Hellboy envergonha os seres das trevas com sua péssima atuação nos consoles de nova geração.
É triste escrever sobre um jogo como Hellboy: The Science of Evil. Qualquer fã de videogames e de histórias em quadrinhos poderia esperar tanto desse jogo que adoraria analisá-lo, observando cada mero detalhe. A equipe Baixaki Jogos também pensava assim... Até começar a jogar.
Hellboy é provavelmente o super-herói mais politicamente incorreto que as histórias em quadrinhos conhecem. Desde seu nascimento, sua vida foi muito diferente do comedido Clark Kent e seu alter-ego, Superman, assim como de muitos outros heróis encaixados no estereótipo de bondade e benevolência.
Quem assistiu o primeiro filme do herói, que fez sucesso nos cinemas de todo o mundo em 2004, já conhece parte do início da saga deste herói demoníaco, para os que não conhecem, o Baixaki Jogos explica.
Das trevas contra as trevas...
Hellboy chegou ao mundo real nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, quando o famosíssimo mago negro Grigori Rasputin — que existiu na vida real e foi conselheiro do Kaiser russo antes da revolução de 1917 —, acessorado por nazistas interessados em mudar o rumo da guerra, invocou a aparição do monstrengo.
Durante a invocação, surge uma enorme bola de fogo e, de dentro dela, aparece uma criatura bizarra, de pele vermelha, com rabo, chifres e um braço direito absurdamente desproporcional ao esquerdo, feito de uma espécie de rocha vermelha.
Entretanto, logo após a invocação, o exército dos Aliados chegou ao local, matando todos os participantes do ritual e levando consigo a criatura invocada. Devido ao seu formato assustador, muito similar ao de um demônio, a criaturinha, que na época era um bebê, foi apelidada Hellboy, ou garoto do inferno, em inglês.
O garoto foi levado pelo exército dos Estados Unidos em uma base aérea do Novo México, sendo treinado para trabalhar na divisão especializada em pesquisa e defesa paranormal, cuja principal função é estudar ocultismo e combater ataques desta gama no país.
Apesar de ter vivido os primeiros dias de sua vida em total sigilo, devido às ações barulhentas do herói, logo o exército estadunidense foi forçado a reconhecer sua existência, afirmando que sua função era defender o mundo das artes das trevas.
Por isso, em 1952 a ONU concedeu ao monstrengo o título de “humano honorário”, criado especialmente para ele. Desde então Hellboy age abertamente, e é conhecido como o maior investigador paranormal do mundo.
Uma grande oportunidade jogada diretamente na lata de lixo
Com um enredo incrível como este e inúmeras opções de histórias já prontas para oferecer aos jogadores, os desenvolvedores da Krome Studios deram uma imensa bola fora ao desenvolver Hellboy.
O jogo simplesmente não tem um enredo lógico: o jogador é lançado no meio de um cemitério repleto de mortos vivos e só tem uma opção: mata-los até encontrar a saída do local. No meio do caminho, depara-se duas vezes com uma bruxa, que pode ser combatida em seu terceiro encontro.
Entretanto, poucos tiros — não mais que cinco ou seis deles — já são suficientes para aniquilar a monstra voadora. Ao escapar do cemitério, Hellboy sofre um ataque do qual não consegue desviar, e então começa o carregamento da segunda fase de jogo.
Durante a tela de carregamento, uma única frase aparece na tela: Hellboy se assustou com a máscara. Que o fez lembrar de um evento ocorrido há 25 anos. Após carregar o jogo, a introdução do segundo nível apresenta Hellboy caindo de pára-quedas numa floresta, e na tela uma mensagem anuncia que você está em Okinawa, Japão, vinte e cinco anos no passado.
Essa é toda a conexão presente entre os seis níveis de Hellboy, que podem ser concluídos em cerca de 6 horas por um jogador de nível médio. O que é uma grande pena, já que com um bom enredo, Hellboy poderia render uma grande aventura nos videogames de nova geração.
Jogabilidade infernal
A jogabilidade de Hellboy: The Science of Evil pode ser resumida com uma expressão bastante forte que, no entanto, a definirá por completo: nada mais que uma cópia barata da série Devil May Cry.
Além de buscar imitar descaradamente o jogo desenvolvido pela Capcom, os designers da Krome Studios nem sequer foram capazes de copiar direito! O protagonista conta com uma arma de fogo (a famosa pistola com tambor de 6 balas do herói) e um braço gigante que serve como arma branca.
