Imagem de SpellForce 2: Shadow Wars
Imagem de SpellForce 2: Shadow Wars

SpellForce 2: Shadow Wars

Nota do Voxel
82

Belíssimos gráficos e uma mistura excelente entre RPG e estratégia só que sem novidade para nenhum desses gêneros.

SpellForce 2: Sadow Wars é a mais nova versão da série de SpellForce. A primeira versão não foi muito bem sucedida devido à alguns problemas e bugs. Com toda certeza a Phenomic aprendeu com seus erros e a diferença é facilmente perceptível nesta nova versão. É considerado como um elo entre um jogo de estratégia e RPG, o que é bastante raro hoje em dia. A primeira coisa que se percebe é um estilo que lembra velhos e conhecidos rpgs de ação como Diablo 2, Neverwinter Nights, Dragonshard, etc. Na parte tática, apresenta 3 raças distintas, cada uma com suas próprias unidades e construções, lembrando um conhecido jogo dos fãs de estratégia, Warcraft 3.


Misturas que deram certo

Hoje em dia é normal encontrarmos jogos que são de estratégia ou são RPGs, alias o mercado está até saturado deles em alguns pontos, mas alguns, para nossa alegria, tentam misturar os dois gêneros. O problema é que a maioria não consegue misturar estes elementos de um modo amigável e a experiência adquirida pela Phenomic com a primeira versão de Spellforce foi o suficiente para mudar a produção deste jogo. Ela mostrou que é possível realizar uma mistura muito boa e muito interessante entre estes dois gêneros.

O fator RPG está muito presente principalmente no single-player, onde antes de começar precisa-se criar um personagem e personalizar algumas coisas dele (pra variar nada muito além do cabelo). Seu herói possui um inventário como em qualquer RPG, um monte de itens a ser adquirido pelos cenários, magias e árvore de habilidades (skilltree). Já a parte tática está perceptível em todo combate além do fato de que normalmente quem sobrevive nas batalhas são somente os heróis (nem sempre). As ações já são as conhecidas, como construir base, construções, evoluções, upgrades e um exército.

Magias, guerreiros das sombras, sangue de dragão e muito mais

Aproveitando a boa mistura dos gêneros, não poderiam ter deixado de fora a história do jogo. A Campanha em si está com uma história ótima e muito bem elaborada ao longo das 30 missões. O jogo começa controlando seu herói criado, um Shaikan (raça que tem sangue de dragão). Shaikans são humanos que possuem a habilidade de poder ressuscitar aliados e de chamar instantaneamente outros heróis que se encontram distantes para seu lado.

A árvore de habilidades (skilltree) apresenta-se de uma maneira bem simples. Pode-se distribuir os pontos adquiridos entre as habilidades disponíveis, não necessitando seguir uma linha de uma classe específica. Após conseguir ajudar a cidade contra um pré-ataque da civilização das sombras (Pact) e resgatar uma das personagens principais do jogo, Nightsong, é preciso falar com o Patriarca (Patriarch) e a aventura através dos mapas começa de verdade. A trama toda gira em torno de avisar todos sobre o ataque da civilização das sombras e buscar a ajuda de cada um.

A única coisa que irrita nas fases da Campanha é que algumas são muito longas e com caminhos que não são diretos para o objetivo, dando voltas e voltas até chegar lá. A principal vantagem são as missões (quests) que são necessárias realizar durante a campanha. Possui vários tipos de missões, algumas realmente difícies, e bem distintas entre si, o que ajuda a dar mais tempo de vida para o jogo.

Jogabilidade razoável

Quanto à economia do jogo, há 3 tipos de recursos: pedra (stone), que permite construir os prédios e base; prata (silver), usada para as unidades e upgrades e lenya, necessária para unidades especiais e heróis em geral. Em relação à parte RPG, as magias não são possuem um jeito muito amigável de utilização, nem para as magias em área, onde é necessário obrigatoriamente clicar em uma unidade inimiga. Cada partida não se resume a somente um herói, pode-se adquirir inúmeros heróis com suas respectivas habilidades, o que demora a acostumar.

Na parte tática, percebe-se que o jogo é muito rápido, principalmente para o modo multiplayer. A produção de unidades é bem rápida e a diferença das características das unidades (stats) são gigantes entre uma e outra.

Bons gráficos e ótima sonografia!

Os gráficos jogo estão bons e ainda mostram o dano do jogo em números que sobem na tela, ajudando a muitos que curtem um efeito visual de dano. O problema maior graficamente é que pela facilidade de se fazer grande número de exércitos e pelos efeitos das habilidades e magias, acaba necessitando de um PC considerável para conseguir jogar bem numa boa qualidade.

A trilha sonora está bem legal e dá um ótimo clima Senhor dos Anéis para o jogo. O som das magias, habilidades e inimigos estão bons mas falham no número de vezes que se pode ouvir as falas deles. Em geral ouve-se poucas vozes no decorrer do jogo e é quase sempre o mesmo som, o da pancadaria pura.

Multiplayer de partidas bem rápidas

Para aqueles que cansaram da campanha e querem jogar online, o multiplayer oferece opções padrão, nada de muito novo. Há diversos mapas para jogar, com opção de fazer times ou não ou de jogar contra o computador. Ainda há um modo que é uma campanha online com até 4 jogadores. O foco principal aqui são as batalhas e controle dos pontos de recursos e deixando de lado a evolução de personagens.

Apesar da boa integração entre os gêneros, não apresenta nada de inovador nestes mundos mas com certeza está bem elaborado e é possível perder algumas boas horas. Não diria que é a melhor das opções para aquele pessoal realmente fã de RPG ou de estratégia mais avançada, mas diria que para quem procura algo que integre estes dois mundos de maneira bem coesa ou pela falta de uma melhor opção no mercado, este seria um jogo que vale a pena tentar.

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