Imagem de Mario Party 8
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Mario Party 8

Nota do Voxel
73

Para boas horas de diversão com os amigos.

Mario Party retorna em seu oitavo ano, estreando os jogos de tabuleiro no Wii, os quais são disputados pelos personagens do universo de Mario. A maior inovação é a extensa utilização das possibilidades do sensor de movimento do novo console da Nintendo; de resto, a jogabilidade é copiada títulos anteriores, os gráficos e sons são datados, mas a diversão é a mesma, principalmente, ao se reunir os amigos para os jogos da sorte de Mario Party 8.

A franquia Mario Party teve seu primeiro título em 99, no Nintendo 64, e passou, no seu quarto título, para o Game Cube, estreando no Wii com Mario Party 8. Todas as seqüências, que são lançadas a cada ano (com exceção deste título, que saiu dois anos depois de Mario Party 7), alcançaram recordes de vendas em suas plataformas. Os portáteis da Nintendo também já receberam a franquia, com os títulos Mario Party Advance (para o Game Boy Advance) e o Mario Party DS.

Vai uma carona para avançar no jogo?Simples e divertido, como todo jogo de tabuleiro

O sucesso da franquia mostra que os fãs não se cansaram da mesma fórmula: é preciso jogar o dado, andar o número de casas correspondentes, ganhando e perdendo moedas pelo caminho, e utilizar-se de artifícios contra os adversários, a fim de coletar o maior número de estrelas espalhadas pelo cenário. A cada rodada, depois de todos os jogadores fazerem seus movimentos, todos se enfrentam em um minigame, ganhando ou perdendo mais dinheiro.

Há catorze personagens jogáveis, entre os que estão desde o primeiro jogo, como o Mario, o Luigi, a Peach, o Yoshi e o Wario, e outros que apareceram posteriormente, como o Birdo, o Dry Bones, o Blooper e o Hammer Bro., sendo que todos já apareceram em Mario Party 7. Na verdade, a inovação do título está na possibilidade de se jogar com o Mii, o avatar do Wii, o qual é personalizado pelo jogador e armazenado no console.

O jogo de tabuleiro multiplayer suporta até quatro pessoas, estando arranjadas em duplas ou jogando cada uma por si, havendo ainda a possibilidade de apenas dois usuários disputarem o jogo. A inteligência artificial substitui os jogadores que faltarem, logo é possível curtir Mario Party 8, mesmo que não haja mais três pessoas ao seu redor.
Cenários do universo de Mario

É possível escolher entre cenários que oferecem jogabilidade parecida, com pequenas variações. Em quase todos eles é preciso coletar certa quantia de dinheiro para comprar a maior quantidade de estrelas. Em algumas casas onde o personagem pára, enfrenta-se desafios, em outras ganha-se moedas e há até as que retiram um pouco de dinheiro do jogador: uma questão de sorte.

O cenário da selva de Donkey Kong, que retorna dos títulos anteriores da franquia, projeta-se verticalmente, com o jogador subindo e descendo algumas plataformas, algumas vezes, tendo a sorte de receber ajuda do gorila para chegar à estrela mais próxima e outras sendo atrapalhado pelo Bowser, que muda a posição das estrelas no cenário.

No cenário da casa assombrada, os jogadores devem percorrer salas e corredores em busca de moedas, para pagar ao Boo em troca de estrelas; no cenário do trem, o jogador percorre o interior e o topo de três vagões, que podem mudar de posição, juntando dinheiro para doá-lo a uma celebridade, que está a bordo. Há ainda um cenário do Bowser que precisa ser desbloqueado ao longo do jogo.

O mais interessante dos cenários funciona como um “Banco Imobiliário”, um dos mais famosos jogos de tabuleiro, no qual é preciso comprar propriedades, ruas e serviços, monopolizando todo o tabuleiro, cobrando taxas ao passantes. Mas, na verdade, o cenário da cidade de Goomba é a apenas uma simplificação dessa jogabilidade, visto que os personagens passam por hotéis, que podem ser comprados, rendendo estrelas para os seus donos.