É possível ainda pegar certos objetos do cenário, além de algumas armas de seus adversários, usando-os com o mesmo propósito da espada de Dante. Infelizmente, porém, os combos são pouquíssimos e a durabilidade das armas de seus adversários em sua mão, muito curta.
Hellboy é provavelmente o super-herói mais politicamente incorreto que as histórias em quadrinhos conhecem. Desde seu nascimento, sua vida foi muito diferente do comedido Clark Kent e seu alter-ego, Superman, assim como de muitos outros heróis encaixados no estereótipo de bondade e benevolência.
Quem assistiu o primeiro filme do herói, que fez sucesso nos cinemas de todo o mundo em 2004, já conhece parte do início da saga deste herói demoníaco, para os que não conhecem, o Baixaki Jogos explica.
Das trevas contra as trevas...
Hellboy chegou ao mundo real nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, quando o famosíssimo mago negro Grigori Rasputin — que existiu na vida real e foi conselheiro do Kaiser russo antes da revolução de 1917 —, acessorado por nazistas interessados em mudar o rumo da guerra, invocou a aparição do monstrengo.
Durante a invocação, surge uma enorme bola de fogo e, de dentro dela, aparece uma criatura bizarra, de pele vermelha, com rabo, chifres e um braço direito absurdamente desproporcional ao esquerdo, feito de uma espécie de rocha vermelha.
Entretanto, logo após a invocação, o exército dos Aliados chegou ao local, matando todos os participantes do ritual e levando consigo a criatura invocada. Devido ao seu formato assustador, muito similar ao de um demônio, a criaturinha, que na época era um bebê, foi apelidada Hellboy, ou garoto do inferno, em inglês.
O garoto foi levado pelo exército dos Estados Unidos em uma base aérea do Novo México, sendo treinado para trabalhar na divisão especializada em pesquisa e defesa paranormal, cuja principal função é estudar ocultismo e combater ataques desta gama no país.
Apesar de ter vivido os primeiros dias de sua vida em total sigilo, devido às ações barulhentas do herói, logo o exército estadunidense foi forçado a reconhecer sua existência, afirmando que sua função era defender o mundo das artes das trevas.
Por isso, em 1952 a ONU concedeu ao monstrengo o título de “humano honorário”, criado especialmente para ele. Desde então Hellboy age abertamente, e é conhecido como o maior investigador paranormal do mundo.
Uma grande oportunidade jogada diretamente na lata de lixo
Com um enredo incrível como este e inúmeras opções de histórias já prontas para oferecer aos jogadores, os desenvolvedores da Krome Studios deram uma imensa bola fora ao desenvolver Hellboy.
O jogo simplesmente não tem um enredo lógico: o jogador é lançado no meio de um cemitério repleto de mortos vivos e só tem uma opção: mata-los até encontrar a saída do local. No meio do caminho, depara-se duas vezes com uma bruxa, que pode ser combatida em seu terceiro encontro.
Entretanto, poucos tiros — não mais que cinco ou seis deles — já são suficientes para aniquilar a monstra voadora. Ao escapar do cemitério, Hellboy sofre um ataque do qual não consegue desviar, e então começa o carregamento da segunda fase de jogo.
Durante a tela de carregamento, uma única frase aparece na tela: Hellboy se assustou com a máscara. Que o fez lembrar de um evento ocorrido há 25 anos. Após carregar o jogo, a introdução do segundo nível apresenta Hellboy caindo de pára-quedas numa floresta, e na tela uma mensagem anuncia que você está em Okinawa, Japão, vinte e cinco anos no passado.
Essa é toda a conexão presente entre os seis níveis de Hellboy, que podem ser concluídos em cerca de 6 horas por um jogador de nível médio. O que é uma grande pena, já que com um bom enredo, Hellboy poderia render uma grande aventura nos videogames de nova geração.
Jogabilidade infernal
A jogabilidade de Hellboy: The Science of Evil pode ser resumida com uma expressão bastante forte que, no entanto, a definirá por completo: nada mais que uma cópia barata da série Devil May Cry.
Além de buscar imitar descaradamente o jogo desenvolvido pela Capcom, os designers da Krome Studios nem sequer foram capazes de copiar direito! O protagonista conta com uma arma de fogo (a famosa pistola com tambor de 6 balas do herói) e um braço gigante que serve como arma branca.
