivos
  • Elizabeth protagoniza com toda a sua personalidade e seus pontos fracos
  • Movimentação furtiva e estratégica
  • Novas armas e Vigors
  • Ligação definitiva entre Columbia e Rapture
Pontos Negativos
  • Missões um pouco impostas conduzem a narrativa