Pinguins podem ajudar a prever efeitos das mudanças climáticas

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Uma equipe internacional de cientistas encontrou parceiros pra lá de inusitados para ajudá-los a monitorar como as mudanças climáticas vêm afetando o Oceano Antártico e as populações de animais que habitam seus ecossistemas: pinguins! Na realidade, os pesquisadores não recrutaram nenhuma ave, nem instalaram dispositivos ou sensores nas criaturas. Eles coletaram DNA dos bichinhos para descobrir se a distribuição desses animais poderia revelar mais dados sobre os impactos causados pelas variações no clima.

Monitores ambientais

Liderados por uma pesquisadora da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, os cientistas coletaram amostras de DNA de 11 das 17 a 19 espécies de pinguins que existem no mundo. E, ao analisar o material, o time descobriu que as populações tendem a se tornar repentinamente maiores quando ocorrem elevações nas temperaturas e aumento do derretimento do gelo, especialmente nas regiões banhadas pelo Oceano Antártico.

O que ocorre é que, com a maior exposição de solo por conta do desaparecimento do gelo, os pinguins se “mudam” para essas áreas e as populações passam por rápidas expansões. Segundo levantamentos conduzidos pelos pesquisadores, regiões situadas mais ao sul da Antártida se tornaram palco desse fenômeno logo após a última Era do Gelo, que aconteceu há mais ou menos 20 mil anos, dando origem a novos habitats.

(Fonte: Phys Org / Silvia Olmastroni / Reprodução)

Já em regiões temperadas, como é o caso da porção sul da Nova Zelândia, os estudos genéticos revelaram que as colônias se mantiveram relativamente estáveis depois do fim da última glaciação. Aliás, de acordo com o site Phys Org, os cientistas também identificaram variações com relação à distribuição e quantidade de indivíduos relacionadas com o aquecimento global que a Terra está enfrentando agora.

Na Nova Zelândia, por exemplo, os pinguins-de-olho-amarelo  Megadyptes antipodes estão desaparecendo devido ao aumento de temperatura das correntes oceânicas, enquanto que as populações de pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri) e de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) estão decaindo nas porções mais ao norte na Antártida em decorrência da diminuição dos campos de gelo que se formam pelo congelamento da água do mar.

O triste é que os pesquisadores acreditam que, conforme as temperaturas globais continuem subindo, se tornará cada vez mais comum ver alterações na distribuição e tamanho das colônias de animais  e monitorar como essas mudanças ocorreram no passado e estão acontecendo agora pode ajudar os cientistas a prever o que pode suceder no futuro e traçar planos para mitigar danos.

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