Imagem de Guitar Hero: Smash Hits
Imagem de Guitar Hero: Smash Hits

Guitar Hero: Smash Hits

Nota do Voxel
82

Você, sua banda e os primórdios de Guitar Hero.

Para quem ainda não sabe disto, Guitar Hero é uma das séries mais expressivas no que diz respeito a jogos rítmicos, que levam os jogadores a apertarem botões de acordo com o que aparece na tela (sempre seguindo o ritmo da música executada). Ao lado de Rock Band, a franquia da Activision bateu recordes no mundo dos video games com jogos empolgantes e extremamente divertidos.

De fato, simular a execução de um baixo e de uma guitarra é algo bastante envolvente, mas isso é passado. A sucessão de games levou os jogadores a criarem verdadeiras bandas — mesmo com instrumentos de plástico — com suporte a mais dois periféricos: bateria e microfone. Com isso, vieram títulos como World Tour e Metallica, causando ainda mais balbúrdia entre os fãs.

O que muitos consideraram foi a hipótese de brincar com os novos instrumentos nas músicas mais antigas da série. Bem, a Activision também considerou essa possibilidade e não tardou a distribuir Smash Hits, nada mais que um agrupamento dos hits mais empolgantes dos primeiros games (mais especificamente até Guitar Hero III: Legends of Rock). Só que, desta vez, não é apenas a guitarra e o baixo que brilham em músicas violentas como Through the Fire and Flames, do conjunto DragonForce.


O melhor da franquia

Enfim, a proposta central de Smash Hits é entreter os fãs da série — e até mesmo quem nunca ouviu falar da franquia — através das músicas que constam nos games Guitar Hero, Guitar Hero II, Guitar Hero III: Legends of Rock e Guitar Hero Encore: Rocks the 80s. Isso não ocorre só através da participação nos palcos virtuais, visto que há diversas opções de personalização interessantes, métodos de criação e edição de faixas e excelentes possibilidades multiplayer.

Dito isso, é fácil constatar que o jogo herda vários aspectos constantes nos títulos World Tour e Metallica. O resultado, portanto, é um agrupamento de músicas tradicionais na franquia, mas apresentadas de forma elaborada e intensa.

Um dos pontos mais interessantes do game é a criação de estrelas do rock. O modo Rock Star Creator realmente causa impacto com a quantidade de itens personalizáveis exibidos. Sim, os mais interessantes custam muito dinheiro, como a máscara de gás ($5.000), a máscara Over Easy (um pintinho saindo do ovo, $50.000) e o Cortex (uma espécie de chapéu em forma de cérebro pela bagatela de $100.000).

Este músico já é bizarro por natureza Seres realmente bizarros podem ser originados através desse modo (ainda mais se o gamer contar com bastante dinheiro para a compra de acessórios e vestes). Ainda na onda de personalização, é importante ressaltar que nem mesmo os instrumentos escapam das mãos dos jogadores mais criativos. Pontes de guitarra, estilos de baixo, desenhos nas peles de bumbos, microfones...

Os desenvolvedores de Smash Hits vão ainda mais longe e oferecem ao jogador até mesmo a chance de escolher o estilo das Highways. A Highway é a própria tela de notas que aparecem na televisão e pode ser escolhida enquanto o gamer estiver personalizando o instrumento correspondente àquela Highway.

Bem, é claro que há a possibilidade de pular toda esta parte e escolher um músico previamente criado para os palcos. Falando em músico, o jogador também pode editar e criar músicas através do Music Studio. Nesse modo de jogo, há uma série de boas bases musicais para quem quer facilidade durante a criação de excitantes faixas musicais.

Por padrão, há um atraso no tempo de resposta dos instrumentos durante a criação dinâmica de músicas. Isso leva o jogador a voltar no menu inicial e passar bons minutos calibrando os instrumentos de plástico. O atraso ocorre de forma ainda mais intensa em certas televisões, mas isso pode ser corrigido através da calibragem, felizmente.

