Imagem de Guitar Hero: Metallica
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Guitar Hero: Metallica

Nota do Voxel
82

Um pacote de músicas de luxo... com alguns adereços na bagagem.

Salvo algumas pequenas nuances, Guitar Hero: Metallica provavelmente vai deixá-lo em um impasse parecido com o de Guitar Hero: Aerosmith. Isso seria algo do tipo: é um jogo mais indicado para fãs? Vai valer os meus suados tostões? O setlist (músicas disponíveis) vale mesmo a pena? E, finalmente: vale a pena trocar os consagrados personagens pseudo-músicos  —como o bom e velho Axel Steel ou a “virtuosa” Judy Nails — por uma versão emborrachada/cartunesca do seu rockstar favorito?


Bem, deixando a última questão vital ao julgamento do seu bom gosto, vele dizer o seguinte. Assim como GH: Aerosmith, o novo Metallica certamente é indicado principalmente para fãs da banda. Quer dizer, supondo-se que você tenha mesmo optado pelas (hereges) versões emborrachadas de James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammet e Rob Trujilo (é claro, não seria nada mal se fosse Cliff Burton nas quatro cordas), vale a pena considerar alguns pontos.

Das espinhas às rugas

Tudo que você sempre quis: um James Hetfield de borracha! Como todo bom jogo rítmico temático, Guitar Hero: Metallica traz aquele tipo de miscelânea acrescentada para chamar, principalmente, a atenção dos fãs — do tipo que paga fortunas em leilões de palhetas e sabe a marca das meias utilizadas pelo baterista. É claro, trata-se de um jogo feito para se “tocar” músicas.

Assim sendo, o que provavelmente vai chamar mais a sua atenção é o fato de GH: Metallica tangenciar, com umtotal de 28 faixas, todos os quase 30 anos da banda, partindo desde o visceral Kill ‘Em All, passando pelos diversos hits do disco “Metallica” (também conhecido como “The Black Album”), algumas dos controversos “Load” e “Reload” e, por fim, chegando aos (ainda mais controversos) “St. Anger” e “Death Magnetic”.

No mais, você terá 21 músicas adicionais que, presumivelmente, contaram com o aval da banda. Entre as batidas “Ace of Spades” (Motörhead) e “Toxicity” (System of a Down), você ainda vai encontrar verdadeira pérolas como “No Excuses” (Alice in Chains) e “Evil” (Mercyful Fate). Vale lembrar ainda que as músicas do Death Magnetic vendidas anteriormente como conteúdo extra continuarão funcionando.

True Metal!

Além de ser um jogo para fãs de metal e, claro, de Metallica, GH: Metallica ainda é bastante indicado para os apreciadores de um desafio um pouco mais... substancial. Além de os solos — e mesmo várias bases — da banda serem verdadeiros desafios no modo “expert”, os bateristas de sala de estar ainda vão contar com uma novidade que promete calejar ainda mais os dedos: o novo modo “expert+”.

Não contente em reproduzir parcamente os movimentos do Sr. Ulrich? Que tal então tentar com pedal duplo? Exatamente. Acople outro pedal em um separador de saídas e boa sorte. Entretanto, um aviso para bateristas de carteirinha não acostumados com a “pegada” de Lars: às vezes os repiques, viradas, pratos, etc. tendem a ficar um tanto repetitivos — quer dizer, beirando a monotonia para quem não for fã da banda.

Cuidado para não cair fora nos solos...

Guitarristas de plantão ainda podem acabar apanhando um pouco para os longos e penosos solos de Kirk Hammet. Realmente, no modo expert, será muito, mas muito fácil mesmo ser limado no momento dos solos de “Fade to Black”, por exemplo. É claro, felizmente, ainda existem os níveis menos “intensos”, mais indicados para os menos virtuosos nos botões coloridos.

Jogar Guitar Hero: Metallica online é, basicamente, jogar Guitar Hero: World Tour online, salvo por algumas pequenas adições, como o modo de batalha quatro-contra-quatro. E, bem, jogar online continua tendo a mesma peculiaridade de sempre em relação à difuldade. Assim sendo, caso os desafios online comecem a ficar um tanto pedregosos, talvez seja uma boa idéia treinar um pouco mais em um duelo local.

Guitar Hero: World Tour com adereços

Além das versões em caricatura dos integrantes da banda (convenhamos que o Trujilo já se parece naturalmente com uma caricatura), GH: Metallica ainda traz na bagagem vídeos ao vivo da banda, “Metallifacts” (que acompanha a execução das músicas com informações sobre a banda, a música e o jogo), guitarras e roupas que vão sendo liberadas aos poucos.

Você também terá novamente o portentoso estúdio embutido de Guitar Hero: World Tour, que apenas inclui alguns sons novos de guitarra. No mais, você vai jogar o clássico modo carreira de GH, desbloqueando novas músicas, para então tocar e desbloquear outras tantas, para então... enfim. A diferença é que agora você não precisará mais passar por todas as músicas para avançar no jogo, tornando possível a escolha apenas daquelas faixas com as quais você tem mais intimidade.


Enfim, Guitar Hero: Metallica talvez não traga assim tantas novidades — pelo menos não para justificar um GH à parte. Por outro lado, são 49 músicas no total. E definitivamente você gastaria mais comprando um pacote com 49 músicas do que comprando o jogo. Quer dizer, depende do jeito como se encara a coisa.

Quer dizer caso você seja um fã de Metallica, de metal ou de um desafio um pouco maior, talvez seja uma boa idéia dar uma olhada em Guitar Hero: Metallica. Do contrário, talvez seja uma idéia melhor comprar um pacote de músicas por fora. Até por que, baixar músicas novas só mesmo com o disco de World Tour no console.
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