Imagem de Fighter Within
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Fighter Within

Nota do Voxel
10

Nova geração, velhos fracassos

Nova geração, velhas promessas. É com um amargo dejà vu que voltamos a encarar os mesmos argumentos das empresas neste início de geração. Afinal, o que mais propício para a regurgitação de velhos discursos de “Você é o controle” do que a chegada do Xbox One e de seu Kinect ainda mais poderoso e preciso?

Fighter Within se aproveita exatamente desse entusiasmo inicial com o novo aparelho da Microsoft para cometer os mesmos erros que vimos aos montes com a primeira versão do sensor de movimentos. Ao que parece, a Ubisoft não aprendeu nada com os erros do passado e decide insistir nos mesmos tropeços.

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Mas o que poderia dar errado em um jogo de luta em que você dá socos e chutes em vez de apertar os botões? Não seria essa a imersão que todos procuramos?

Início de geração é um momento bem perigoso. O entusiasmo com os novos consoles, combinado com a falta de lançamentos significativos, se transforma em terreno fértil para que as produtoras lancem jogos meia-boca apenas para pegar embalo na empolgação do consumidor. É o tipo de ambiente propício para que pragas como Fighter Within se proliferem. Todos querem ver o poder do novo Kinect, mas não desta forma.

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Esta não é a primeira vez que a Ubisoft segue essa “estratégia”. O novo jogo segue o mesmo raciocínio que já norteou a empresa ao desenvolver o também horrível Fighters Uncaged. E, como ambos os títulos possuem a mesma origem podre e distorcida, é natural que ambos falhem nos mesmos pontos.

Só que Fighter Within não é um título que deva ser esquecido. Na verdade, ele deve ser lembrado como um exemplo de armadilha que acompanha cada lançamento de console ou nova tecnologia. Ele é o tipo de desastre que nos vacina contra erros futuros.

Mais do que isso, ele é a prova de que os controles clássicos ainda não estão prontos para serem substituídos. Por mais que a indústria adore falar que o futuro está nos sensores de movimentos, bombas como essa deixam claro que ninguém está pronto para distribuir socos e chutes em frente à TV. Nem nós e muito menos a indústria.

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