O futuro da Nokia depende do sucesso da realidade virtual

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Após a Microsoft ter adquirido a divisão mobile da Nokia, muitos passaram a acreditar que a companhia finlandesa estava liquidada como entidade individual. No entanto, o tempo provou que, livre das amarras do mundo mobile, a empresa encontrou caminhos para se reinventar e permanecer viva — entre eles, a realidade virtual.

Em vez de competir com nomes como Oculus, Sony e HTC/Valve, a companhia decidiu focar na disponibilidade de aparelhos cujo foco é a produção de conteúdo. É dessa filosofia que surgiu a OZO, uma câmera que combina streaming ao vivo, monitoramento e gravação de áudio e vídeo 3D.

“Foi uma decisão simples investir na câmera em vez de um display encaixado na cabeça, algo que vai ser um grande produto em breve”, afirmou o presidente da Nokia Technologies, Ramzi Haidamus, em uma entrevista ao Engadget. Segundo ele, o dispositivo está pronto para se tornar a solução mais óbvia para aqueles que pretendem trabalhar com conteúdos de realidade virtual, explorando uma fatia do mercado que ainda carece de competidores de peso.

Criação inteligente de conteúdos

Uma das vantagens da OZO, que custa US$ 60 mil, é oferecer a possibilidade de assistir rapidamente ao conteúdo produzido com o auxílio de um produto como o Oculus VR. Anteriormente, era preciso esperar até que o processo de produção fosse iniciado para descobrir possíveis falhas ou a falta de conteúdos que seriam importantes — o que encarece projetos e aumenta o tempo que profissionais têm que se dedicar a eles.

O dispositivo usa uma combinação de oito lentes — cada uma delas capaz de capturar vídeos na resolução 2K x 2K — e oito microfones, o que permite recriar a sensação de estar no centro de uma “esfera tridimensional”. A câmera também usa tags RF e microfones colocados em objetos e pessoas nas proximidades para oferecer uma ambientação mais convincente e rica. O pacote completo surpreendente pelo peso inferior a 5 quilos, o que ajuda a dar a impressão de que estamos lidando com uma tecnologia realmente futurista.

A OZO apresenta uma entrada para SSDs de até 500 GB (uma unidade acompanha o produto), que podem ser trocados de forma rápida — cada um suporta até 45 minutos de gravação. Atualmente, a Nokia está trabalhando em parceria com a 20th Century Fox para auxiliar na produção de conteúdos em realidade virtual e também estuda trabalhar conjuntamente a outras empresas, cujas identidades Haidamus ainda não pode revelar.

“Se você é um artista e quer criar uma conexão entre o espectador e sua história, a OZO é essa incrível criadora de empatia porque colocamos você diretamente na cena”, afirmou o diretor da Nokia Technologies. “Saber que estamos adiantados, mas não muito, nos coloca exatamente no tempo perfeito para aproveitar essa tecnologia desruptiva que está abalando um mercado existente”, finaliza.

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