Imagem de One Piece: Pirate Warriors
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One Piece: Pirate Warriors

Nota do Voxel
75

Revisitando velhos mares, mas sem perder o ar de novidade [vídeo]

Gameplay BJ

Jogos inspirados em séries de mangá sofrem de um enorme problema: a falta de criatividade. Basta olhar os últimos lançamentos de Naruto, Dragon Ball Z e o recente Os Cavaleiros do Zodíaco: Batalha do Santuário para perceber que, em sua grande maioria, essas adaptações se resumem a games de luta ou Beat’em Ups marcados exatamente pela repetição.

O ponto, no entanto, é que isso não chega a ser algo crítico, principalmente pelo fato de essa limitação já ter se tornado uma característica do estilo. Ninguém espera algo revolucionário quando um game baseado em um anime é anunciado — embora a qualidade ainda seja um requisito básico que deve estar presente. São produções voltadas para os fãs, que já estão acostumados com uma estrutura narrativa bem engessada, o que se reflete na jogabilidade quando a história é levada para outra mídia.

E é exatamente isso que acontece com One Piece: Pirate Warriors. A saga de Luffy e o Bando do Chapéu de Palha nunca teve games memoráveis, e o título exclusivo do PlayStation 3 vem exatamente para preencher essa lacuna. Isso não quer dizer, contudo, que ele se propõe a ser algo inovador ou uma experiência única. Muito pelo contrário: trata-se de um jogo destinado exatamente para quem já acompanha a série e quer reviver algumas das situações apresentadas pelo mangá e, para isso, se aproveita de uma fórmula simples, mas que funciona muito bem.

Sem a pretensão de revolucionar o gênero, One Piece: Pirate Warriors cumpre bem seu papel de adaptar as aventuras de Monkey D. Luffy sem cair no erro que a grande maioria dos Beat’em Ups inspirados em mangás e animes comete. Ainda que a repetição esteja ali, ela é amenizada graças a soluções inteligentes e divertidas apresentadas ao longo da campanha.

Explorar essas peculiaridades da série foi uma ótima saída da desenvolvedora para dar um novo ritmo ao jogo, fazendo com que ele fosse um pouco mais do que um Dynasty Warriors com piratas. Por mais que as semelhanças — e alguns problemas — sejam evidentes, isso não chega a ser o suficiente para tirar o brilho dessa jornada tão divertida.

Por outro lado, é preciso levar também em consideração que o game é voltado exatamente para quem já conhece a série. É claro que isso não impede que os novatos explorem a Grande Rota e distribuam socos e espadadas pelos mares, mas a experiência será totalmente diferente daquela de alguém que já conhece a franquia.

Isso é perceptível não apenas na história, que vai fazer muita gente se perder, mas pela própria mecânica. Boa parte da “culpa” das adaptações caírem no erro da repetição está no fato de os originais também usarem fórmulas pouco criativas. É por isso que quem busca um jogo como One Piece: Pirate Warriors não busca inovação, mas uma aventura digna de seus heróis. Nesse ponto, o game se sai muito bem e consegue reviver de maneira fiel uma das histórias mais divertidas dos mangás — com seus pontos altos e baixos.

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