EUA acusam Rússia de disparar arma antissatélites no espaço

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Oficiais dos Estados Unidos e do Reino Unido acusaram a Rússia de disparar uma arma antissatélite no dia 15 de julho. De acordo com o US Space Command, departamento norte-americano responsável por operações militares no espaço, foram encontradas evidências de que o país mais extenso do mundo conduziu um teste não destrutivo pelo Cosmos 2543, satélite lançado em 2019.

Segundo a revista Time, a entidade tem ficado de olho no “irmão gêmeo” do equipamento desde então, o Cosmos 2542, principalmente depois de ele ter passado próximo a um satélite de reconhecimento militar norte-americano, levantando questionamentos quanto ao objetivo real do dispositivo.

Cosmos 2542 estaria acompanhando equipamento norte-americano.Cosmos 2542 estaria acompanhando equipamento norte-americano.Fonte:  Reprodução 

O ministro da defesa russo se pronunciou, dizendo que o procedimento se tratou de uma análise corriqueira, o que é rebatido pelos EUA – corroborados pelo astrônomo Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, que alertou quanto ao disparo de um projétil que teria atingido cerca de 643 quilômetros por hora.

Guerra espacial?

Em fevereiro de 2017, a Rússia já havia utilizado um satélite para lançar um projétil no espaço. Mesmo que não haja evidência de que algo tenha sido efetivamente destruído desta vez, o chefe do US Space Command John W. Raymond condenou a atividade: “Essa é mais uma evidência dos esforços contínuos da Rússia para desenvolver e testar sistemas espaciais, consistente com a doutrina militar publicada pelo Kremlin para empregar armas que mantêm ativos espaciais americanos e aliados em risco.”

John W. Raymond, chefe do US Space Command.John W. Raymond, chefe do US Space Command.Fonte:  Reprodução 

Ainda de acordo com Raymond, existe uma coordenação entre os EUA e seus aliados para impedir agressões do tipo e proteger interesses vitais dos envolvidos. Já o vice-marechal da direção espacial do Reino Unido Harvey Smyth sugere cautela, pedindo que a Rússia evite novos testes semelhantes e salientando que operações do tipo ameaçam o uso pacífico do espaço e colocam em risco sistemas utilizados pelo mundo todo.

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