Imagem de Fire Emblem: Shadow Dragon
Imagem de Fire Emblem: Shadow Dragon

Fire Emblem: Shadow Dragon

Nota do Voxel
87

As chamas de um velho dragão demoníaco incendeiam o DS

Fire Emblem é uma franquia clássica de estratégia que com o lançamento de Shadow Dragon estreia seu décimo primeiro título. Essa produção é o segundo remake criado para a versão original do game.

O jogo é classificado como um RPG tático baseado em turnos, contando com uma jogabilidade bem particular. Cada jogador tem seu turno no qual ele pode ordenar para seus recrutas executarem um movimento e uma ação, isso ocorre em um cenário estratégico dividido por seções quadriculares.

Cada personagem do jogo possui suas características próprias, sua configuração de pontos em seus atributos e função da classe. Isso torna o campo de batalhas um local onde o jogador deve planejar constantemente suas jogadas e medir os riscos para executar ataques ou manobras evasivas. Portanto, existem quatro possibilidades de decisões: uma boa decisão, uma decisão regular, uma decisão ruim e uma decisão péssima.

Em Fire Emblem encontramos um sistema do tipo “pedra, papel e tesoura” em relação a espadas, machados e lanças. Basicamente, as opções de ações de um personagem se resumem aos itens que ele carrega, sendo inexistentes opções como habilidades especiais. Esses itens têm limitações numéricas de uso, o que requer um pensamento econômico quando for atacar um inimigo: “Devo usar minha arma poderosa ou a regular?”.

Sempre deixe uns três guardas perto dele

Um desafio que deixa a estratégia mais tensa é o fato de que quando uma unidade morre é hora de dizer adeus para aquele pobre soldado. Nunca mais você irá rever aquele soldado, não há essas frescuras de ressurreições e anjinhos caindo do céu só para reviver seu aliado querido. E o jogador só recebe novos soldados em alguns cenários, portanto nunca se arrisque à toa.

Outro desafio tático é a necessidade de nivelar soldados. Nem todas suas unidades são guerreiros lendários que comem dragões no café da manhã. A realidade é que a maioria são guerreiros novatos que podem ser derrotados até por uma leve brisa fria (não, não tem nada disso em Fire Emblem, foi só uma metáfora).

Uma das tarefas do jogador é garantir que os fracotes ganhem alguns níveis para talvez até evoluir de classe e se tornarem poderosos e úteis. Em vez de aniquilar os inimigos com seu guerreiro mais forte, seria uma boa ideia mandar os novatos ganharem um pouco de experiência. Só não dê tarefas muito difíceis a eles, ou o desenvolvimento deles pode ser brutalmente interrompido.

Shadow Dragon apresenta aos jogadores uma animação inicial esclarecendo todo o enredo sobre um dragão maligno e um jovem príncipe, Marthias. A história se desenvolve a cada batalha e inclusive há fases especiais que servem para recrutar alguns soldados novos quando o seu exército sofreu percas demais entre os capítulos.

Enfim, Marthias é um personagem insubstituível, pois ele é o único capaz de derrotar o tal dragão do capeta. Se compararmos Fire Emblem com um jogo de xadrez, Marthias é o rei. Perder ele em uma batalha ativa o game over.

Com tanta estratégia, também é possível configurar a dificuldade do jogo entre normal e difícil. O modo difícil, acredite, é realmente mais difícil e só é recomendável para quem está acostumado a desafios estratégicos, ainda mais quando esse modo exclui o prólogo do jogo, que funciona como um tutorial no modo normal.

Fire Emblem: Shadow Dragon é um jogo imperdível para que gosta de RPG e estratégia. A qualidade do título está ótima e, além disso, ele é muito divertido. O ponto forte dele é a estratégia, o tornado um game único ao proporcionar um nível conveniente de desafios táticos. Defender Marthias ao mesmo tempo em que você quer aniquilar seus inimigos sem sofrer muitas baixas é uma tarefa desafiadora, sem implicar em nada insuperável.

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