Imagem de Hydrophobia Prophecy
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Hydrophobia Prophecy

Nota do Voxel
67

Mergulho em águas rasas

Responda rápido: o que é necessário para que um jogo seja bom? Embora estejamos tão acostumados a pegar o controle a passar horas em frente ao console, essa pergunta não é tão simples de ser resolvida quanto pensamos. Muitos vão citar gráficos, enquanto outros dirão que preferem uma boa história e vários outros elementos.

Particularmente, ouso dizer que é o conjunto de tudo isso que vai fazer um título se diferenciar de outro, fazendo com que você mergulhe na trama e naquele universo apresentado. É a imersão proporcionada que vai ditar o grau de diversão daquela obra. Quantas vezes você não se sentiu fazendo parte do game por conta de seu visual ultrarrealista ou de sua narrativa envolvente?

Existem vários exemplos que ilustram bem a questão – seja para bem ou para mal. Porém, é normal imaginarmos que há apenas dois tipos de introdução na obra: aquelas que “engolem” o jogador e as que falham ao tentar fazer isso. No entanto, o que dizer de jogos que conseguem ser as duas coisas ao mesmo tempo?

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É o caso de Hydrophobia Prophecy, desenvolvido pela Dark Energy Digital para PlayStation 3 e PCs. O título consegue, em determinados momentos, trazer uma experiência muito imersiva e empolgante, mas falha ao tentar fazer com que o jogador entre na história. É o típico caso em que uma característica consegue ser melhor que o todo.

Ecoterrorismo

O jogo se passa em um futuro não muito distante em que a população cresceu consideravelmente, fazendo com que os problemas sociais já existentes se agravassem a ponto de obrigar a humanidade a criar comunidades isoladas em alto mar, principalmente por conta da baixa oferta de alimentos. Desse modo, somos levados à embarcação Queen of the World, que abriga um bom número de pessoas, inclusive a engenheira de sistema Kate Wilson.

O que deveria ser um dia de trabalho comum para a moça se transforma em um caos após o ataque terrorista de um grupo denominado New Malthusian. Defensores das ideias de Thomas Malthus – economista britânico que, no início do século XIX, acreditava que era necessário ter controle sobre o crescimento populacional a fim de evitar a escassez de comida –, eles iniciam uma série de ações criminosas para “condenar” os responsáveis pela crise mundial.

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Por estarmos falando de um navio em meio ao oceano, a investida faz com que o local seja invadido pela água, sendo que os sistemas de segurança e de sobrevivência são, gradativamente, danificados e desativados – o que faz com que Kate tenha de correr contra o tempo para salvar todos os tripulantes da “Rainha do Mundo”.

Hydrophobia Prophecy não é um jogo ruim, mas também não consegue se destacar em meio ao mar de outros grandes títulos – perdoem o trocadilho. Mesmo trazendo uma água com física aprimorada e uma imersão fantástica nos momentos de mergulho, o game não empolga. A história é fraca e demasiadamente curta, o que faz com que todo o potencial existente seja simplesmente jogado fora.

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