Imagem de Mercury Meltdown Revolution
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Mercury Meltdown Revolution

Nota do Voxel
86

Uma bolha de mercúrio revitaliza o Wii!

Quando a franquia foi iniciada com o primeiro título para o PSP, Mercury Meltdown não recebeu muita atenção. Apesar do potencial, a plataforma não era muito adequada ao estilo de jogo. Uma adaptação subsequente para o PlayStation 2 também não fez muito sucesso. Mas agora, no Wii, parece que a pequena bolha de mercúrio finalmente encontrou seu lugar ao sol.

Aqui está o protagonista!

O seu Remote é uma plataforma flutuante

O objetivo do jogo é bastante simples. Utilizar o Wii Remote para mover uma plataforma de um lado para o outro de forma a levar uma bolha de mercúrio até o objetivo do nível. Porém, para atingir este objetivo o jogador deverá utilizar raciocínio e destreza na hora de executar movimentos precisos com o controle. Terminar os níveis não é a parte mais difícil, mas sim fazê-lo sem perder muita massa e no menor intervalo de tempo possível!

Um cenário visto de longe

Além disso, deverá vencer certos obstáculos. De que tipo? Vamos a eles, dividindo-os em duas categorias para maior clareza: os elementos que modificam o mercúrio e os que alteram o cenário. Começaremos com o primeiro tipo.

Dividir e conquistar!

Antes de mais nada, vale ressaltar que sua pequena bolha é bastante maleável. Ela tem uma tendência a se dividir quando dá de encontro com objetos. Isto pode ser útil em alguns casos, mas frequentemente fará com que você preste bastante atenção na forma como faz a plataforma balançar.

Senhoras e senhores, o Zé Gotinha! O primeiro e mais simples elemento interativo do jogo é um canhão de luz que muda a cor do mercúrio. Isto é utilizado de diversas formas através do game. Alguns sensores só podem ser ativados se o Zé Gotinha – como a pequena bolha foi carinhosamente apelidada por nossa equipe que testou o título – estiver de uma determinada cor. É simples no conceito, mas isso possui muitos desdobramentos.

Existe uma paleta de cores na tela que mostra as diferentes cores que podem ser conseguidas. As básicas são Vermelho, Verde e Azul. Através de uma mistura dessas – dividindo o Zé Gotinha e colorindo suas partes independentemente para em seguida juntá-las – pode-se conseguir outras três cores ou fazê-lo voltar ao cinza original. Este conceito é utilizado das mais variadas formas. Existem portões através do qual apenas mercúrio de determinada cor pode passar, objetivos de nível que só podem ser alcançados com uma bolha verde ou vermelha, entre outros.

Mercúrio resfriado desliza em um trilho Também presentes estão dispositivos que esquentam ou esfriam a bolha. Quando aquecida, ela terá uma tendência maior a se dissociar e escorregará mais caoticamente. É útil para passar através de caminhos estreitos, por exemplo. Em compensação, se for resfriada irá endurecer e ficar parecida com uma bolinha de pinball, podendo passar por caminhos de chão furado por exemplo, que anteriormente a fariam escorrer e despencar.

Como tudo o que ocorre em Mercury Meltdown Revolution, aqui também existem interações mais complexas. Ao resfriar uma bolha quente, ela voltará ao normal, não irá endurecer. O mesmo pode ser dito do inverso, ao esquentar uma bolha fria. Tudo isto deve ser calculado pelo jogador para ser o mais eficiente possível.

Cuidado por onde pisa... ou por onde rola?

Outro elemento importante são as modificações de textura do chão. Desde borracha, que faz a massa disforme se mover mais devagar, até gelo que a faz deslizar bem rápido – passando por rampas, esteiras rolantes, paredes móveis – a interação com estes diferentes elementos deve ser compreendida com clareza para ser bem-sucedido nos diversos cenários.

