Imagem de Perfect Dark Zero
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Perfect Dark Zero

Nota do Voxel
80

As primeiras aventuras de Joanna Dark em um console de nova geração.

Perfect Dark Zero chega como um dos jogos mais antecipados para o novo console da Microsoft, narrando os eventos que precedem seu antecessor, o aclamado Perfect Dark do Nintendo 64. Os modos offline — singleplayer e cooperativo com mais um jogador — dividem-se em catorze episódios, que apresentam diversos tipos de missões, as quais são levadas a cabo, quando o jogador cumpre os objetivos propostos. Já o modo multiplayer traz muita diversão pela variedade de partidas que oferece, sustentando a durabilidade do título.

As novas aventuras de Joanna Dark chegaram ao Xbox 360, como um dos primeiros jogos de tiro em primeira pessoa do console, ao lado de Call of Duty 2 e Quake 4, os quais foram lançados praticamente na mesma data que Perfect Dark Zero. Nada mais natural do que a grande espectativa gerada em torno do novo título, devido ao grande sucesso de Perfect Dark, um dos melhores shooters do Nintendo 64, o qual se destacou por oferecer um enredo envolvente e diversas opções multiplayer, além de um grande número de armas e uma inteligência artificial avançada.

Enredo irrelevante

Os eventos desse título ocorrem três anos antes de Perfect Dark do Nintendo 64 e narram as primeiras missões de Joanna Dark, antes de ela trabalhar no Instituto Carrington. Em Perfect Dark Zero, ela é uma caçadora de recompensas, que trabalha para seu pai, Jack Dark, ao lado de sua amiga Chandra, que lhe dá suporte, orientando-a sobre como cumprir os objetivos de cada missão.

Ao contrário do título original, que apresenta uma história envolvente, a campanha de Perfect Dark Zero vem arrematada por um enredo irrelevante: basta que o jogador se preocupe em matar os adversários e cumprir os objetivos para que as missões sejam bem sucedidas.

A campanha — que pode ser jogada por um ou dois jogadores, no modo cooperativo — apresenta um total de catorze missões, sendo algumas de combate e outras de stealth, nas quais o personagem deve agir sem ser percebido pelos adversários; para serem bem sucedidas, vários objetivos devem ser cumpridos, como resgatar alguém, dar cobertura aos aliados, localizar o inimigo, entre outros.



O brilho das armas

Para cumprir seus objetivos, Joanna Dark tem ao seu dispor mais de 20 armas, que mesclam características comuns e futuristas, incluindo pistolas, escopetas, sub-metralhadoras, rifles de alta precisão, rifles de assalto e armas de arremesso.

Cada arma apresenta funções secundárias e terciárias, como, por exemplo, a pistola P9P (a primeira do seu arsenal), que tem um silenciador e uma lanterna para ser usada em ambientes escuros; a sub-metralhadora RCP-90, que mostra os inimigos em vermelho e os aliados em verde, além de confundir os adversários, fazendo com que eles atirem um nos outros; e, por fim, a CMP-150, que projeta um holograma da personagem para confundir o inimigo, dando-lhe a possibilidade de pegá-lo de surpresa.

Outra configuração interessante de Perfect Gark Zero é a opção que o jogador tem de cobrir-se atrás de algum elemento do cenário, atirando no inimigo e voltando a esconder-se automaticamente. Esse sistema, que é similar ao de Gears of War, permite que o jogador posicione a mira sem ficar visível para os inimigos, sendo de grande utilidade nos momentos de combate intenso.

Desafio para todos os gostos

Tal como no original Perfect Dark, no modo campanha, há três níveis de dificuldade — além de um quarto nível que precisa ser desbloqueado. Eles se diferenciam, basicamente, pela quantidade de objetivos propostos e pela rapidez de resposta da inteligência artificial.

Enquanto o nível mais fácil — de Agente, que é voltado para um público mais casual — apresenta inimigos que são derrotados com facilidade, os níveis seguintes — de Agente Secreto e Agente Perfeito — elevam consideravelmente o desafio, exigindo que mais objetivos sejam atingidos e, no caso do último, que o jogador memorize as posições dos adversários e aja com maior cautela para conseguir sobreviver.

Apesar de oferecer um nível de desafio voltado para um público mais assíduo, Perfect Dark Zero pode constituir-se numa boa introdução para jogos de tiro em primeira pessoa. Algumas configurações fazem com a jogabilidade seja bastante acessível, como os waypoints, que indicam, por setas, o caminho a ser seguido quando o jogador se perde, e as primeiras fases, nas quais é explicado o que deve ser feito passo-a-passo para que os objetivos sejam cumpridos. Além disso, os primeiros episódios podem ser jogados apenas no primeiro ou segundo nível de dificuldade, para que o usuário aprenda, aos poucos, o que deve ser feito em cada situação.

Outra facilidade está na configuração de recuperação automática, que faz com que a personagem tenha sua vitalidade renovada ao ficar alguns segundos fora da linha de fogo, após ser atingida. Sendo assim, o jogador morre poucas vezes, o que compensa a pequena quantidade de checkpoints presentes no jogo.

