Netflix negocia aquisição do Teatro Egípcio em Hollywood

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A Netflix vem tentando diminuir um pouco a distância dos serviços de streaming com as tradicionais salas de cinema nos últimos anos. Além de enfraquecer a resistência aos novos formatos de distribuição e produção de conteúdo, essa pode ser uma boa forma de se aproximar da própria comunidade de criadores — vale lembrar que Steven Spielberg e o Festival de Cannes são contrários à inclusão dessas atrações em mostras competitivas.

Um dos passos nesse sentido pode ser a aquisição do famoso Teatro Egípcio, pertencente à organização cultural independente e sem fins lucrativos Cinemateca Americana. Assim como toda entidade semelhante, ela sofre para manter a sala de exibição e a injeção de verba da Netflix poderia revitalizar o espaço, que fica na Hollywood Boulevard, em Los Angeles.

https://img1.ibxk.com.br/2019/04/09/cinema-netflix-09161709102248.jpg?w=700" alt="cinema netflix" style="height: auto; vertical-align: middle;Fonte: Oregon Encyclopedia

Construído por Sid Grauman no início da década de 1920, o anfiteatro com tema faraó sediou a estreia do filme mudo “Robin Hood”, o primeiro longa de Hollywood, em 1922. Fundada em 1981, a Cinemateca Americana realizou a última reforma na fachada do Teatro Egípcio em 1998, com o custo de US$ 12,8 milhões.

Quer dizer então que a Netflix vai entrar no mercado das salas de exibição?

Não é bem assim. Nos corredores da indústria, essa manobra estaria muito mais atrelada à “política de boa vizinhança” que o serviço de streaming vem alimentando do que exatamente uma estratégia competitiva para dominar o mercado.

Vale destacar que esse acordo vem sendo costurado justamente em um momento em que a Netflix se associa à Motion Picture Association of America (MPAA) e com seu filme de maior sucesso até hoje, “Roma”, vencendo três Oscars, incluindo o de “Melhor Diretor” para Alfonso Cuarón. A aquisição estaria muito mais atrelada ao bom relacionamento com a comunidade de cinéfilos de Hollywood, ajudando a preservar uma longa tradição.

Com relação à programação, a Netflix seria responsável pelos dias de semana, enquanto a Cinemateca faria exibições, palestras e festivais ocasionais às sextas, sábados e domingos, de maneira autônoma. Há a possibilidade de expansão com a chegada de mais recursos financeiros e a plataforma de streaming pode também realizar eventos para lançamentos especiais.

https://img2.ibxk.com.br/2019/04/09/netflix-cinema-09161807695249.jpg?w=700" alt="netflix cinema" style="height: auto; vertical-align: middle;Fonte: Cinemateca Americana

Caso seja fechada a compra, isso não deve ter impacto com o relacionamento que a Netflix já possui com redes independentes, a exemplo das salas Landmark e Ipic. O negócio ainda não foi fechado e deve consumir algumas dezenas de milhões de dólares — além disso, há questões envolvendo aluguel e permissões do imóvel.

A matéria "Netflix negocia aquisição da famosa sala com tema faraó em Hollywood" foi escrita por Claudio Yuge para o TecMundo, um site da empresa NZN assim como o Minha Série.

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