Imagem de Final Fantasy Crystal Chronicles: My Life as a King
Imagem de Final Fantasy Crystal Chronicles: My Life as a King

Final Fantasy Crystal Chronicles: My Life as a King

Nota do Voxel
53

O enfadonho trabalho de um jovem rei.

Final Fantasy Crystal Chronicles: My Life as a King não é, nem de longe, um Final Fantasy que todos conhecem e amam — com um pouco de exagero, talvez. Sequer tem pontos em comuns suficientes para ser considerado parte de Crystal Chronicles. Uma comparação? Seria na realidade uma espécie de SimCity “junior”, com pouquíssimos recursos e uma mecânica que não demanda mais do que cinco minutos para se apreender.

A “terra prometida”

Um povo nômade reencontra o seu reino.Em My Life as a King, o jogador controla um rei ainda criança que se vê diante da colossal responsabilidade de recriar todo um reino. Seguindo para uma espécie de “terra prometida” reservada por seu pai, o rei Epitav, o menino é responsável por reconstruir todo um reino para assim acabar com a existência nômade do seu povo. Para isso, o jovem rei terá a ajuda de uma bela assistente, um grupo bastante singular de criaturas e também de um pingüim chegado aos insultos.

 Chegando ao lugar que lhe foi predestinado, o rei conhece então os poderes mágicos de um cristal que lhe permitirão reconstruir todo o seu reino. Entretanto, como para tudo existe um preço, logo ele descobre que se quiser continuar expandindo sua cidade ele deverá fornecer a matéria prima para o cristal, as “elementites”. Para isso, será necessário recrutar dentre o povo os aventureiros que serão mandados a outras localidades atrás das “elementites” e também de dinheiro.

Para aqueles jogadores mais chegados à ação direta, fica o aviso: você, como rei, não entrará em combate direto em absolutamente nenhum momento durante o jogo. O seu papel será antes o de administrador. Todo trabalho “sujo” será feito pelos aventureiros.

O conjunto habitacional de Final Fantasy

Para se contruir em My Life as a King, basta chacoalhar de um lado para o outro o Wii-mote estando em um dos terrenos propícios — somente nesses lugares será possível fazer alguma coisa. Fazendo-se isso, aparecerá a assistente que perguntará se se desejam construir algo. Inicialmente somente as casas estarão disponíveis, portanto não há muito o que escolher. Clicando-se sobre a imagem da casa, está começará a surgir por magia diante dos olhos ficando pronta em poucos segundos e trazendo juntamente com sigo os habitantes (é, magia é magia).

Essa é a minha casa ou a do meu vizinho? É claro a ambientação e os gráficos seguem o estilos de Crystal Chronicles e até de Final Fantasy de forma geral. Porém, eles pecam tanto pela simplicidade quanto pela repetitividade. Inicialmente, pode-se apenas construir apenas casas que , além disso, têm sempre a mesma aparência. Posteriormente, pode-se construir também uma loja de armas que pelo menos acrescenta algo de diferente.

Sim, é possível aumentar um pouco a variedade das construções em My Life as a King. Porém, não sem quebrar o seu porquinho virtual. Isso porque, desde uma nova estrutura até uma roupa nova para o rei, tudo é “vendido separadamente” através da Wii Ware. Quem não estiver disposto a gastos extras vai ter que se conformar em ter algo como um conjunto habitacional com elementos de fantasia.

Rei “relógio de ponto”

Embora a rotina de jogo apresente algumas coisas interessante para quem começa a jogar, a coisa toda vai aos poucos se tornando cada vez mais maçante para, por fim, ficar completamente mecânica. São nove ou dez horas de jogo em que se estará fazendo praticamente a mesma coisa dia após dia (o que talvez calhasse para um emprego, não para um jogo de vídeo game).

Basicamente, o rei segue preenche o seu dia com os mesmos afazeres e quase sempre na mesma ordem. Após acordar, são mostrados os relatórios do dia anterior, que contém o número de “elementites” adquiridos, o dinheiro arrecadado de impostos, a moral dos cidadãos, etc. Também constam relatórios completos (realmente exaustivos para quem resolver ler tudo) contando em pormenores como se desenrolou a missão de cada aventureiro enviado pelo rei.

Após isso, é hora de decidir como as coisas deverão acontecer no dia presente. O rei deve então decidir se vai ou não dispor em local público uma oferta para os aventureiros, o que pode conter tanto a missão de desbravar um território novo quanto a de aniquilar um chefão em especial ou mesmo a de treinar para aumentar o nível dos guerreiros; pode-se enviar tantos aventureiros quanto se queira para uma determinada missão. O problema é que, embora as missões contenham várias possibilidades distintas para os aventureiros, o rei na realidade não verá nada mais do que todos eles correndo estrada a fora — o resto fica na imaginação mesmo.

Um trabalho notável por vezes fará com que um guerreiro em particular mereça uma medalha, que serve na realidade apenas para elevar um dos atributos físicos ou mentais. Contudo, antes de sair enviando todos os aventureiros para todo tipo de desafio, é bom ter em mente que cada um deles necessitará de um pagamento. Além disso, um aventureiro enviado seguidas vezes para missões pode acabar ficando exausto, de forma que o mais sábio nesses casos é dar a ele um belo dia de folga para que se recupere para a próxima.




Após tratar dos guerreiros e suas missões, resta construir alguma coisa, contratar novos guerreiros, aumentar a moral do povo com uma conversa amigável e, eventualmente, investir em novas armas. É claro que tudo isso parece ser bastante interessante a princípio. E, na realidade, até é. O problema é seguir essa mesma rotina por um, dois, três, até “n”dias. São idéias até interessantes, porém uma completa falta de novas possibilidades acaba tornando a coisa toda realmente enfadonha.


De fato, faz bem acreditar que existem melhores formas de se gastar 15 dólares na Wii Ware. Para não dizer mais, já que quem realmente quiser uma cidade com um mínimo de identidade terá de gastar mais algumas verdinhas para adquirir novas estruturas. Porém, mesmo assim, nada provavelmente conseguirá quebrar a monotonia que se sente após alguns dias (em jogo) como administrador. Enfim, um jogo indicado para quem é realmente fã da série Final Fantasy (o suficiente para acompanhar até mesmo as escorregadas da franquia) ou para quem tem uma boa quantidade de Wii points sobrando.

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