Imagem de Splatterhouse
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Splatterhouse

Nota do Voxel
65

A violência gratuita não é o suficiente para salvar Splatterhouse

Muitos clássicos dos games simplesmente marcaram a infância de muitos jogadores. Durante a década de 1980 e até o final dos anos 1990, o universo do entretenimento eletrônico recebeu centenas de títulos revolucionários, que deram o pontapé inicial para novos gêneros e conceitos.

Seguindo uma tendência semelhante à indústria dos cinemas, várias publicadoras dos jogos resolveram reviver grandes clássicos, trazendo todo o auge para as três dimensões da geração atual. Infelizmente, ao contrário de alguns belos exemplos das telonas, nem todos os remakes em alta definição se saem como a versão original.

Golden Axe, por exemplo, é um dos maiores clássicos do Mega Drive. Em sua nova versão, lançada para Xbox 360 e PlayStation 3, o título falhou em proporcionar aos fãs uma experiência equivalente à versão original. Bugs desastrosos, um sistema de combate repetitivo e um jogo nada caprichado. Isso é o Golden Axe da atual geração.

Dentre as demais franquias famosas que receberam, ou ainda vão ganhar, uma revitalização, temos Splatterhouse. Para quem não sabe, esse título é um dos mais polêmicos do início da era 16-bits. Lançado em 1988 nos arcades do Japão, Splatterhouse trazia uma história inspirada fortemente em filmes como Sexta-Feira 13 e Uma Noite Alucinante.

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O resultado? Um dos jogos mais violentos de todos os tempos. Antes da febre de Mortal Kombat, Splatterhouse já causava espanto em algumas famílias devido ao pesado conteúdo gráfico, que trazia entranhas e muito sangue espalhado pela tela. Além disso, o jogo também contava com a clássica fórmula side-scroller, algo que, aliado à boa jogabilidade, só contribuiu para o sucesso.

Posteriormente, o game também apareceria em outras plataformas, como TurboGrafx-16 e Mega Drive, com ports e sequências. Em 1993, é lançado o último jogo da série: Splatterhouse 3. Será que a dilaceração coordenada por Rick Taylor, o protagonista, finalmente teria chegado ao fim?

A Namco, responsável pela distribuição de toda série, decidiu reviver o personagem como a própria Máscara do Terror já havia feito. Em 2010, um novo Splatterhouse é revelado. E, novamente, temos um jogo regado pela violência exagerada, resultando em sangue, entranhas e muitos membros espalhados pelos cenários.

A grande questão é: será que o novo Splatterhouse fará jus ao nome que ostenta? Sem dúvidas, temos um jogo com uma proposta boa e bem brutal. Os fãs da franquia certamente vão se identificar com vários atributos deste reboot. Entretanto, por falta de capricho e de recursos da desenvolvedora, Splatterhouse não consegue gerar uma fórmula completamente afiada e satisfatória.

O resultado é um jogo que esbanja violência, mas não consegue esconder seus problemas técnicos ou deixar de ser repetitivo. Uma boa tentativa, mas que, infelizmente, não consegue se sobressair como um título fresco para a nova geração, sustentando-se apenas pela nostalgia evocada em certos jogadores ou pelo excesso de brutalidade banal.

Splatterhouse era um título esperado por muitos jogadores, principalmente pelos fãs da clássica franquia. Contudo, o resultado final ficou bem abaixo das expectativas. Mesmo com muita brutalidade e um esquema de pancadaria bacana, o jogo falha em conceber uma experiência fluída, principalmente por problemas técnicos e tentativas falhas em retratar a nostalgia do clássico.

O game pode até ser uma boa pedida pra quem busca bastante destruição desmiolada, mas não oferece muito mais que isso. A violência domina Splatterhouse, mas este definitivamente não é um jogo que domina o jogador.

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