Imagem de Machinarium
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Machinarium

Nota do Voxel
91

Um dos mais belos e fascinantes jogos do gênero Point and Click.

A desenvolvedora independente Amanita Design aterrissou no mundo dos jogos com estilo, liberando gratuitamente a aventura Point and Click “Samorost”. O reconhecimento foi rápido, graças ao visual distinto, à ambientação curiosa e à simplicidade convidativa.

O fato se repetiu com a continuação, Samorost 2, que mostrou ainda melhor o talento da equipe. Agora, com Machinarium, a empresa está de volta, oferecendo aos jogadores uma aventura bem maior e mais completa do que as vistas anteriormente.

Em sua essência, Machinarium é um jogo do gênero Point and Click, no qual você deve progredir pelos cenários coletando e combinando itens, desvendando combinações de eventos e prestando atenção aos detalhes. Entretanto, não existem ações diferenciadas como buscar, olhar, examinar. Tudo é feito com apenas um clique no botão esquerdo do mouse.

A história gira em torno do pequeno robô que vaga pela cidade em busca de sua namorada, aprisionada pelos vilões que aterrorizam as ruas e a população. Por esta descrição, você pode estar pensando que Machinarium não é nem um pouco interessante, mas acredite: você se surpreenderá já nos primeiros minutos!



Aprovado

Do que nós gostamos


Obras de arte

Parece desenho, mas é jogo Observando as capturas de tela do jogo, você pode pensar imediatamente que elas se tratam de artworks (trabalho de arte conceitual) e não dos gráficos reais. Mas o fato é que os gráficos de Machinarium são sim os mostrados nas imagens desta análise.

Praticamente tudo é desenhado, contando com traços que lembram lápis de cor. O resultado na tela é magnífico, aconchegante para os olhos e único. A volta às raízes do gênero é mais do que bem-vinda neste sentido.

Desempenho e qualidade na medida certa


E por mais que o jogo tenha sido programado em Flash (sim, a mesma plataforma de muitos outros jogos de menor porte encontrados pela internet), ele é capaz de mostrar ótimos efeitos gráficos, repletos de animações nos cenários e mantendo um ótimo desempenho de modo geral.


Tudo bem, você não poderá interagir com o botão direito do mouse, mas é praticamente certeza que Machinarium rodará em quase todos os computadores atuais.


Ambientação de primeira


Não é só pelo aspecto gráfico que Machinarium consegue embalar o jogador. O departamento sonoro também recebeu um tratamento de primeira, contando com efeitos sonoros de ponta que ajudam a dar vida aos personagens robôs que habitam o universo do game.


Banda em ação na cidade

A trilha sonora também é excepcional. Você se sentirá completamente submerso na aventura, contando com músicas que lembram em muitos aspectos o trabalho de Vangelis e outras que simulam Bossa Nova.


Atenção especial à passagem da banda: quando completar os passos necessários, fique um tempo curtindo o som dos três músicos. São poucos instrumentos (e peculiares), mas que formam um ótimo conjunto sonoro.


Um conto melancólico


 O jogo pode começar sem pé nem cabeça (com você resgatando seu próprio corpo da pilha de lixo), mas bastam alguns minutos de partida para que as peças da história comecem a se encaixar, despertando ainda mais interesse por parte do jogador.

Como já mencionamos acima, a trama gira em torno do robô, de sua namorada e dos vilões que estão aterrorizando a cidade, mas a magia está no modo como a narrativa é realizada, com passagens animadas e balões de lembranças.

Alguns vão empacar já no inícioE tudo à sua volta “respira”. Pequenas criaturas robóticas voam ou se balançam. Outras rastejam pelas paredes realizando manutenção. Até mesmo o seu personagem demonstra personalidade quando permanece estático por muito tempo.

Puzzles de rachar o crânio


Ao contrário dos primeiros games da companhia (nos quais era basicamente necessário clicar em diversos pontos da tela para avançar), Machinarium traz quebra-cabeças que vão realmente fundir a sua mente, no bom sentido, é claro.


Não serão raras as passagens em que você perderá cerca de meia hora apenas tentando desvendar uma estratégia básica para progredir. Para quem gosta de jogos inteligentes, este é um prato delicioso e cheio.


Variedade é o tempero da vida


E estas etapas de quebra-cabeças são muito variadas. Jogos de fliperama, partidas de tabuleiro expandidas, sistemas de ligação de pontos elétricos, alteração de estruturas... São tantas as possibilidades... Mas o melhor que você faz é vê-las com seus próprios olhos!


