Imagem de Skullgirls
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Skullgirls

Nota do Voxel
85

O politicamente incorreto voltou de minissaia

O que esperar de um jogo protagonizado por mulheres? Desde o lançamento de Dead or Alive, os jogos que seguiram essa linha se especializaram em exibir grandes decotes, muitas curvas e praticamente nenhuma roupa, enquanto história e jogabilidade se tornaram apenas detalhes para justificar a pancadaria feminina.

E com Skullgirls isso não é diferente, embora de maneira muito mais irônica. A sensualidade divide espaço com o bizarro, criando um confronto curioso. Os seios de uma das “heroínas”, por exemplo, chamam tanto a atenção quanto as cicatrizes em seu corpo. Outra deixa à mostra as coxas e as marcas de seu corpo desmembrado. No fim das contas, todo o estranho elenco é uma releitura grotesca de fetiches masculinos, como uma enorme piada de humor negro. É mostrar que aquilo que você gosta também pode ser grotesco — ou vice-versa.

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É claro, no entanto, que esse não é o grande diferencial do game. O apelo sexual existe, mas é ofuscado pelo foco que a produtora deu ao que realmente importa: a jogabilidade. Embora soe estranho falar isso de um jogo de luta, é realmente bom ver que a desenvolvedora não se esqueceu daquilo que é fundamental em um título do gênero e, mais do que isso, procurou encontrar uma identidade própria em meio a tantos jogos parecidos.

Em tempos em que as sequências reinam nos video games, é muito bom ver uma franquia inédita surgir de maneira tão positiva como acontece com Skullgirls. Mesmo com algumas falhas básicas, o game não desaponta e se mostra como uma ótima surpresa para quem estava ávido por novidades.

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Além do belo visual e da ótima trilha sonora, o título se destaca exatamente por unir elementos já consolidados no gênero com outros totalmente inéditos. Isso faz com que os jogadores sintam-se familiarizados com o sistema básico ao mesmo tempo em que são apresentados a outros pontos completamente novos.

Por fim, Skullgirls é uma ótima pedida para quem quer algo diferente a um preço relativamente baixo — pouco mais de R$ 27 na cotação atual. Ainda que o apelo sexual esteja presente, ele não é tão agressivo e serve mais como piada e para mostrar que ainda há espaço para o politicamente incorreto. Só falta a produtora lançar novos personagens para ampliar o pequeno elenco.

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