Imagem de Tony Hawk's Project 8
Imagem de Tony Hawk's Project 8

Tony Hawk's Project 8

Nota do Voxel
82

O grande vôo de Tony Hawk à nova geração de consoles mostra resultado bastante positivo.

Tony Hawk's Project 8, como o próprio nome sugere, é o oitavo game da franquia do skatista profissional Tony Hawk, série de jogos de skate que fizeram história ao implementar comandos específicos para as diferentes manobras possíveis no esporte. Por conta disso, o primeiro game da série, Tony Hawk's Pro Skater, lançado em 1999, foi um grande sucesso, sendo, inclusive, responsável por um considerável crescimento do esporte.

A segunda versão da franquia foi lançada logo em seguida, em 2000, trazendo um leque maior de manobras possíveis, além da possibilidade da personalização de personagem e pistas. Contudo, foi em 2001 que ocorreu o grande passo da franquia, com o lançamento de Tony Hawk's Pro Skater 3. O game apresentava uma variedade ainda maior de manobras, com jogabilidade e gráficos impecáveis para a época, em grande parte por conta da capacidade do novo console no qual a franquia passou a funcionar, o PS2.

A série atravessa agora mais uma geração de consoles, com THP8, marcando um importante passo em sua história — assim como Tony Hawk's Pro Skater 3 fez há algum tempo. Trazendo inúmeras novidades, incluindo novas físicas e modos de jogo, a nova versão da franquia é inovadora até para os mais fiéis seguidores da série.

Os 8 melhores

Desta vez Tony Hawk está na cidade do protagonista do jogo (seu nome e características quem decide é o jogador, como de costume) à procura dos 8 melhores skatistas para formar uma equipe. O jogador, então, deve realizar diversos desafios para aumentar sua colocação no placar dos melhores skatistas da cidade. O enredo é simples e não muito envolvente, mas isso não é necessariamente um ponto negativo, pois o jogo, como sempre, tem seu foco mais voltado à ação propriamente dita.

Assim como nas últimas 3 versões da franquia, em THP8 o jogador deve personalizar seu próprio personagem antes de começar o modo story, escolhendo um dos estilos já disponíveis e personalizando-o. Apesar da novidade, o armário de Tony Hawk Project 8 é bem mais limitado que dos anteriores da série, contendo uma boa variedade de tênis apenas.

Além do seu próprio skatista, no modo free play o jogador pode escolher entre os profissionais Tony Hawk, Nyjah Huston, Ryan Sheckler, Mike Vallely, Bam Magera, Bob Burnquist, Stevie Willians, Paul Rodriguez, Dustin Dollin, Lyn-z Adams Hawkins, Daweong Song e Rodney Mullen.

Realismo

Desta vez os produtores do game se preocuparam muito mais com o realismo das manobras, que foram obtidas em seções de captura de movimento através de dispositivos instalados em uma roupa especial. Os skatistas profissionais, portanto, tiveram que de fato realizar as manobras do jogo, aumentando consideravelmente seu realismo e mantendo as características específicas da movimentação de cada atleta. Há novas manobras desta vez, porém alguns recursos anteriores faltam, como a possibilidade de acertar outros personagens usando o skate.

Uma das maiores novidades do game é o modo nail the trick, no qual se tem controle dos pés do skatista em uma manobra aérea. O recurso faz com que o skate gire da forma que o jogador bem entender através de combinações de movimentos dos pés do personagem — controlados pelos 2 analógicos — em uma cena em slow motion. Diversas acrobacias podem ser realizadas, sendo possível manobrar o skate inclusive enquanto o mesmo se encontra de ponta cabeça. A dificuldade deste recurso, porém, se encontra na finalização da manobra; o jogador deve ficar muito atento à posição que o skate se encontra antes de tentar voltar a ele.

