Imagem de Magicka Vietnam
Imagem de Magicka Vietnam

Magicka Vietnam

Nota do Voxel
70

Magos, feitiços, túnicas e... Metralhadoras?

Quando a Arrowhead Game Studios lançou Magicka, ainda no começo deste ano, ela ocupou o primeiro lugar em inúmeros sites de distribuição e venda de games no mundo todo. Dizer que é um RPG, do gênero hack´n´slash (caminhando e matado) bem parecido com Diablo, não é uma descrição muito precisa.

Talvez enfim apareceu um jogo inovador. Sim, de uma maneira a parodiar várias repetições no mundo dos games MMO e RPG, de forma ordenada e com qualidade. Quem assistiu ao famoso filme do Ben Stiller, “Trovão Tropical” (Tropic Thunder), entende melhor a comparação. Inúmeras situações que sempre acontecem são unidas em um jogo só.

Fonte da imagem: Divulgação
Começando com um encontro com um vampiro antigo, poderoso, que manda você procurar um general de campanha. No caminho, não por coincidência, você encontra um mago benevolente, que lhe abre os caminhos da magia e dos feitiços. Logo que ele lhe dá o primeiro conselho, você já cai em uma “dungeon”.

Tão logo o jogador consegue se libertar da masmorra, encontra o tal acampamento militar — que subitamente é atacado por um troll gigante! Qualquer semelhança com praticamente todos os Massive Multiplayer Online existentes não é mera coincidência. É dessa forma que de formam os “clichês”. E da união deles, com outros elementos novos, e mais absurdos ainda, que nasce Magicka.

Imagine todos os clichês acima, inseridos no final da década de 1960, quando os mágicos e feiticeiros foram chamados para ajudar os americanos na Guerra do Vietnã. O protagonista é um mago, vestindo a habitual túnica colorida, com capuz escondendo o rosto. Em uma das mãos um grande cetro, com uma pedra na ponta, que lança feitiços. Na outra mão, uma metralhadora M-60.

O que eles estão fazendo nesta confusão? Ajudando a salvar o mundo do comunismo. Isso mesmo. Enquanto os inimigos estão sendo metralhados, atirando lança mísseis, um feitiço de cura pode ser usado, ou quem sabe um ataque de chuva de meteoros.

É dessa forma que se desenvolve Magicka: Vietnam. Uma expansão do primeiro jogo, que traz dois novos desafios. O primeiro deles é o modo “Vietnam survival”, que como o próprio nome já indica, o objetivo é sobreviver. O jogador começa dentro de um quadrado, envolvido por algumas pequenas cercas, aberto nos cantos.

Os ataques dos inimigos são divididos no que o jogo chama de “ondas”. Cada uma dessas “ondas” de ataque traz uma série de algozes, misturando orcs, trolls, os novos duendes “vietcongs”, com diferentes espécies de monstros, além de um ou dois baús vivos, os quais o jogador pode encontrar itens ou magias, assim que os aniquilar. Em realidade bastante similar ao modo arena do título original.

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O segundo, e muito mais divertido, modo é o “Vietnam Rescue Mission”. O intuito da missão é cumprir uma série de objetivos, dentre os quais, destruir instalações de armamentos e rádios dos inimigos vietnamitas, além de resgatar prisioneiros de guerra, e roubar alguns planos antes que eles sejam colocados em prática.

Para tanto, o jogador contará com carabinas, metralhadoras, lança míssil, além das habituais magias, tanto para curar, quanto para atacar. Ambos os modos contam com a possibilidade de se jogar sozinho, ou se unir em até quatro jogadores cooperativos.

A jogabilidade é surpreendentemente envolvente, a qualidade da combinação dos elementos atiça até os mais antigos feiticeiros. Os controles são bastante precisos, só um pouco confusos nos primeiros vinte minutos.

Cada um dos oito elementos pode se misturar com qualquer outro, em várias quantidades, gerando a cada nova amálgama um poder específico, diferente e útil em várias situações. Muito efetivos nos campos de batalha ou para habilitar passagens e portas.

Como de praxe para um DLC, a qualidade gráfica é idêntica ao do primeiro game. Vale aqui fazer uma menção aos sons. Extremo ponto de destaque, a trilha sonora é empolgante e muito útil. Bom, mas vamos ao que interessa.

Olha... Valer, vale. Infelizmente, por mais que haja uma tendência a se querer gostar do jogo e sua proposta instigante, os defeitos se destacam mais que as qualidades. Para quem nunca se aventurou no universo de Magicka, a experiência é válida. Mas só se for um apreciador do gênero de RPG, ou MMO.

Ainda, na hipótese de você já ter jogado o primeiro jogo, não tem porque não experimentar essa segunda versão. Agora, se você não é um apreciador por natureza de Role Playing Game, ou mesmo de multiplayers, é grande a chance de se arrepender nos três primeiros minutos.

Em síntese, trata-se de uma expansão do jogo Magicka, que só possui dois modos extras, com poucos cenários. Se o jogador não jogou o primeiro, melhor nem tentar esse. A diversão ganha muito com o fato de o tema mudar, se passa em meio a uma guerra, porém perde enormemente na dificuldade, junto com não poder salvar o progresso. No fim das contas fica com nota pior que o primeiro.

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