O Music Studio é muito interessante, embora seja um dos componentes mais pesados do game. O tempo de "loading" dessa seção é grande, mas recompensador. Os virtuosos de plantão podem se soltar nos instrumentos, desenvolvendo músicas de todos os estilos. E o melhor: músicas que podem ser tocadas por outros jogadores em níveis de dificuldade diversificados, como se fossem trilhas do próprio game.

Por fim, diversão

Quanto à execução das músicas, não há nenhum grande problema que impeça os jogadores de se divertirem por várias horas através da ótima seleção de músicas. As 48 trilhas provenientes dos primeiros títulos da série são satisfatórias e contam, no geral, com uma boa qualidade sonora. Além de serem extremamente empolgantes, é claro.

É curioso constatar que, como as músicas já eram divertidas nos jogos originais com somente o uso de uma guitarra e de um baixo, não há como "se divertir menos" com a presença extra da bateria e do microfone. Isso certamente exigiu trabalho dos desenvolvedores, que resolveram modificar as estruturas de notas da guitarra e do baixo para que oferecer suporte completo aos periféricos de games como World Tour e Metallica.

Logo de início, o jogo mostra algumas peculiaridades. No modo Quickplay, por exemplo, é possível criar uma seleção de até seis músicas a serem tocadas ininterruptamente. Com isso, o jogador não precisa retornar ao menu inicial toda vez que quiser escolher uma nova faixa. Todas as músicas do game aparecem no Quickplay para o deleite dos fãs.

A banda em ação

Enquanto isso, o modo Career é simples e satisfatório. O jogo é bastante desafiador (principalmente nos níveis mais elevados de dificuldade), ainda mais se o gamer quiser deixar a cautela de lado e embarcar no nível Expert+. Esse nível, criado especialmente para os bateristas, está disponível apenas em algumas faixas e obriga o jogador a utilizar o pedal duplo em determinados momentos das músicas.

Um ponto que gerou muita discussão entre os críticos após o lançamento de Smash Hits é a alteração das estruturas de notas. Tudo bem, isso foi feito para a compatibilidade com os instrumentos dos outros games, mas não há como negar que as alterações também influenciaram diretamente no nível de dificuldade da experiência.

Para muitos, isso foi ótimo, pois facilitou a execução de músicas quase impossíveis, como a própria Through the Fire and Flames, do conjunto DragonForce. Agora, o solo inicial da música frenética pode ser executado apenas no braço da guitarra, pois as notas são interligadas com um leve tom arroxeado (de forma semelhante ao que ocorre em muitas faixas de World Tour, por exemplo).

Tecnicamente bom

Os visuais de Guitar Hero nunca formaram o quesito técnico mais impactante, até porque o foco é a ambientação sonora. Ainda assim, a qualidade gráfica de Smash Hits é razoável e segue a linha dos demais títulos. O estilo debochado dos menus e do trabalho artístico colabora com a atmosfera de diversão constante.

São raros os problemas sonoros encontrados no game. Apenas em algumas faixas (como No One Knows, de Queens of the Stone Age) ocorre uma falta do polimento sonoro na reprodução dos instrumentos musicais. Isso não é estimulante para quem quer adquirir o jogo apenas para brincar com músicas específicas.


A jogabilidade mantém a fórmula de sucesso da franquia. Vale reforçar que o pior aspecto da experiência é a calibragem dos instrumentos, necessária para aqueles que possuem uma audição mais aguçada e percebem o atraso no tempo de resposta dos periféricos. Esse problema ocorre principalmente em certos tipos de televisão, mas felizmente pode ser corrigido.

Infelizmente, não há nenhum tipo de suporte a pacotes disponíveis para download com outras músicas dos primeiros games da franquia (não até o momento no qual esta análise foi escrita). Isso é um ponto que não foi explorado pelo pessoal da Activision e pode desapontar muitos jogadores.

Enfim, Smash Hits é imperdível para os fãs da série que querem relembrar os clássicos de Guitar Hero com mais de dois instrumentos. Diversão é o que não falta neste jogo.


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