Ordens, tarefas, mistérios...

Ao seu alcance


Outro ponto forte da abordagem de Machinarium aos quebra-cabeças é o uso do corpo do próprio personagem. O que ocorre é que você só pode interagir com o que está ao seu alcance.


É aí que entra em cena o sistema de compressão e expansão do tronco do pequeno robô, necessário para alcançar partes mais distantes do cenário, subir em escadas sem começo ou até mesmo para deslizar pelos dutos dos esgotos, em forma achatada.


Passada constante


Algumas das principais reclamações dos jogadores frente aos games do gênero recaem sobre o famoso “Backtracking”, ou a necessidade de revisitar muitos dos pontos que já foram vistos anteriormente para que se possam encontrar novos segredos.


Felizmente, a maioria das respostas de Machinarium é encontrada de forma progressiva, ou seja, sem exigir que você retorne para muito longe e evitando mais confusão. Com isso, o ritmo do jogo se torna praticamente perfeito, com você sempre descobrindo novas áreas e cenários.


Um longo caminho pela frente


Não se preocupe com a duração do jogo. Ao contrário dos pequenos “Samorost”, Machinarium oferece ao jogador muitas horas de diversão pela frente. Aliás, será muito difícil você concluir a história em menos de doze horas de jogo sem utilizar qualquer auxílio.



Reprovados

O que espantou o BJ... No mau sentido


Frustração em alguns momentos

Pense rápido! Se por um lado as dicas e o próprio sistema de passos funcionam bem no sentido de fazer com que a sua cabeça trabalhe, haverá momentos em que você ficará frustrado por realmente não ter ideia de como proceder.

Isto pode ocorrer devido ao fato das dicas serem muito vagas em alguns pontos ou porque alguns dos itens ficam praticamente invisíveis no cenário (o que pode ocorrer com facilidade na cela da prisão, por exemplo), impedindo seu progresso em outros estágios.

Pense duas vezes antes de consultar


Os apressados que não resistem aos testes de raciocínio por muito tempo também ficarão nervosos com o game, principalmente se levarmos em conta o sistema de acesso ao livro de dicas.


Para liberá-lo, você precisa passar por um teste (jogo), controlando uma chave e atirando clicando sobre botões virtuais. O processo é muito chato e deve ser repetido todas as vezes em que a consulta for realizada.


Pequenas pedras pelo caminho


A plataforma Flash garante carregamentos mínimos, alto desempenho e estabilidade para a maior parte dos computadores por aí, mas também tem suas desvantagens. Em primeiro lugar, a interatividade fica limitada apenas aos cliques do botão esquerdo do mouse, uma vez que o botão direito ativa a caixa de diálogo de configurações.


Banda em ação

O reflexo desta abordagem aparece na interface, que sofre com certa lentidão, obrigando-o a recolocar todos os itens manualmente em seus devidos lugares, sem que você possa simplesmente cancelar uma ação.


Assistindo aos erros


A navegação pela tela também não é das melhores, já que o movimento do seu personagem não pode ser interrompido ou cancelado. Se clicar sobre um ponto distante com o robô em sua forma esticada, prepare-se para observar sua caminhada desajeitada que perdurará por alguns segundos.


O fato pode se repetir em outras cenas nas quais é possível empurrar objetos para os dois lados. Não é incomum o jogador tentar subir em uma caixa e acabar empurrando-a para o outro canto da tela sem querer.



Avaliação Final

Vale a pena?


Não se deixe levar pelos pequenos contras colocados acima. Machinarium é uma experiência fabulosa, que consegue retornar às raízes do gênero Point and Click com maestria. A arte e a construção dos cenários são soberbas, contando com traços belíssimos que mais parecem pinturas em movimento.

Muito trabalho pela frente em uma única tela

As mecânicas são simples, não exigindo nada além de meros cliques ou da combinação entre dois itens, mas o que “pega” aqui é a inteligência dos testes. Quem gosta de colocar o cérebro para trabalhar se sentirá verdadeiramente recompensado a cada etapa transposta.


Os personagens robóticos também transbordam charme e carisma. Você dará risada com os malvados, ficará preocupado com a progressão dos fatos e se identificará com o clima caótico da cidade.


Jogos dentro do jogo E complementando todos estes fatores, ainda temos uma ambientação impecável em uma mistura de cenários divertida e curiosa, em conjunto com uma trilha sonora mais do que misteriosa. Machinarium vale cada centavo. Se você curte jogos do gênero, não pode ficar de fora desta aventura.


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