Imagem de Soul Sacrifice
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Soul Sacrifice

Nota do Voxel
80

Até onde vai sua sede por poder?

Soul Sacrifice é o mais recente trabalho de Keiji Inafune (o famoso criador de franquias como Mega Man). O game foi lançado há alguns meses no Japão, onde já foi comprado por mais de 120 mil pessoas e cumpriu a sua principal proposta: adicionar com êxito jogos relevantes à pobrezinha biblioteca de opções do PlayStation Vita.

Isto posto, podemos começar a explanar um pouquinho da história por trás desse aguardado jogo da Sony Computer Entertainment Japão. Soul Sacrifice colocar os jogadores na pele de um garoto preso, prestes a ser executado por um poderosíssimo feiticeiro. Assim que o malvado lançador de feitiços vem buscar o último homem que estava em sua frente na fila de execuções, há um confronto que termina na eminente vitória de Magusar.

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Logo que ele vai embora, e você se dá conta de que é o próximo a ter que encarar o vilão, um misterioso livro falante aparece em sua frente. Libron, que é o nome do objeto animado de literatura, propõe prestar auxílio à sua causa praticamente perdida, ensinando encantamentos que vão deixá-lo muito poderoso, mas que vão mudar sua vida para todo sempre.

PS Vita: praticamente um leitor de e-book

Então, é justo quando você começa a interagir com Libron que a aventura começa. Basicamente, cada um dos capítulos da história conta a história de um rapaz bastante importante no decorrer do jogo. Esse jovem acabou se deixando levar pelas tentações perversas da feitiçaria demoníaca e acabou se tornando poderoso demais para que ele mesmo pudesse se controlar.

Seu objetivo, entretanto, não será uma pedida simples do tipo: “agora você precisa acabar com os planos malignos do malfeitor”. Ao contrário, seu papel em cada ínterim vai ficando cada vez mais complexo e suas emoções vão sendo cativadas pelos protagonistas do livro — até você descobrir que é um deles...

Sem mais delongas, será que Soul Sacrifice vai prestar? Vamos conferir.

Soul Sacrifice é um game que foi lançado no Japão um considerável período de tempo antes do que chegou ao resto do mundo. Com a açucarada receptividade da imprensa nipônica, as qualidades atribuídas ao título repercutiram mundo afora e contribuíram para que inevitavelmente muitas expectativas fossem criadas em relação à distribuição ocidental da produção de Keiji Inafune.

Assim, depois de uma longa jogatina de Soul Sacrifice, é possível afirmar que existe uma infinidade de conteúdo literário em suas páginas virtuais. A proposta do título também é um tanto curiosa, uma vez que não é sempre que vemos um livro falante, que recupera histórias da vida de um feiticeiro relativamente maligno, que troca alguma parte de seu corpo por poderes arcanos.

Não é muito difícil notar que a jogabilidade de Soul Sacrifice pode acabar ficando um tanto repetitiva, mesmo com a tonelada de histórias e conteúdo existente. As batalhas podem ser emocionantes e incríveis, mas se você escolher os parceiros e os equipamentos errados, elas certamente serão irritantes e muito difíceis. O sistema de “lacrimas” é muito interessante, assim como vários outros sacrifícios e a própria presença de Libron, criando momentos de pura gargalhada durante a sisuda aventura.

Em suma, o título não apresenta o andamento tão perfeito quanto gostaríamos tanto no que diz respeito ao modo campanha single, quanto à jogatina online. Mesmo assim, a divisão dos mundos em pequenos cenários de batalha não impede que o enredo carregue consigo uma profundidade digna de RPGs maiores (com a exceção da metade da história para o seu desfecho, onde há uma notável caída na intensidade).

Os elementos novos do game conseguem caminhar de mãos dadas com as características já conhecidas dos action role playing games, criando uma combinação com um acesso um pouco complexo, mas de fácil uso para qualquer jogador. O certo é que Soul Sacrifice é um dos jogos mais carismáticos e potentes de PlayStation Vita já lançados até hoje. Vale a pena, sem a menor sombra de dúvidas!

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