Imagem de Dead Nation: Apocalypse Edition
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Dead Nation: Apocalypse Edition

Nota do Voxel
80

Um belo passatempo sanguinário – e muito mais bonito

Fazer a portabilidade de qualquer título é uma tarefa mais ferrenha do que podemos imaginar, ainda mais quando ele vem de um longínquo 2010. Dead Nation foi um dos primeiros jogos do PS3 a serem oferecidos na Plus, quando ela ainda engatinhava, e pode se gabar por ser um exclusivo interessante da família PlayStation desde então. Agora, o game ganhou novo vigor em sua Apocalypse Edition para o PS4.

Não que a temática zumbi seja inédita, mas a forma como ela é abordada pode, e deve, ser explorada de diferentes maneiras. Nesse sentido, Dead Nation: Apocalypse Edition cumpre com maestria sua proposta: oferecer uma experiência no PS4 ainda melhor do que aquela estabelecida em 2010 no PS3.

Até porque, convenhamos, o novo console da Sony carece de títulos de peso. Não que o game supra essa necessidade, mas ele se mostra um excelente passatempo – ainda mais para quem é assinante da Plus, pois o jogo é gratuito.

Ah, 1080p, venha cá, quero lhe usar

A visão isométrica, à la Diablo, é providencial para o esquema de jogo proposto por Dead Nation. Aquilo que vimos no PS3 quatro anos atrás está ainda mais refinado e com belíssimas adições de texturas.

O trabalho de renderização ficou caprichado. O sistema de iluminação é absolutamente dinâmico e traz um excelente jogo de luz e sombra para que o jogador se sinta num ambiente “claustrofóbico”, mesmo que o mundo de jogo seja relativamente grande e explorável.

A taxa de quadros por segundo gira em torno de 45 a 60 fps e raramente fica abaixo disso, a não ser em cenários abarrotados de zumbis, carros e outros elementos. No PS3, o game roda a 720p, ao passo que a versão renovada no PS4 se gaba de 1080p. Nada é pré-renderizado na ação que rola em tempo real, apenas algumas cut-scenes – caprichadas, diga-se de passagem.

Perspectiva de câmera isométrica e controles melhorados

Um dos aspectos mais interessantes de Dead Nation é sua visão isométrica. Ela é simplesmente perfeita para o jogador visualizar tudo o que está acontecendo sem perder um detalhe da ação. Aqui, é necessário ter olhos em 360 graus e dedos afiados nos analógicos do DualShock 4.

O controle, aliás, é utilizado exaustivamente para gerenciar todos os recursos do game. Para controlar o personagem, use o analógico esquerdo. A mira fica a cargo do direito. É um esquema semelhante ao dos shooters – mas a diferença é que você rotaciona o analógico direito o tempo inteiro, algo que pode desgastar consideravelmente a borracha do botão.

Mas nada disso ofusca a ação ou chega a preocupar, pois os checkpoints estão estrategicamente distribuídos para dar um refresco à frenética devastação de zumbis. Esses pontos de descanso são verdadeiros oásis para uma sombra merecida – e necessária, pois a ação se torna repetitiva com o tempo.

Apocalypse Edition: modos inéditos e vários rastreadores

Uma das modalidades inéditas da portabilidade de Dead Nation é o modo Challenge: ao concluir qualquer fase, o jogador pode enviar seu placar a um amigo, que teoricamente deve tentar superar o recorde.

Outro interessante recurso novo é o Broadcast+, que faz competente uso das funcionalidades sociais do PS4. Nesse modo, é possível realizar o streaming do seu jogo a todas as massas de maneira interativa, sendo que os visualizadores podem influenciar na dificuldade do jogo em progressão. É pouco? Basicamente, há um sistema de votação em que mais zumbis podem ser inseridos – e há vários deles: normais, corredores, grandes, pequenos, rápidos, lentos etc.

Ação desenfreada e... Espera, só isso?

Basicamente sim. Dead Nation: Apocalypse Edition, tal qual sua versão para PS3, se resguarda única e exclusivamente à ação, que não tem fronteiras mais ambiciosas. A coisa se resume a andar, atirar, andar, atirar e andar mais um pouco – até você correr o risco de se cansar.

Diferentemente de um Diablo 3 ou Baldur’s Gate da vida, em que você tem diversos objetivos e precisa interagir dinamicamente com elementos dos cenários, Dead Nation não oferece muitas opções além de um vasto arsenal, o bom e velho “Weapon Shop” para melhorar suas armas (e adquirir novas) e as matanças com zumbis.

Mas essa é a parte boa: a matança descompromissada. Não há nada melhor do que sentar na poltrona e descer o chumbo nos andarilhos – o game jorra sangue sem pudor.

Como um jogo gratuito da Plus, Dead Nation: Apocalypse Edition é um ótimo investimento – e um passatempo melhor ainda

Se você curte Walking Dead, que colocou os mortos-vivos no topo da montanha-russa novamente, Dead Nation: Apocalypse Edition não vai chegar nem perto da densidade da trama de Robert Kirkman, mas certamente trará seu tempero próprio: diversão sem compromisso, assim como a versão de PS3.

Se você me perguntar se vale a pena ou não, eu te digo que vale, até porque o game é oferecido gratuitamente aos assinantes da Plus. Pagar os US$ 14,99 a quem não é membro do serviço, bem... Aí já são outros 500.

Mas bem, vamos refletir. O que você tem a perder? Com o cancelamento de vários blockbusters e uma biblioteca ainda enxuta, o seu PS4 pode perfeitamente receber o investimento – que é pequeno, diga-se de passagem – de um Dead Nation: Apocalypse Edition. De graça, então, o retorno é garantido.

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Pontos Positivos
  • Ação viciante, visceral e sanguinária
  • Visual revigorado e com adição de muitas texturas
  • Modos inéditos e recursos sociais
Pontos Negativos
  • Esquema repetitivo e sem mudanças
  • História razoável e fadada ao esquecimento