Quebrando ossos

Um novo atrativo do game são as quedas, que, utilizando as físicas ragdoll, são bastante exageradas e dramáticas, mas ainda assim divertidas. Ao se cair do skate, um número indicando a conta de hospital e a quantidade de ossos quebrados é mostrada. Há missões em que ambos são critério, devendo o jogador se acostumar com longos e dolorosos tombos. Durante eles, há um comando que faz o personagem se movimentar, cooperando com a queda e prolongando-a. Há também um comando que pode ser acionado pelo jogador ao sofrer uma caída que o coloca de pé imediatamente, adicionando dinamismo ao game.

Liberdade

Assim como em Tony Hawk's American Wasteland, em THP8 é possível que o jogador circule por todas as fases do game sem nem mesmo precisar sair do seu skate. Porém, desta vez o trabalho foi muito melhor feito, possibilitando que o jogador execute um só combo passando por todos os lugares do jogo sem sofrer nem mesmo por um só loading.

Em Tony Hawk's Project 8 não há mais a opção de escolher os níveis de dificuldade antes do início do game, sendo eles agora determinados pelo desempenho do jogador em cada missão. Por exemplo, em uma missão que consiste em realizar um grind longo, há uma distância que completa a missão no modo amador, outra no modo profissional e outra no modo sick. Muitos elementos das versões anteriores da série foram retirados do jogo e incorporados no modo story, como o modo classic, que desta vez aparece em forma de missão, ou o modo create a park.

Os NPCs interagem de forma bastante interessante com o jogador em THP8. Um exemplo disso é a forma que eles reagem ao serem atropelados pelo protagonista, perseguindo-o e revidando o golpe ao alcançá-lo. Ao realizar manobras em frente aos pedestres, o jogador é premiado com um determinado número de stokens, moeda local que pode ser usada na compra de gráficos para o skate e manobras especiais.

O atrito das rodas no asfalto

Tony Hawk's Project 8 é visualmente bastante interessante, contendo texturas bonitas, personagens bem modelados e efeitos de iluminação que sem dúvidas fazem que o jogo seja muito mais realista que seus antecessores do PS2. Porém, tudo isso parece ter um preço: a taxa de quadros por segundo não raramente fica bem baixa, atrapalhando bastante na realização das manobras.

Os efeitos sonoros, por sua vez, não deixam nada a desejar, e, apesar de não representarem uma enorme inovação ou algo além do normal, cumprem bem a tarefa que lhes foi conferida: levar ao jogador a sensação das rodas rolando no asfalto. É claro que a trilha sonora ajuda bastante neste aspecto, levando à frente a tradição da série de possuir um bom e variado acervo de músicas. Desta vez artistas como Slayer, Joy Division, Bad Religion, Ramones, Transplants, Toots and the Mayhals e Wolfmother estão entre os 56 artistas que fazem parte da trilha.

Disputa acirrada

Em relação à versão lançada para Xbox 360, THP8 deixa pouco a desejar. Os gráficos são bastante semelhantes, com excessão da taxa de quadros por segundo. Ambas são instáveis, porém, na versão para PS3 o problema é muito mais grave e atrapalha mais na jogabilidade; às vezes o jogo trava a ponto da tarefa de se completar uma manobra ficar muito mais difícil.

Outro grande problema do PS3 é a falta de modo online, um grande atrativo na versão do Xbox 360. É decepcionante não poder jogar online, tendo em vista que até nas versões anteriores da franquia lançadas para PS2 o recurso existia e era, inclusive, promissor. A impressão que fica é de que houve grande retrocesso.

Contudo, mesmo apesar da falta de alguns movimentos e opções dos títulos precedentes faltarem, as adições como o “nail the trick”, o modo de visualização das manobras em motion capture e o vasto cenário, que pode ser acessado da ponta a ponta sem loadings, por exemplo, fazem este título valer a pena. Além de tudo, a melhoria nos gráficos e físicas dão à série uma cara nova e fazem com que até os maiores fãs tenham uma experiência nova.

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