Imagem de Final Fantasy: The 4 Heroes of Light
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Final Fantasy: The 4 Heroes of Light

Nota do Voxel
83

A essência da franquia em uma fórmula simples e divertida

De modo geral, The 4 Heroes of Light é um JRPG — Role-Playing Game japonês — um tanto tradicional, recheado com magia, fantasia, batalhas por turnos e encontros com personagens variados. Mas as peculiaridades do título da Square Enix são mostradas logo no início da saga: você define o nome dos quatro heróis principais, cujas descrições são apresentadas como uma forma de introdução à aventura.

Img_normalNo entanto, há a possibilidade de usar os nomes definidos pelo próprio jogo: Brandt, Jusqua, Yunita e Aire. Tudo começa na cidade de Horne, na qual é apresentada a primeira grande missão do gamer: salvar a filha do rei, Aire (ou qualquer que seja o nome dado pelo jogador).

Vale lembrar que você só controla um herói em certos momentos, enquanto os outros ficam espalhados pelo local. Isso ocorre nas cidades e em outros ambientes. É claro que, nas batalhas, é possível executar ações com todos os membros da equipe.

O grupo fica separado por boa parte da história, mas isso apenas alimenta o desejo de aprofundar-se no enredo. O movimento dos combatentes é realizado com os botões direcionais ou com a stylus na tela inferior. Mais além, o mapa é desbloqueado e tudo fica ainda mais claro.

É importante ressaltar que descansar em uma cama ou passar a noite em uma casa de pouso recupera a energia vital e os Action Points (AP: cinco pontos gastos em magias e carregados com os turnos das batalhas) de todos os combatentes do grupo. Uma das casas das cidades possui um personagem que leva o gamer para a área multiplayer do jogo, mostrando que explorar os diferentes ambientes realmente vale a pena e faz parte da experiência.

O multiplayer permite o ingresso de até quatro aventureiros — modo local sem fio — em missões opcionais. Completando os objetivos propostos, os jogadores são remunerados com Battle Points, pontos a serem gastos em novos equipamentos.

Há um ciclo dinâmico de dia e noite, e isso faz parte da jogabilidade. Você deve ficar atento aos movimentos e aos diálogos dos personagens para saber quando agir. Falando nisso, é fundamental conversar com os demais protagonistas da trama. Assim, o jogador pode ser auxiliado até mesmo com dinheiro.

Quanto ao combate, as disputas são apresentadas por turnos. As três principais ações são atacar, efetuar o Boost — carregar a barra de AP — e usar itens (como poções que regeneram a energia vital). Cada personagem recebe um ponto de ataque no início da batalha. Existe a chance de realizar — e receber — ataques críticos.

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Supondo que Xubiruba seja um dos heróis, “Xubiruba is psyched up!” é uma frase comum em meio aos embates. Depois de passar um bom tempo com o game, fica fácil perceber que empregar diferentes tipos de investidas mágicas — fogo, vento, água... — é essencial para o progresso. É oferecida uma lista de comandos com seis espaços para as habilidades adquiridas pelo caminho. Por fim, o gamer pode ligar o Auto Mode, que bloqueia o uso manual de itens.

A recompensa pelo sucesso nas batalhas surge na forma de itens e pedras preciosas (Gems). Os itens, como espadas e outros armamentos, podem ser distribuídos pelo grupo. As Gems não ocupam espaços no inventário e podem ser vendidas em troca de ouro ou usadas para melhorar objetos como as “coroas” (Crowns). O inventário conta com apenas 15 espaços, mas há uma casa na qual o jogador pode depositar itens — 99 slots — para resgatá-los depois.

O sistema de nivelamento não permite que o jogador distribua os pontos de atributos (Strength, Intellect e Spirit) adquiridos ao longo da saga. Mas é possível visualizá-los na tela do personagem selecionado, bem como contemplar a energia vital, a quantidade de AP, os atributos de combate (ataque, defesa e defesa mágica) e os itens equipados.

O jogo sugere que existem, contando com a opção padrão (Freelancer: não usar nada na cabeça), 28 “coroas” a serem coletadas. As Crowns, na realidade, nada mais são do que chapéus de diferentes estilos e possuem propriedades únicas que auxiliam o gamer durante a saga. Ou seja: é uma substituição do tão conhecido sistema de Jobs.

Deve-se reforçar que, se todo mundo do grupo morre, o gamer volta ao último jogo salvo, mas não ao lugar onde salvou o progresso. Esse processo é feito através dos Adventurers, personagens presentes até mesmo em cavernas escuras (muitas vezes, logo antes de embates com chefes).

Você mal iniciou a aventura e já visualizou os créditos no começo do game? Não se assuste, sua longa jornada está apenas começando.

Robusto e completo, este Final Fantasy não deixa a desejar. O pessoal da Square Enix foi ousado ao aplicar uma abordagem, digamos, “diferente” em uma fórmula de sucesso no mundo dos video games. Ainda bem que o conjunto final foi convincente.

O interessante é perceber que certas peculiaridades — assim como o potencial único do Nintendo DS — relembram a proposta básica da série e ao mesmo tempo transportam o jogador para uma experiência chamativa e envolvente. A diversificação, presente em quesitos como o conjunto de Crowns e o sistema de combate, valoriza ainda mais a experiência.

Os poucos defeitos de peso presentes em The 4 Heroes of Light não são o suficiente para repudiar os fãs da franquia e evitar que iniciantes em FF sintam-se atraídos pelo game. É uma aventura e tanto para um console de bolso.

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