Imagem de Prison Break: The Conspiracy
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Prison Break: The Conspiracy

Nota do Voxel
40

Sem Scofield como astro, jogo consegue estragar a melhor temporada do seriado

Muito tempo já se passou desde o término da série Prison Break e boa parte de sua popularidade foi dissipada, mas mesmo assim a desenvolvedora ZootFly trouxe ao mercado The Conspiracy, uma aventura baseada diretamente na primeira temporada, considerada pela grande maioria como a melhor de todas.

A trama começa com Lincoln Burrows sendo vítima de uma acusação injusta de assassinato — indo parar direto no corredor para a cadeira elétrica — e seu irmão prodígio, Michael Sofield, bolando um plano mais do que mirabolante para salvá-lo da execução, tendo absoluta certeza da inocência do irmão.

Mas antes que você crie qualquer expectativa, já adiantamos que a narrativa não é exatamente fiel aos acontecimentos da série. Ao contrário do desejo de muitos, em Prison Break: The Conspiracy os jogadores não controlam os irmãos Scofield ou ainda qualquer outro dos presidiários que se juntam à aventura de fuga.

Encarando a prisão pelo trabalho

Quem entra em cena é Tom Paxton, um oficial da Companhia sem passado e sem grande personalidade. Ao menos é essa a impressão que fica. Para quem não lembra, a Companhia (The Company) é a grande vilã do seriado, responsável pelo controle de influências, recursos e armamentos, além da óbvia incriminação de Lincoln Burrows.

Ao Tom é passada a tarefa de observar a atividade dos irmãos e descobrir o que é que eles estão tramando (no caso, a fuga). Largado sem qualquer proteção na prisão, você passa a ter que agir como um dos penitenciários, correndo em busca de proteção e de favores, algo conquistado por meio de uma série de missões entediantes e questionáveis.

Alguns exemplos incluem a coleta de facas na cozinha, pílulas escondidas na enfermaria ou o simples acompanhamento de um delator. Mas, antes de começarmos a tratar das falhas do título desenvolvido pela ZootFly, vamos logo ao que nos agradou na aventura do protagonista duplamente fictício...

Não há como negar. Prison Break: The Conspiracy sofre da síndrome das adaptações de séries. O resultado é pavoroso para os que entram na trama esperando por um bom jogo de ação e de suspense. Os fãs levarão um golpe ainda maior, não tendo nem mesmo a chance de controlar os astros.

A proposta da narrativa em paralelo aos acontecimentos da primeira temporada da série apenas limita a exploração dos personagens, de forma que alguns dos principais nomes mal aparecem ao longo das missões. O combate é horrível, não respeitando qualquer critério de qualidade.

No fim das contas o que sobra é uma aventura extremamente repetitiva, sem possibilidade de exploração ou entretenimento com tarefas alternativas, marcada por falhas grotescas que o farão acelerar para atingir o final ou então largar o controle de uma vez. Prefira jogos como Splinter Cell: Conviction, que é vendido pelo mesmo preço e oferece muito mais qualidade.

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