Excelência: Elon Musk diz que funcionários da Tesla devem ser ‘hardcore’

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Além de ter que lidar com as decisões de Donald Trump, acusações de assédio dentro de sua principal empresa e planejar com cuidado como pretende fazer a colonização de Marte, Elon Musk também precisa se preocupar com elementos mais usuais do mundo dos negócios: seus concorrentes. Um comunicado interno da Tesla, vazado na última quinta-feira (1º) e assinado pelo próprio executivo, mostra que o sul-africano tem o sangue bem quente na hora de reagir a ameaças externas. O pedido dele a seus funcionários? Sejam hardcore.

Segundo a cópia da mensagem obtida pelo pessoal do Electrek, a ideia básica do memorando era reforçar nos colaboradores da montadora que a empresa precisa continuar mantendo a mentalidade de startup mesmo com o seu crescimento exponencial nos últimos anos. Na prática, isso quer dizer que os trabalhadores têm que manter um ritmo frenético – similar ao do próprio CEO – para bater de frente com a competição cada vez mais acirrada no mercado de carros elétricos e no semento de tecnologia automotiva.

Você conseguiria manter o mesmo pique de um gênio da indústria?

Estamos lutando por uma boa causa contra gigantes

“A Tesla tem que ser hardcore e exigente. Não apenas para ser assim, mas sim porque estamos lutando por uma boa causa contra competidores gigantes e teimosos que querem manter o status quo”, explicou Musk no texto, dizendo que já perdeu as contas de quantas companhias dizem querer “matar” a Tesla com seus projetos. “O único meio para uma empresa pequena prevalecer contra as maiores é trabalhando de forma mais rápida, inteligente e dura”, analisou o chefão da marca.

O crescimento...

Não é como se o executivo estivesse exagerando. Com a guinada de sucesso da Tesla – que acabou atraindo os holofotes da imprensa, dos consumidores e da própria indústria –, não demorou para que nomes de peso brigassem pelo mercado da nova geração de automóveis elétricos, capazes de uma autonomia de mais de 320 km por carga. Ford, Volkswagen, Audi, Mercedes e outras fabricantes tradicionais estão nessa lista, enquanto a General Motors já colocou seu próprio brinquedinho do tipo nas concessionárias: o Chevrolet Bolt.

Os concorrentes começam a pressionar a Tesla

A Tesla, por sua vez, ainda precisa suar a camisa para entregar o Model 3: um automóvel repleto de tecnologia, que custa a partir de US$ 35 mil (R$ 113,7 mil) e pode rodar 346 km antes de voltar para a tomada. Anunciado em março de 2016, o carro será o primeiro elétrico fabricado em massa pela companhia e terá que atender cerca de 500 mil reservas feitas no período de pré-venda.

Mudanças drásticas em apenas quatro anos

A importância do projeto para o futuro da empresa é tão grande que Musk acabou tendo que modificar a estrutura de suas fábricas – incluindo a Gigafactory – e ampliar consideravelmente seu quadro de funcionários para garantir que a agenda seja cumprida e que os primeiros exemplares do veículo sejam despachados até o final deste ano. A força de trabalho interna, por exemplo, passou de 4,5 mil trabalhadores para cerca de 30 mil nos dias de hoje – uma mudança significativa e feita em apenas quatro anos.

Tudo pelo Model 3!

... E suas dores

O resultado disso tudo e também da busca incessante pelo desempenho e comprometimento máximo de cada indivíduo é que começaram a surgir notícias a respeito de piora nas condições de trabalho e aumento no número de acidentes na linha de produção. Em entrevista ao Business Insider, um porta-voz da empresa disse que os rumores sobre isso são exagerados e que alguns beiram a mentira.

A nota de corte na Tesla é a excelência

“Tivemos alguns desafios no passado quando estávamos aprendendo a ser uma companhia de carros, [...] mas agora temos de longe uma das taxas mais baixas de acidente da indústria. Nosso objetivo é chegar o mais próximo possível de zero acidentes e nos tornarmos a fabricante mais segura do setor automotivo”, explicou o representante da Tesla. A pressão colocada nos funcionários, no entanto, pode atrasar um pouco esse cronograma de segurança. Afinal, segundo o comunicado escrito por Musk, “a nota de corte na Tesla é a excelência”.

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