Comandos acessíveis

Perfect Dark Zero apresenta dois esquemas de controle, que podem ser mudados no menu: o esquema de controles padrão, que oferece uma jogabilidade parecida com jogos de tiro para PC, e um esquema próprio do título, que apresenta uma dificuldade maior para ser aprendido.

O esquema de comandos padrão permite que o jogador se movimente com o manche esquerdo (como se estivesse usando os botões direcionais do teclado, em jogos para PC), e ajuste a mira e olhe na direção desejada, utilizando o manche direito (similar à função do mouse). Ao contrário desse controle mais intuitivo, o outro esquema de comandos permite que o jogador se movimente e ajuste a mira horizontalmente com a alavanca esquerda, enquanto a direita apenas controla a movimentação horizontal da mira — o que pode atrapalhar bastante os jogadores desavisados.

Os outros comandos do jogo apresentam-se bastante acessíveis, sendo facilmente aprendidos durante as primeiras fases, principalmente a tutorial. Por exemplo, para cobrir-se atrás de algum elemento do cenário, abrir e fechar portas ou ativar algum dispositivo, basta pressionar o botão verde; para acessar diferentes armas, pressiona-se o amarelo, e para pegar outros equipamentos, utiliza-se os botões direcionais; o botão vermelho é utilizado para se atingir o inimigo com o cano da arma e para golpes corpo a corpo; além disso os quatro gatilhos são utilizados para atirar e para acionar as funções secundárias e terciárias de cada arma.


Diversão multiplayer

Apesar do modo campanha obscurecido pelo fraco enredo, as diferentes opções multiplayer constituem-se na grande atração de Perfect Dark Zero — o que foi mantido do original Perfect Dark e ampliado com sucesso.

O título permite que até quatro usuários joguem em um mesmo Xbox 360 com tela dividida, ou que até quatro consoles estejam conectados em rede (System Link), podendo haver até 16 jogadores no total. Além disso, é possível jogar online, através do Xbox Live, o qual dá suporte para até 32 usuários.

Há diversas opções de partidas multiplayer, as quais oferecem ação individual ou em time, com variações dos clássicos deathmatch e darkops (de movimentação em time, similar ao Counter-Strike). Os modos deathmatch incluem partidas de killcount, team killcount, capture the flag e territorial gains, enquanto, no modo darkops, há partidas de eradication, onslaught, infection e sabotage.

Devido às diversas opções oferecidas, os modos multiplayer são responsáveis pela maior parcela de diversão do título, contribuindo para a durabilidade de Perfect Dark Zero.

Os primeiros gráficos e sons de um novo console

O jogo apresenta uma qualidade gráfica que varia entre razoável, para alguns elementos, e ruim, para outros. Ainda assim, é preciso levar em conta que, por ser um dos títulos de lançamento do Xbox 360, Perfect Dark Zero não se utiliza, naturalmente, de toda a capacidade do console, como outros jogos que vieram posteriormente.

Mesmo assim, há uma boa diferenciação de texturas e bons efeitos de luz e sombra, aliados a uma representação razoável dos planos de fundo e dos diversos elementos presentes nas fases.

Mas há exceções, como, por exemplo, a representação de elementos mais complexos, como os rios, que parecem conter um líquido muito mais denso do que água, e as cascatas, que parecem blocos maciços transparentes, além da neve e do gelo. Porém, o pior da qualidade gráfica ficou reservado para os personagens, que têm menos tratamento e apresentam alguns problemas na sua animação, pois, muitas vezes, eles parecem correr em câmera lenta.

Perfect Dark Zero também apresenta uma boa qualidade sonora, que merece destaque na representação de cada arma, do som ambiente e dos passos dos inimigos, ajudando na sua localização — o que é imprescindível para jogos de tiro. Os personagens, algumas vezes, apresentam boa entonação e, em outras situações, parecem estar lendo um roteiro escrito, sem maior convicção no tom de voz.

Boa seqüência de Perfect Dark

Perfect Dark Zero apresenta um modo campanha baseado em missões de combate e stealth, as quais são bem-sucedidas quando o jogador consegue cumprir os diversos objetivos propostos. Com três níveis diferentes de dificuldade, o jogo pode agradar tanto a fãs mais assíduos das primeiras aventuras de Joanna Dark, quanto a um público mais amplo, pois oferece um esquema de controle simples e diversas orientações sobre como agir em cada situação.

Porém, a maior parcela de diversão pode estar reservada no modo multiplayer, o qual oferece diversas opções de conexão (via Xbox Live e rede de consoles) e variações de partidas famosas de deathmatch e darkops. A grande estrela do jogo também são as diversas armas disponíveis, as quais oferecem funções secundárias que prometem agradar a qualquer fã de jogos de tiro.

A qualidade gráfica e sonora são compatíveis com o que se espera de um dos primeiros títulos do Xbox 360, pela própria limitação de tempo para explorar as possibilidades do novo console. Ainda assim, é um título que faz justiça ao original Perfect Dark, por manter muitas características do antecessor, além de oferecer uma jogabilidade fluida e uma boa variedade de partidas multiplayer.

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