Esses hotéis podem ser vendidos a outro jogador que pague mais por eles e, dependendo, da quantia investida, rendem uma, duas e até três estrelas ao seu dono. Além disso, nesse cenário da cidade, o jogador pode ganhar a carona de um koopa em um conversível, chegando a uma área repleta de moedas.

Um dos cenários mais divertidos lembra bastante o Banco Imobiliário.Nas idas e vindas pelos tabuleiros, os personagens coletam e compram balas, que lhe dão certas vantagens e poderes úteis contra os adversários. Há as balas que fazem com que se jogue dois ou três dados em uma mesma rodada, e há as mais divertidas, que retiram moedas dos adversários, ou mandam-nos para o início do tabuleiro.

Uma das mais interessantes, e difíceis de achar, transformam o personagem em sua versão 8 bits e faz aparecer blocos acima de cada casa, rendendo mais moedas, tal como nos jogos de plataforma do Mario.

Dezenas de minigames


Ao parar em certas casas, os personagens disputam minigames, que podem ser para um jogador, ou para todos juntos, sendo cada um por si, ou estando divididos em duplas. Mario Party 8 traz cerca de 80 minigames, mas poucos estão disponíveis desde o começo do jogo e para desbloqueá-los, é preciso passar pelos diferentes jogos de tabuleiro, ou comprá-los com os tickets que se recebe depois de terminar algum jogo.


Há minigames que são variações de corrida, de tiro ao alvo, de jogo da memória, entre outros. Mario Party 8 também traz, no menu de extras, minigames especiais, como um de boliche, um de memória e outro de corrida com obstáculos.

Os jogos desbloqueados também podem ser encontrados no menu de Minigames Tent, onde os jogadores se reúnem em diferentes tipos de competições, para ver quem ganha o maior número de minigames. Em um dos modos dois jogadores disputam o jogo da velha, colocando uma peça no tabuleiro, a cada minigame ganho.

Para não ficar parado


A maioria dos minigames se utilizam do Wii-mote, fazendo bastante uso das configurações de movimento do console. Em geral, os controles respondem bem aos movimentos, sendo bastante intuitivos e de fácil aprendizagem. Diversos minigames multiplayer de corrida estão à sua espera.

O jogador deve ler antes as instruções de como usar os controles, pois é preciso movimentar o Wii-mote de maneiras diferentes em cada minigame e, em alguns, como em um jogo de tiro espacial, o jogador deve até segurá-lo de lado, como se fosse um controle tradicional de videogame.

Outros exemplos do uso do controle está em um minigame, em que o jogador precisa ajustar os ponteiros de um relógio, segurando o Wii-mote horizontalmente e apontando-o para a tela, devendo girá-lo no sentido horário ou anti-horário, conforme queira que os ponteiros se movam. Há ainda outro minigame, no qual se deve andar por uma corda, segurando um bastão, sendo preciso manter o Wii-mote de lado e movimentá-lo como se ele fosse o próprio bastão, fazendo com que o personagem mantenha o equilíbrio e não caia da corda.

Há alguns comandos mais intuitivos, como o do minigame de boliche, em que o jogador deve segurar o Wii-mote para baixo, movimentando-o de trás para frente, como ele fosse a própria bola de boliche. Nesse minigame, a velocidade e a direção em que se movimenta o controle é bem transmitida para o jogo.

Nos jogos de tabuleiro, a movimentação dos personagens é automática e os comandos do jogador se resumem, basicamente, a mover o controle para que saia o número do dado e, em certos momentos, escolher quanto dinheiro gastar, quais poderes utilizar para avançar no jogo, ou qual caminho a seguir em um cruzamento — e não seria preciso mais do que isso, sendo que, assim, o jogo se passa mais rapidamente.

Pouco desafiador

Tanto os jogos de tabuleiro, como os minigames não oferecem grandes desafios, principalmente se se está jogando sozinho, contra a inteligência artificial. Embora o nível de dificuldade da inteligência artificial possa ser modificada pelo jogador, variando entre fácil, normal e difícil, nenhum deles chega a, realmente, oferecer uma grande oposição, com exceção dos minigames, em que se torna mais complicado vencer uma inteligência artificial do nível difícil.

