Imagem de DmC: Devil May Cry
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DmC: Devil May Cry

Nota do Voxel
93

Não há porque se preocupar: o novo Dante é incrível [vídeo]

Videoanálise

Mudanças são sempre um processo complicado, embora muitas vezes necessário. Como reformular uma ideia sem descaracterizá-la ou estragar tudo aquilo que já foi feito até então? Com jogos, isso é ainda mais complicado, já que os fatores apelo comercial e base de fãs entram na equação para deixar o trabalho dos responsáveis por essas reformulações ainda mais difícil.

E foi exatamente esse o desafio que a Ninja Theory aceitou ao assumir o desenvolvimento de DmC: Devil May Cry, o game que iria "atualizar" o universo que colocou Dante e Vergil no panteão dos personagens icônicos. No entanto, com uma série de propostas ousadas — incluindo um novo visual para o protagonista —, a empresa teve de encarar a ira dos fãs, que reagiram muito mal aos novos conceitos.

Porém, isso não fez com que o projeto fosse reestruturado. Acreditando em sua ideia, a produtora deu continuidade ao polêmico reboot, que finalmente chega ao PlayStation 3 e Xbox 360. E contrariando todas as previsões pessimistas, o novo game não apenas consegue fazer jus a tudo aquilo que a série Devil May Cry apresentou até agora como ainda melhorou muitos aspectos, trazendo um jogo incrivelmente divertido e frenético.

Quase como um tapa na cara dos “xiitas”, o novo Dante vem para mostrar que nem todas as mudanças são motivo para pânico e que há boas intenções por trás do novo penteado.

Engula seu orgulho e deixe o preconceito de lado. Ainda que você seja um fã do Dante original, a nova versão do personagem não decepciona e traz a primeira grande aventura de 2013. Com um estilo próprio incrivelmente divertido e envolvente, a Ninja Theory mostrou que todas as críticas eram infundadas e que realmente as reclamações seriam caladas quando o game chegasse aos consoles.

DmC: Devil May Cry aproveita tudo aquilo que a série original tinha de melhor e ainda conseguiu adicionar novos elementos para aprimorá-la, criando um excelente título de ação que consegue fugir do incômodo esmagar de botões ao incentivar o jogador a buscar soluções criativas para os combates. Em tempos de “X, X, X e Y, Y, Y”, procurar novas saídas é sempre algo muito bem-vindo.

Por fim, o reinício de Devil May Cry serve de lição para toda a comunidade ao mostrar que uma ideia de sucesso não é feita apenas por seu visual, mas pela sua boa execução. Mantendo a essência daquilo que a Capcom fez há uma década, a Ninja Theory mostrou que tudo aquilo que tanto amamos na saga do Dante de cabelos brancos ainda está presente, mas de uma maneira mais refinada e ainda mais divertida. Não há por que temer, pois há mudanças que vêm para o bem.

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