Imagem de Grow Home
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Grow Home

Nota do Voxel
85

Ajude o simpático e desengonçado BUD a salvar o seu planeta natal

Em nossa matéria de divulgação de Grow Home aqui no BJ, a Ubisoft, distribuidora do título, foi dura e injustamente criticada por causa de erros que cometeu no passado com outros jogos. Independente das opiniões bastante divergentes sobre o assunto, fato é que esse game desenvolvido pela Reflections (um estúdio da Ubisoft) conseguiu se desprender e não herdar os “erros” cometidos pela publicadora.

Grow Home é um jogo de começo humilde, simples em essência, mas que consegue surpreender aqueles que não estavam esperando grandes coisas desse título. Fruto de testes com animação procedural, o game nasceu como uma brincadeira e acabou se transformando em algo independente e grande em certo sentido. Quer saber se este jogo vale a pena? Então confira a nossa análise.

Como essa semente germinou

O título da Ubisoft Reflections aborda um futuro alternativo e fictício em que o planeta natal do protagonista, um robozinho simpático chamado BUD (sigla para Botanical Utility Droid), está inabitável e precisa de novos recursos naturais para se sustentar. Para isso, o personagem é enviado para outro mundo à procura do que pode salvar sua terra de origem. Alguma semelhança com Wall-E, aquela famosa animação da Disney?

Além disso, o título não nos deixa muitas dicas de o que está acontecendo no enredo – e nem precisa. Há games que dispensam isso, e Grow Home é um desses casos. Não sabemos, por exemplo, se existem humanos nesse universo paralelo ou se o planeta natal de BUD é a própria Terra. Mas, como dissemos, isso pouco importa para o desenvolvimento do título.

Começo humilde para o nosso amigo BUD.

BUD e o pé de feijão

O objetivo de BUD é praticamente expresso no título do game. Grow Home, termo que mistura as palavras “crescer” e “casa”, coloca o jogador para desenvolver a Star Plant para que ela produza sementes suficientes para serem levadas para a terra natal do personagem. Aqui, outra inspiração fica bastante evidente: essa planta gigantesca das imagens é bastante semelhante ao pé de feijão do famoso conto de fadas.

Já a jogabilidade com BUD é interessante e intuitiva, mas um pouco truncada. Podendo ser jogado com mouse/teclado ou controle de video game (recomendação dos desenvolvedores), a movimentação do personagem é desengonçada e exige certa prática, principalmente por causa da câmera confusa. As habilidades adquiridas com a coleta de cristais ajudam a amenizar a situação, mas não a resolvem.

A queda é longa.

Mundo (verticalmente) aberto

A Ubisoft defende que Grow Home é um título que possui mundo aberto, mas digamos que essa afirmativa está mais ou menos correta. Num primeiro momento, o cenário do game até parece pequeno, e horizontalmente ele de fato é. Porém, em uma perspectiva vertical, o jogo mostra a sua verdadeira magnitude.

Uma vez que o pé de feijão precisa crescer, é preciso ter bastante espaço para que isso aconteça – e é aí que o título surpreende. Depois de um tempo, o jogador se vê em uma altura suficiente para que o chão não passe de um borrão verde. Porém, aí também mora uma das maiores frustrações do game: cair lá de cima literalmente joga por terra todo o esforço empreendido na escalada. Nem mesmo os escassos checkpoints amenizam a situação, que pode se tornar mais frequente com a ajuda das já mencionadas câmeras confusas que se aproximam e se afastam com certa irregularidade.

BUD e o pé de feijão.

Cara de Ubisoft? Bem pouco

Se você tem como referência da Ubisoft unicamente títulos como Watch Dogs, Assassin’s Creed e Far Cry, é bom rever os seus conceitos. Grow Home se assemelha mais com Child of Light e Valiant Hearts: The Great War, games apaixonantes que investem em uma direção de arte que não está baseada no realismo, mas sim na beleza.

Grow Home, portanto, é um título que não prima pela fidelidade dos gráficos, mas apresenta belos cenários acompanhados de uma trilha sonora envolvente. Porém, se você não gosta de ver polígonos destacados e texturas quadradas, as imagens provavelmente não vão agradar.

BUD.

Vale a pena?

Mais barato que um lanche no McDonald’s, Grow Home é um jogo cuja jogabilidade é um pouco truncada, mas é tão gostosa quanto um delicioso Big Mac. Apesar de algumas quedas frustrantes, o game ainda consegue manter os jogadores motivados a continuar escalando o gigantesco pé de feijão e fazê-lo crescer até a produção das tão buscadas sementes que salvarão sua terra natal.

Exclusivo para os PCs, o título da Ubisoft Reflections é mais uma prova de que não são apenas os games com grandes orçamentos que podem surpreender. Se você não estava com muitas expectativas para esse jogo, vale a pena experimentá-lo e encantar-se com o simpático BUD e sua missão de salvar seu planeta natal.

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Pontos Positivos
  • Jogabilidade intuitiva
  • Mais barato que um lanche no McDonald’s
  • Bela direção de arte e som
Pontos Negativos
  • Apesar de intuitiva, a jogabilidade é um pouco truncada
  • Funcionamento das câmeras é um pouco confuso
  • Pode ser frustrante com algumas quedas