Imagem de Shattered Horizon
Imagem de Shattered Horizon

Shattered Horizon

Nota do Voxel
81

Liberdade de movimento como você nunca viu antes... No espaço sideral

Não é em uma galáxia distanteQuando se trata de propostas inovadoras, é preciso tomar cuidado com a forma como são inseridas para não sobrecarregar os jogadores com muitas novidades. Felizmente, a Futuremark — famosa por suas ferramentas de benchmark para PCs e que agora se aventura no ramo do desenvolvimento de games — parece ter entendido isso ao construir Shattered Horizon.
A inovação consiste de um conceito bastante claro: um FPS (jogo de tiro em primeira pessoa) em gravidade zero, permitindo aos jogadores movimentar-se em qualquer direção, utilizando o conceito físico de seis graus de liberdade. Parece simples, mas acho que vale a pena explicar um pouco mais para aqueles que ainda não conseguiram captar exatamente o espírito da coisa.

Todos sabemos o que significam as três dimensões, certo? Pode-se ir para cima e para baixo, para um lado e para o outro, para frente e para trás. A grosso modo, estes três eixos de movimento compõem as três dimensões nos jogos eletrônicos. Agora, o objetivo da Futuremark consistiu em adicionar um elemento de rotação em cada um destes eixos — ou seja, o jogador pode girar sobre si mesmo enquanto se movimenta.

Tanta liberdade pode acabar sendo um tanto quanto opressiva, já que estamos bastante acostumados a jogar games do gênero com a forma de movimentação tradicional. Não é nada difícil ficar desnorteado — mesmo porque, não existe norte no espaço sideral. A grande vantagem é que não há sequer necessidade de ter referências como “chão” e “teto”, pois você pode movimentar-se da maneira que desejar, através de propulsores em uma mochila.

Por contar com um conceito tão complexo, Shattered Horizon não tenta complicar ainda mais a vida do jogador. A temática é simples e direta: a época é o meio do século XXI e o homem está minerando a Lua. No entanto, um acidente explosivo de proporções catastróficas faz com que incontáveis toneladas de rochas sejam arremessadas no espaço, em torno da Terra. Isto faz com que seja quase impossível atravessar este cinturão e quem está no espaço deverá ficar por lá.

Consequentemente, um atrito surge entre a Moon Mining Corporation (MMC) e a International Space Agency (ISA). A primeira foi a responsável pelo acidente, e a segunda deve lidar com os responsáveis. A confusão descamba para um conflito armado enquanto ambos os lados tentam sobreviver no espaço e estabelecer-se como a força dominante. É neste contexto que se encaixam os combates por pontos estratégicos — que são os mapas existentes.

Para os fãs de FPS, vale. É bem diferente e inovador, e consequentemente deve conquistar sua parcela de fãs. Não é um jogo com apelo de massa, mas certamente é uma boa tentativa inicial de inserção no mercado de games por parte da Futuremark. A liberdade e a simplicidade são marcas deste título, que oferece uma ótima diversão, com uma boa relação custo-benefício.

Algo que vale a pena ressaltar é a exclusividade deste jogo para PC. Não conseguimos ver como ele poderia ser adaptado a nenhuma outra plataforma atual, já que o mouse é absolutamente necessário para conseguir controlar com precisão a mira ao mesmo tempo em que o jogador gira em todas as direções.

Mais uma vez, o jogo afirma a superioridade das possibilidades para FPS em computadores e expande os padrões estabelecidos. Esperamos que a Futuremark siga em frente e traga ainda mais novidades no futuro.
Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.