Imagem de The Sims 2: Pets
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The Sims 2: Pets

Nota do Voxel
85

A versão portátil mais fiel de The Sims até o momento e permite que você leve seus animais para qualquer lugar.

Eletronic Arts traz uma nova versão de The Sims 2 para o PSP. Ao contrário do primeiro jogo no portátil - que trazia uma jogabilidade baseada em mini-games - em Pets encontramos modos mais similares ao que estamos acostumados a ver nos PCs.

O lançamento simultâneo de títulos de franchises famosas em vários consoles sempre foi problemático; devido às diferenças técnicas entre as plataformas, o que normalmente acontece é que uma ou duas versões ficam boas, enquanto as outras sofrem com os ports apressados (Alguém lembra de FIFA no Gameboy Advance?). The Sims 2: Pets sai para todas as plataformas atuais e, como de costume, devemos esperar que as versões portáteis sejam as mais prejudicadas. O PSP, particularmente, sofre com a falta de botões disponíveis, embora consiga compensar na capacidade gráfica, similar à do PS2 para este estilo de jogo.

A versão para o portátil da Sony surpreende, por trazer algo mais parecido com a versão para os PCs. Muitos fãs ficaram decepcionados com a mudança do estilo de jogo em The Sims 2, lançado no fim de 2005 no PSP; o jogo guardava poucas semelhanças com o original, consistindo basicamente em uma série de mini-games e pequenos objetivos a cumprir. Foi uma inovação interessante (e até bem recebida), mas não aplacou a vontade de ver um jogo da série em versão de bolso.

Em Pets, finalmente temos um jogo completo, simulando o máximo possível da experiência dos computadores. Os animais são um show à parte, e você pode controlá-los como se fossem Sims. Não é tão profundo como no PC, mas o nível de detalhamento se refere também à personalidade dos animais. Seu gato pode ser "esperto" ou “burro”, por exemplo, o que interfere no aprendizado de novos truques. Os animais têm comportamentos e desejos próprios, sendo de fato um membro da família. Quanto aos Sims, estes possuem o nível de profundidade dos PCs, com todas as necessidades, aspirações e objetivos que moldaram a experiência de jogo tão conhecida pelos seus fãs.

Sem mouse, sem teclado

Um dos maiores problemas em jogar The Sims em consoles é a falta de liberdade na movimentação. Usar os direcionais para movimentar o Sim parece pouco natural para os jogadores acostumados às versões PC. Em Pets isso foi resolvido de forma engenhosa, com dois modos diferentes de controle alternados através da tecla select. Em um dos modos o jogador controla diretamente o Sim, como se fosse um personagem de RPG, indo até outros Sims ou objetos e interagindo com eles através dos familiares menus.
O outro modo de controle é “de fora”, apenas observando o seu Sim e movimentando o cursor livremente pelo cenário, a fim de escolher diretamente as pessoas e objetos com os quais o seu Sim deve interagir, o que facilita a atribuição de ordens. A transição entre os dois modos é muito suave, e melhora bastante a experiência de jogo. O controle sobre a vida do Sim é bem mais dinâmico e permite que, assim como nos PCs, você controle vários Sims (e animais) ao mesmo tempo. Algumas dificuldades de controle persistem: é complicado fazer com que o Sim pare imediatamente o que está fazendo para iniciar outra tarefa mais urgente, como pegar a carona pro trabalho. Normalmente isto exige mudar para o modo de controle direto, “forçando” o Sim a largar da tarefa e levando-o até o carro. Não acontece com freqüência, desde que você esteja atento aos horários e não inicie tarefas que não possam ser facilmente interrompidas.
O problema se agrava um pouco na interação com outros Sims, principalmente os que estão morando com você. Caso eles estejam envolvidos em outras tarefas, você terá que assumir o controle do primeiro, fazer com que ele pare o que está fazendo, assumir o controle do segundo, interromper o que ele está fazendo, e finalmente atribuir a ordem de interação entre os dois. Os animais, em particular, parecem sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção, se envolvendo facilmente com outras tarefas que não sejam obedecer ao seu dono (pelo menos o jogo é bem realista). É chato, mas parece um preço pequeno a pagar pelas limitações do PSP.

Fidelidade visual

Felizmente as limitações de controle não atingem os gráficos. Graças ao poder do portátil, Pets faz com que o jogador regular de The Sims sinta-se em casa. Não existem adaptações ou “liberdades criativas” na versão PSP; os cenários, menus e personagens estão graficamente alinhados com as versões PC, trazendo exatamente o que se espera da série. Existe um número considerável de opções para criação do seu Sim, mas estas são pré-definidas e não contam com a engine para criar qualquer tipo de rosto, como no PC. Os modelos dos animais também são detalhados, sendo possível diferenciar entre raças, por exemplo. Em um jogo que procura atingir os jogadores que gostam de mascotes, é importante que os modelos dos animais não pareçam apenas variação sobre o mesmo tema.

Uma deficiência importante na versão portátil é o fato de você não poder modificar a sua casa. Não é possível criar cômodos, ou um segundo andar no seu cubículo inicial, sendo que se você deseja uma casa maior, precisará salvar a família e se mudar para uma outra residência disponível. Felizmente, foi mantida a capacidade de personalização do ambiente, podendo-se trocar até mesmo o piso e as paredes. Existem muitas opções de personalização, aparentemente para compensar a falta de opção na modificação da estrutura da casa.

Som

A trilha e efeitos sonoros também vêm diretamente das versões PCs, contribuindo anda mais para a naturalidade da recepção da versão portátil. É tudo muito simples, mas combina surpreendentemente bem com a jogabilidade “casa de bonecas” peculiar a The Sims. Os aparelhos de som no jogo tocam trilhas mais contemporâneas, como Pussycat Dolls.

Existe espaço para pequenos aperfeiçoamentos, mas The Sims 2: Pets mostra que é possível ter uma experiência completa da franchise no PSP. O jogo traz boa parte da profundidade, personalização e jogabilidade viciante que se consagraram em versões anteriores no PC, abrindo as portas para novas versões no portátil.
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