Imagem de Dragon Age: Origins
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Dragon Age: Origins

Nota do Voxel
94

A era do dragão traz muitas tragédias... Mas você pode evitar a maior delas

O que define algo como épico? A grandeza dos atos e decisões envolvidas na história? Ou a quantidade de pessoas e lugares afetados pelo exercício das habilidades de um herói? Matar lobos pode ser épico?

Qualquer que seja sua definição pessoal para a coisa, Dragon Age se encaixará nela. Não só isso, mas também desvendará uma aventura que surpreende ao mesmo tempo em que nos remete às familiares tramas de fantasia que já conhecemos.

Isto porque o título faz excelente uso de clichês. Traições, mentiras, redenção e dever são características inerentes a qualquer história de fantasia medieval. O problema é que grande parte das pessoas que buscam criar universos em torno disso não sabem como explorar as diferentes facetas do gênero sem cair em clichês baratos ou repetir algo que já foi feito.

No começo, Dragon Age pode se parecer com qualquer outro game do tipo. Você, um zé-ninguém, se envolve acidentalmente — ou assim parece ser — com eventos que demandam muito mais do que suas capacidades. Quando isto atrai organizações e figuras muito mais poderosas, a opção sai de suas mãos e você deve admitir que está predestinado a participar de eventos gloriosos.

Imersão à parte, vale lembrar que Dragon Age: Origins foi bastante aguardado por possuir uma premissa semelhante àquela da franquia Baldur’s Gate. O jogador, embora crie um personagem próprio da forma como preferir, controla um grupo de aventureiros — um mais diferente do outro, cada qual com suas próprias habilidades e passados distintos.

Quando dizemos “controla”, isto é realmente verdade. É possível mexer com apenas um deles de cada vez, mas — bem ao estilo Bioware — pode-se pausar o jogo para enviar comandos e planejar estratégias. Além disso, mesmo quando você não está controlando um personagem, ele estará seguindo diretrizes escolhidas por você, que podem ser tão complexas que parece que alguém está jogando junto.

O título proporciona uma experiência já aclamada no gênero de RPG, ao mesmo tempo em que traz a apresentação e a jogabilidade para a última geração, aproveitando as tecnologias atuais para criar um título único. Envolvente, imersivo, desafiador, estratégico, tático... Todos estes adjetivos descrevem muito bem este jogo.

Certamente vale a pena. Tivemos tempo limitado para analisar o título, mas é extremamente difícil encontrar nele algo que desagrade. O forte é, sem dúvida alguma, o conjunto, que faz com que o game seja extremamente polido, coeso e imersivo.

Em momento algum você sente que está abusando do sistema de diálogos ou de combate, sendo que todas as ações parecem contribuir de alguma maneira para o desenvolvimento da história.

Uma experiência incrível
Se você não gosta de prestar atenção a diálogos, textos encontrados dentro de livros no jogo ou ler, de um modo geral, talvez irá achar Dragon Age: Origins um pouco maçante. Caso contrário, este é um dos melhores RPGs dos últimos tempos, sem dúvida, e deve possuir lugar garantido na prateleira de qualquer fã do gênero.
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