O final da história se aproxima e o clima de desespero só aumenta
Talvez a maior razão pelo fascínio despertado por histórias apocalípticas como a de The Walking Dead seja a curiosidade a respeito do comportamento humano frente a situações extremas. E se há algo que a série ensina é que a humanidade é capaz de surpreender muito.
Após finalmente chegar à cidade costeira de Savannah, o grupo de Lee Everett descobre em Around Every Corner que a cidade onde poderia se concretizar o seu grande plano de fuga apresenta muito mais obstáculos do que se poderia imaginar.
O desespero e a aflição do episódio ainda são reforçados pelo roteiro de Gary Whitta – mais conhecido pelo seu trabalho no filme “O Livro de Eli”. A habilidade de Whitta, juntamente com o universo criado por Robert Kirkman, torna o quarto episódio de The Walking Dead uma grande experiência baseada no questionamento do comportamento humano. Até que ponto ações extremas são justificáveis pela lei da sobrevivência?
Se você está lendo a análise deste quarto episódio, já está situado nos acontecimento de Long Road Ahead, o capítulo anterior da aventura. Se não, esteja avisado da presença de spoilers à frente.
Around Every Corner apresenta entre três e quatro horas de duração, nas quais o grupo de Lee Everett parece não conhecer a sensação de segurança em quase nenhum momento, ao mesmo tempo em que a ação intensa das cenas parece crescer exponencialmente.
Enquanto o jogador pode se preocupar com questões levantadas no episódio anterior (como a pessoa misteriosa com quem Clementine estava conversando pelo walkie-talkie), a corrida pela sobrevivência é frenética e não para.
Simultaneamente, o ritmo acelerado e o clima de desespero culminam em um desfecho inesperado feito sob encomenda pelos produtores para aumentar ainda mais a ansiedade daqueles que esperam pelo capítulo que irá servir de desfecho para a história de Lee Everett e Clementine.
Desse modo, Around Every Corner mostra que a Telltale Games acertou em cheio em sua adaptação do universo criado por Robert Kirkman para os video games com a criação de um clímax absoluto e emocionante. Se você ainda não começou a se aventurar em The Walking Dead, saiba que não há razões para se decepcionar.
Nota do Voxel