É possível ainda pegar certos objetos do cenário, além de algumas armas de seus adversários, usando-os com o mesmo propósito da espada de Dante. Infelizmente, porém, os combos são pouquíssimos e a durabilidade das armas de seus adversários em sua mão, muito curta.
Como se não bastasse, num dos golpes especiais, em que Hellboy agarra seu adversário quase morto pela gola, joga-o sobre sua perna e quebra seu pescoço com as mãos (é, parece divertido ao ler, mas não se anime!), é comum encontrar terríveis falhas gráficas, que levam o jogador a repetidamente segurar o personagem não pelo pescoço, mas pelo meio do peito.
Deixando os golpes de lado e partindo para a experiência como um todo, repetitividade mantém-se como o melhor descritivo. São sempre os mesmos monstros, que variam pouquíssimo dentro de um mesmo nível.
Em cada fase, é claro que os adversários mudam, seguindo o folclore da região que serve de cenário, mas ainda assim a constância dessas mudanças, aliadas à linearidade forçosa do jogo fazem a jogabilidade de Hellboy perder ainda mais pontos.
Não parece, mas é um jogo da nova geração
A limitação nos combos ou no enredo não são os únicos podres do título publicado pela Konami (uma vergonha para a empresa, diga-se de passagem). A trilha sonora do jogo é terrível: não faz a menor conexão com o clima de terror e é extremamente repetitiva.
Qualidade gráfica? Talvez o jogo seja capaz de competir nesse quesito contra algum game lançado para o PlayStation 2. As texturas são probres, a modelagem é extremamente falha e a iluminação e cores escolhidas não condizem em nada com o enredo, pretensamente assustador, que Hellboy deveria carregar em seu nome.
Em suma, os quesitos técnicos de Hellboy são tão devastadores quanto quaisquer outros, jogando o jogo ainda mais abaixo no nível de qualidade esperado para um título pertencente a uma franquia tão famosa e bem vista.
Um jogo dos infernos!
Como é visível diretamente nos prós e contras dessa análise, o jogo não agradou nem um pouco a equipe Baixaki Jogos. Por toda a análise, fica evidente o descontentamento causado por Hellboy: The Science of Evil.
Mas o pior de tudo não é a qualidade péssima do jogo. Mais que isso, o que nos desapontou de imediato foi a decepção com o título, do qual esperava-se uma qualidade digna da franquia Hellboy, ou ainda de jogos publicados pela Konami.
Deixando os golpes de lado e partindo para a experiência como um todo, repetitividade mantém-se como o melhor descritivo. São sempre os mesmos monstros, que variam pouquíssimo dentro de um mesmo nível.
Em cada fase, é claro que os adversários mudam, seguindo o folclore da região que serve de cenário, mas ainda assim a constância dessas mudanças, aliadas à linearidade forçosa do jogo fazem a jogabilidade de Hellboy perder ainda mais pontos.
Não parece, mas é um jogo da nova geração
A limitação nos combos ou no enredo não são os únicos podres do título publicado pela Konami (uma vergonha para a empresa, diga-se de passagem). A trilha sonora do jogo é terrível: não faz a menor conexão com o clima de terror e é extremamente repetitiva.
Qualidade gráfica? Talvez o jogo seja capaz de competir nesse quesito contra algum game lançado para o PlayStation 2. As texturas são probres, a modelagem é extremamente falha e a iluminação e cores escolhidas não condizem em nada com o enredo, pretensamente assustador, que Hellboy deveria carregar em seu nome.
Em suma, os quesitos técnicos de Hellboy são tão devastadores quanto quaisquer outros, jogando o jogo ainda mais abaixo no nível de qualidade esperado para um título pertencente a uma franquia tão famosa e bem vista.
Um jogo dos infernos!
Como é visível diretamente nos prós e contras dessa análise, o jogo não agradou nem um pouco a equipe Baixaki Jogos. Por toda a análise, fica evidente o descontentamento causado por Hellboy: The Science of Evil.
Mas o pior de tudo não é a qualidade péssima do jogo. Mais que isso, o que nos desapontou de imediato foi a decepção com o título, do qual esperava-se uma qualidade digna da franquia Hellboy, ou ainda de jogos publicados pela Konami.
É esse o motivo de uma nota tão baixa para o jogo. Além de seu mérito próprio para uma análise tão enfurecida, é importante alertar os gamers de que Hellboy: The Science of Evil, é um título para se passar bem longe.
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