Imagem de nail'd
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Nota do Voxel
70

Dizem que quedas livres são ótimas para aliviar o stress...

Alguns jogos de video game, mesmo representando uma ficção, tratam com algum respeito as leis que condicionam o mundo do lado de fora da magia gráfica dos consoles. É só se lembrar de jogos como Gran Turismo, Forza Motorspot e tantos outros que infundem bastante seriedade na ideia da simulação — excluindo-se, talvez, os famigerados flashbacks que têm se tornado cada vez mais populares... Enfim.

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Mas também há a outra ponta do espectro: jogos que abraçam completamente as possibilidades irreais permitidas por um game e, deliberadamente, chutam as partes pudendas de Isaac Newton e Cia. Desnecessário dizer que é exatamente esse o caso de nail’d, um jogo que se parece mais com uma montanha-russa sem trilhos do que com uma competição off-road típica.

Só que, justiça seja feita, não se trata de uma ideia propriamente original. Na verdade, a desenvolvedora Techland bebe da mesma fonte que alimentava a leva de jogos baseados mais em doses maciças de adrenalina do que nas leis da física — basta se lembrar das cabines extremamente disputadas de Offroad Thunder.

O problema é que esse ideal de velocidade descomplicada e de ação vertiginosa já anda fora de moda há algum tempo, o que, por si só, já colocaria nail’d em um nicho bastante restrito, composto sobretudo por saudosistas e, quem sabe, um ou outro jogador casual. Isso se a matriz original dos anos 80 e 90 fosse realmente respeitada, o que nem sempre é verdade aqui.

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Entre os belos cenários, velocidade extrema e propensão para quedas livres, nail’d não deixa de se equivocar no tratamento que normalmente envolve um bom jogo de arcade offroad. Praticamente não há rotas alternativas, as mecânicas exageradamente fáceis tornam a experiência um tanto maçante após algumas poucas horas de jogo e, como se não bastasse, o seu veículo — uma moto ou um quadriciclo — tem o péssimo costume de explodir sem motivo aparente. Vamos aos detalhes.

Nail’d é uma espécie de homenagem tardia aos títulos que dominaram os fliperamas e consoles durante os anos 80 e 90. É uma infusão concentrada de adrenalina que deixa tudo mais de lado: leis físicas, questões de mecânica, a resistência do corpo humano a quedas com mais de 20 metros, etc.

Se isso é divertido? Com certeza que é. Só que não vem sem algumas falhas, como a frustrante falta de rotas alternativas e possibilidades de exploração do terreno — sem falar na consequência óbvia disso: a explosão sumária do seu veículo. Além disso, a Techland parece ter reforçado a velocidade e os saltos insanos em detrimento das habilidades individuais do jogador.

Entretanto, verdade seja dita: nail’d pode sim ser um jogo divertido. Talvez não por muito tempo, mas pode. Quer dizer, embora não justifique o hype criado antes do lançamento, ainda é uma bela possibilidade para quem andava saudoso de títulos como Top Gear Rally e Offroad Thunder. Além do que, dizem que quedas livres são ótimas para aliviar o stress...

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