Imagem de Tales of Xillia
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Tales of Xillia

Nota do Voxel
90

A atualização que os JRPGs precisavam

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Há tempos procuro um JRPG que realmente me prenda na frente do console por longas e longas horas. O gênero, que já foi um dos carros-chefes da indústria, já não é mais o mesmo e até  seu ícone máximo, Final Fantasy, sofre com uma crise de identidade enquanto tenta se adaptar a uma realidade em que os jogos japoneses estão cada vez mais perdendo espaço para os lançamentos ocidentais.

E é por isso que Tales of Xillia foi uma das maiores surpresas deste ano. Apesar de ele ser parte de uma franquia bastante tradicional, sua chegada ao PlayStation 3 representa uma renovação em vários sentidos. Ele é, ao mesmo tempo, o resgate de um estilo de jogo tão tradicional e também uma tentativa bem-sucedida de atualizar algumas mecânicas.

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Talvez seja exatamente esse o grande segredo do game. Ele não é ambicioso a ponto de tentar abraçar o mundo e prometer reinventar o gênero, mas traz novidades significativas em termos de jogabilidade que renovam várias mecânicas clássicas, tornando tudo bem ágil, dinâmico e interativo.

Enquanto outras franquias tentam se inovar recriando suas fórmulas e alterando conceitos fundamentais, com Tales of Xillia, a Namco Bandai optou por se manter fiel àquilo que já existe e procurou formas de melhorar apenas aquilo que era necessário. E o resultado não poderia ser mais satisfatório.

Mesmo sendo um jogo já lançado há algum tempo no Japão, a chegada de Tales of Xillia ao Ocidente faz dele um dos melhores JRPGs de 2013. Como falei no início da análise, o game pega todos os acertos do gênero e traz melhorias naquilo que precisava ser refinado e atualizado. No entanto, ele ainda se mantém fiel ao seu estilo e consegue passar ileso à crise de identidade que outras franquias enfrentaram.

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No final das contas, a Namco Bandai nos presenteia com uma excelente aventura construída a partir de mecânicas interessantes e que incentivam o jogador a progredir e melhorar constantemente seu personagem. São mudanças sutis, mas que fazem muita diferença na jogabilidade e mostram como é possível renovar uma fórmula que ainda tenta se atualizar.

Apesar de alguns dos clichês serem bem incômodos — o comportamento exagerado dos personagens e a própria falta de ritmo do enredo —, isso não apaga o brilho do título. Com uma história repleta de misticismo e reviravoltas digna dos clássicos do gênero, Tales of Xillia nos mostra que os JRPGs ainda conseguem nos surpreender mesmo sem grandes revoluções. O gênero nunca precisou ser reinventado, apenas atualizado.

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