As texturas com setas são esteiras rolantes
Existem também diversos elementos que podem empurrar, arremessar ou atrair a gosma. Embora sejam geralmente encarados como obstáculos, eles podem ter funções úteis na hora de completar os objetivos, como alcançar áreas inacessíveis ou arriscadas. E finalmente, existem os “outros seres”.

Espere aí. Havíamos dito que existiam duas categorias de obstáculos. É verdade. Mas também existem outros pequenos habitantes deste mundo “aeroplatafórmico” – sim, acabamos de inventar esta palavra – que influenciam  na resolução dos desafios. Os inofensivos são blocos móveis que podem ser manipulados, ou empurrados, em determinadas direções de forma a pressionar sensores. Os agressivos são pequenos monstrinhos safados que devem ser evitados a qualquer custo.

Espere, isto está se tornando muito complicado!

Verdade, existem muitos elementos em um jogo que dissemos que é simples. Mas o tutorial disponível também passa essa impressão. No entanto, uma vez que se começa a jogar, tudo faz sentido e se encaixa perfeitamente. Os objetivos são claros é não é difícil perceber o que se deve fazer em cada um dos cenários. O grande desafio é COMO fazê-lo. Por isso, o Baixaki Jogos vai tentar exemplificar um dos níveis jogados para ilustrar a experiência – infelizmente não tivemos como elaborar um vídeo para mostrar melhor.
Em determinado nível, existe uma bolha cinza que deve ser levada a uma bandeira de chegada rosa. Dois canhões, um azul e um vermelho, modificam a cor do mercúrio. Um bônus se esconde atrás de um portão vermelho. Como resolver? Pinte o Zé Gotinha de vermelho, pegue o bônus, divida-o em 2 – em uma quina, geralmente – pinte cada uma das metades de uma cor, junte-as e leve o resultado até o final.
A estrela flutuante é um bônus

Falando nisso, mencionamos um bônus no parágrafo acima. Este é uma outra característica do game. Simplesmente terminar o cenário rapidamente é possível, e dá pontos, mas pegar todos os bônus e não perder nenhum pedaço de mercúrio dá muito mais. E os pontos não são simplesmente para competir com outros pelo melhor score. Eles liberam fases adicionais e vários minigames. Minigames?

E vamos nós!

Ao atingir determinado número de pontos um certo joguinho será liberado. Que não são nem um pouco menos divertidos do que a atividade principal. Existe um de equilíbrio, um de corrida, um que parece um Tetris... Acoplados ao enorme número de cenários, proporcionam uma longevidade tremenda a este título.

O minigame de corrida, à la F-Zero!

Os gráficos são bastante coloridos e com aparência de desenho, o que é bastante agradável. O tamanho limitado dos níveis permite uma taxa de frames por segundo excelente e movimentos físicos por parte de Zé Gotinha bastante realistas. A trilha sonora é recheada de músicas eletrônicas, para colocar o jogador no clima, que é de tentar bater o relógio.

Os controles são extremamente precisos e nossa equipe não encontrou nenhuma falha a este respeito. Até mesmo movimentos sutis da mão de um lado para o outro, balançando o Remote rapidamente, são refletidos na tela com realismo invejável.

Em resumo, o jogo é extremamente viciante. Níveis mais complexos farão você ficar minutos a fio tentando descobrir como resolvê-los. Apesar de não possuir um multiplayer, observar é tão empolgante quanto jogar. Em nossos testes, enquanto uma pessoa jogava inevitavelmente outras vinham assistir e eventualmente tentar um ou dois níveis para assimilar a experiência. E caso um deslize viesse a fazer com que a pequena bolha escorregasse inevitavelmente para fora da plataforma, a comoção era geral com as mais diversas exclamações se fazendo presentes.

Oops!

Tudo isto faz de Mercury Meltdown Revolution um excelente título para o Wii. A fórmula parece que foi pensada com o console em mente, apesar de precedê-lo, e a jogabilidade é extremamente intuitiva. Mesmo se você não é fã do gênero de quebra-cabeças, vale a pena emprestar de alguém para experimentar. É impossível se arrepender.
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