Imagem de LittleBigPlanet 2
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LittleBigPlanet 2

Nota do Voxel
91

Inovando o revolucionário

A fórmula “Jogue, crie e compartilhe” apresentada no primeiro LittleBigPlanet pegou todos de surpresa. Apesar da roupagem quase infantil adotada pelos Sackboys, o game conquistou milhões de fãs pelo mundo inteiro, principalmente por dar asas à imaginação e permitir que os jogadores criassem suas próprias fases e da maneira que quisessem.

O resultado foi assombroso. A possibilidade de dividir suas obras com outros jogadores fez com que surgisse uma comunidade online com vários níveis customizados em que, como já previra a apresentação inicial do jogo, “os sonhos se tornam reais”. Com tanta criatividade sendo explorada, o que podíamos esperar de uma sequência?

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O anúncio de LittleBigPlanet 2 fez com que muita gente ficasse com pé atrás em relação à validade dessa continuação. Como no original era possível criar praticamente tudo, que novidades a Media Molecule poderia nos apresentar? Como inovar algo que já é inovador?

A resposta não poderia ser mais óbvia: expandindo tudo aquilo que já conhecemos. Se achávamos que o primeiro game permitia criar qualquer coisa, a nova aventura dos bonecos de pano vai além e nos faz realmente achar que somos programadores. Todo o universo está em nossas mãos.

Um mundo muito mais amplo

LittleBigPlanet 2 traz poucos recursos realmente inéditos. Entretanto, o que poderia ser um ponto negativo se mostra como algo muito mais vantajoso, já que não preocupa o usuário com tantos elementos novos. Tudo o que o jogo faz é tornar as ferramentas já existentes muito mais versáteis e variadas.

Isso não significa que não há nada exclusivo. Desde os novos acessórios, como o “Gancho Fixante” e o “Criacionista”, aos badalados Sackbots, todas as inserções oferecem uma jogabilidade completamente diferenciada. Por mais que essa sequência esteja muito parecida com seu antecessor, em nenhum momento há a sensação de que você já viu aquilo antes.

Como não poderia deixar de ser, essa ampliação de possibilidades oferecida pelos métodos de criação fez com que a já extensa comunidade online ficasse ainda mais diversificada. Se antes tínhamos fases com designs criativos e divertidos, agora temos verdadeiras produções. O que dizer de jogar o clássico Mario Bros. em 8 bits ou de disputar uma corrida de Fórmula 1 dentro de LittleBigPlanet? Pois tudo agora é possível.

É claro que isso não impede que alguns erros aconteçam – ou pior, se repitam –, como a campanha curta e a quantidade absurda de tutoriais que pode desanimar os jogadores menos empenhados. No entanto, ainda assim, a nova viagem a esse mundo de possibilidades se mostra tão tentadora e intensa quanto da primeira vez.

Se você enlouqueceu com as possibilidades do jogo anterior, saiba que LittleBigPlanet 2 é ainda mais empolgante e divertido nesse aspecto. Ele simplesmente expande toda a experiência de seu antecessor e cria novas possibilidades que antes eram impossíveis. Com um pouco de empenho e muita criatividade, podemos ver resultados realmente fantásticos.

A pluralidade de gêneros, em conjunto com as máquinas e os Sackbots, consegue inovar aquilo que já era inovador. A Media Molecule conseguiu provar que é possível criar games dentro de outro, com direito a ângulos inovadores de câmera, animações e toda a personalização que um título de peso merece.

No entanto, é impossível não perceber a falta de impacto que LittleBigPlanet 2 causa. Não que isso signifique que ele seja um jogo ruim, mas não consegue causar o mesmo efeito que seu antecessor. Apesar de ser fantástico, não é revolucionário e não surpreende. Tudo está dentro daquilo que imaginamos e já esperamos.

É claro que isso não tira o mérito do game em momento algum. Ao contrário do que aconteceu com Super Scribblenauts, as novidades não se parecem com uma atualização ou um DLC. Apesar de a mecânica básica continuar a mesma, são muitas inovações e melhorias. Em outras palavras, se você quer ser um game designer, comece por aqui.

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