Começou com o pé esquerdo, Microsoft? Quantum Break no PC está sofrendo

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Muitos ainda criticam a incompreendida estratégia da Microsoft ao trazer exclusivos de peso do Xbox One ao PC. Nomes como Gears of War 4, Scalebound e Quantum Break, entre outros, chegarão aos computadores, num avanço da integração que a empresa norte-americana quer entre o console e o PC. Será que essa tática é um tiro no pé ou um movimento que visa realmente integrar os usuários do Windows 10 e aqueles que não saem de um console? O que sabemos é que, bem, o início parece não ter sido dos melhores, porque Quantum Break está sofrendo no PC.

Já são várias as críticas sobre as falhas do título da Remedy no computador: imagens com blurs (“borrões”, em linguagem curta e grossa), desempenho do jogo em andamento, isto é, taxa de quadros por segundo (que chega a bater ínfimos 10 fps) e outras questões. A alegação dos usuários, que fizeram barulho no Reddit a respeito da performance, tem uma mesma constante: o aumento da resolução não traz nada de significativo, uma vez que o jogo mantém a imagem com os incômodos borrões e muitos serrilhados.

Teoricamente, a versão de PC deveria desempenhar um papel muito melhor que a do Xbox One, uma vez que o hardware do computador tem capacidade de ser substancialmente superior. No console, por exemplo, Quantum Break funciona em 720p. No PC, o jogador pode ampliar esse número para 1080p, 1440p e até mesmo 4K, mas... Isso é indiferente.

Os efeitos em blur até fazem parte da estética e do estilo de Quantum Break, mas, em excesso, têm causado incômodo aos jogadores

Outra crítica: preço no PC é o mesmo do jogo no console

Outra crítica que tem pesado negativamente no colo da Microsoft diz respeito ao valor pedido pelo game no computador. Vamos pegar, como base, uma escala Brasil. Por aqui, o jogo foi lançado a R$ 199 no Xbox One, um preço comum para um título de console, considerando as flutuações cambiais e o atual momento do nosso mercado. Na verdade, esse preço, apesar de alto, está mais barato que o dos jogos mais recentes, lançados a R$ 250, em média.

Os títulos para PC são tipicamente mais baratos que os do console, mas isso não aconteceu com Quantum Break

Os títulos para PC, no entanto, são tipicamente mais baratos por aqui – e isso é especialmente importante no Brasil, que se beneficia da Lei da Informática e tem um bom patamar de preços na plataforma. Mas isso não aconteceu com Quantum Break, ainda que a versão para console traga um código para o jogador baixar a de PC. A Microsoft lançou o jogo com o mesmo preço do video game, isto é, R$ 199.

O fantasma do porte mal executado

A falta de otimização do jogo no computador traz de volta aquele fantasma dos portes mal-feitos. Para que se tenha uma ideia, Quantum Break, setado nas definições mais leves, chega a rodar entre 10 e 20 fps, um número ínfimo perto do padrão de 30 fps, que é o básico. Mesmo com equipamentos de primeira linha, os jogadores têm se queixado de pop-in, oscilação na taxa de quadros por segundo e uma qualidade de imagem que jamais consegue ser tão limpa quanto deveria.

A taxa de quadros por segundo oscila muito no PC

O TecMundo jogou brevemente a versão de PC e constatou problemas parecidos. Vale ressaltar que, sim, o título está jogável, mas com um desempenho que fica igual à experiência do Xbox One ou, pasmem, inferior – quando, na verdade, deveria ser melhor.

A Microsoft tem a árdua tarefa de correr contra o relógio agora, pois Quantum Break representa o pontapé inicial dessa nova empreitada da empresa em integrar o PC e o Xbox One, lançando jogos para as duas plataformas. Ela ainda precisa provar sua serventia nos computadores – e agora, para convencer, a coisa está mais difícil. Aguardemos.

Independentemente desses fatores técnicos, o game preserva sua qualidade na narrativa e na experiência do gameplay em câmera lenta que é marca registrada da Remedy. Nós gostamos do jogo e demos 90 para ele. Confira a videoanálise abaixo e a análise escrita completa clicando aqui.

Será que a Microsoft vai conseguir transportar seus jogos pro PC com competência? Opine no Fórum do TecMundo.

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Fontes

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