Imagem de Time Crisis Razing Storm
Imagem de Time Crisis Razing Storm

Time Crisis Razing Storm

Nota do Voxel
55

Uma péssima porta de entrada para o Move

Time Crisis: Razing Storm deveria ser a prova de que o PlayStation Move pode ser algo além de um WiiMote com esteroides. Deveria mostrar que sim, é possível se chacoalhar em frente a uma câmera/sensor e ser hardcore ao mesmo tempo. Na bagagem, alguns mimos para os menos aficionados em mecânicas transcendentes e tutoriais extensos — até aí tudo bem.

Mas... Parece que não foi exatamente esse o resultado conquistado pelo renascimento da clássica franquia da Namco Bandai. Em vias de fato, o que se tem é um jogo supérfluo, de jogabilidade desajeitada e com uma história que não serviria nem para animar a uma caixa de cereal matinal.

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Para quem ainda não sabe exatamente do que se trata: Time Crisis: Razing Storm é um pacote que traz, além do título homônimo, outros dois shooters on-rails que certamente marcaram a infância de muita gente. Trata-se de Time Crisis 4 e Deadstorm Pirates. Em teoria, esse conjunto traria novos ares para uma franquia já notadamente desgastada pelos anos, além de uma rápida e oportuna viagem no tempo.

O problema é que quase nada aqui funciona como deveria e, ao final de algumas poucas horas de jogo, você vai invariavelmente se perguntar: “Será que isso valeu o meu dinheiro?”. A resposta óbvia seria: provavelmente não.

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E isso ocorre por motivos bastante simples. Enquanto Deadstorm Pirates e Time Crisis 4 jamais justificariam um título vendido em mídia física (e com preço de mídia física), o motivo principal da compra, Time Crisis: Razing Storm, é cheio de mancadas e escolhas mal feitas. Depois de alguns poucos momentos tentando a sorte no modo história do game, é impossível que você não comece a praguejar contra o jogo, contra o Move, contra a Namco Bandai — dependendo do seu grau de tolerância, até mesmo contra o sujeito que vendeu o jogo.

Img_normalTime Crisis sempre foi uma franquia irremediavelmente associada ao puro estilo arcade, o que, naturalmente, não representa nenhum problema — gastar algumas fichas no fliperama para distribuir tiros sem pensar muito com certeza tem sua graça. O problema é que, na tentativa de tentar ir além da sua herança arcade, Razing Storm acaba falhando terrivelmente.

Sim, a porção puramente “fliperamas” do pacote ainda tem sua graça, e você pode facilmente conseguir alguns momentos de diversão entre amigos jogando qualquer dos três títulos do pacote em suas versões on-rails. Mas, é claro, isso só bastaria para o caso de um título de preço simbólico que fosse distribuído através da PSN... Não para um jogo completo em mídia física.

O problema é que o jogo principal (Time Crisis: Razing Storm), em seu modo principal (modo história), simplesmente não justifica o pacote — e muito menos a utilização indevida de uma marca consagrada como Time Crisis.

No mais, ainda acaba sendo um tiro no pé do Move, trazendo uma porta de entrada das mais insossas — o que é uma pena, já que o periférico traz uma precisão bastante razoável. Enfim: guarde o seu dinheiro e espere por algo com mais substância antes de fazer o seu julgamento sobre o periférico da Sony.

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