Evidentemente, o desafio cresce quando se disputa os jogos de tabuleiros com outras pessoas, as quais podem tomar decisões mais inesperadas e tentar derrubá-lo com mais convicção do que a inteligência artificial. Mas isso não significa que, ao jogar sozinho, se consiga terminar facilmente em primeiro lugar, visto que muito do sucesso, nos jogos de tabuleiro, depende da sorte.

Já os minigames são poucos desafiadores, com exceção de alguns, como um em que o personagem deve andar em cima de uma corda, equilibrando-se com a ajuda de um bastão. Mas a maioria dos jogos são bem fáceis e, alguns, por conta disso, se tornam pouco estimulantes.

Um exemplo é o minigame em que o personagem tem duas bandeiras, uma em cada mão, e deve levantá-las, conforme indicado, às vezes erguendo uma delas e, outras vezes, levantando as duas ao mesmo tempo. No começo, o jogo anda tão lentamente que, dificilmente, se tem vontade de recomeçar o minigame, depois que se perde.


Momentos de descontração


Por ser um título bastante dedicado ao modo multiplayer, Mario Party 8 não é tão divertido se jogado sozinho, quanto pode ser se é disputado com mais de uma pessoa. Mas o jogo também não deixa de ser um bom passatempo, quando se compete somente contra a inteligência artificial. De um jeito ou de outro, os 20 a 40 minutos médios de uma partida de tabuleiro passam rapidamente.

Mario Party é muito mais divertido quando quando jogado com os amigos.Grande parte da diversão se deve à imprevisibilidade, visto que muitas reviravoltas podem acontecer, como em qualquer jogo de tabuleiro. Infelizmente, muito da jogablidade se baseia bastante na sorte e pouco na habilidade do jogador, o que pode ser desanimador.

Quanto aos minigames, dificilmente há a expectativa de se jogá-los mais do que uma ou duas vezes, porque a maioria deles são muito fáceis. Além disso, se demora para desbloquear novos minigames, o que torna a experiência repetitiva.

Flashes do passado

A qualidade gráfica de Mario Party 8 deixa a desejar,
mostrando-se datados para o Wii, com pouco detalhamento, texturas muito repetidas e gráficos com bordas bastante serrilhadas. As imagens são bastante coloridas e há uma visão bem aproximada do tabuleiro, ao contrário do que se tem nos primeiros jogos da franquia, que mostram o cenário inteiro visto de cima. Os cenários e os modelos dos personagens também não se destacam, e apenas algumas animações merecem menção, por serem bem humoradas, principalmente ao final dos minigames.

A falta de atenção aos gráficos se torna mais evidente se o título é comparado com outros jogos do universo de Mario. Alguns exemplos são o Super Paper Mario e o WarioWare: Smooth Moves, lançados no mesmo ano para o console, os quais adaptam muito bem os conceitos dos jogos em gráficos mais bem tratados ou inovadores.
Além disso, estranhamente, apenas os menus aparecem em widescreen, sendo que quando se começa a jogar, a tela volta para o padrão 4:3 — o que não faz muito sentido.

A qualidade sonora também não se destaca, nem nas falas dos personagens, que é quase nula, nem nos efeitos especiais. A música de fundo é repetitiva — mas, também, não se poderia esperar nada muito diferente de um jogo de Mario. Uma consideração deve ser feita para o Wii-mote, que apita e emite uma fala rápida do personagem para chamar a atenção, quando é a vez do jogador.

Diversão entre amigos

O que mais se destaca nos minigames são os esquemas de controle, que fazem bastante uso das configurações de movimento do Wii — mas parece que essa foi a maior preocupação dos desenvolvedores, que deixaram de lado um melhor tratamento gráfico e sonoro, fazendo com que o título pareça datado para o console.

Apesar disso, a falta de previsão do que pode vir a acontecer e as reviravoltas, que mudam constantemente o lugar do primeiro e do último colocado, fazem de Mario Party 8 uma boa opção para algumas horas de diversão com os amigos, sem deixar de ser interessante também para quem deseja jogar sozinho, atendendo satisfatoriamente a um público mais casual de videogames.
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