Em geral, episódios pilotos da TV aberta norte-americana são bastante expositivos e carecem de um refinamento narrativo, até porque sua proposta é apresentar o conceito do programa (normalmente os pilotos são testes para os executivos das emissoras) e mostrar o potencial da trama para futuros episódios.
Tendo isso em mente, a series premiere de The Good Doctor representa um bom começo para o drama médico estrelado por Freddie Highmore (o mesmo deBates Motel e A Fantástica Fábrica de Chocolate).
O episódio piloto revela a história do Dr. Shaun Murphy, um jovem cirurgião diagnosticado com autismo e savantismo – o que faz dele uma figura peculiar, com dificuldade de se comunicar e de se relacionar com outras pessoas.
Fonte da imagem: Divulgação/ABC
Shaun está a caminho do Hospital St. Bonaventure, em San Jose (Califórnia), onde concorre por uma vaga na equipe médica. No aeroporto, chegando na cidade, ele se depara com um acidente envolvendo um garoto e apressa para socorrê-lo. Enquanto isso, no hospital, o Dr. Aaron defende Shaun para um resistente conselho, mesmo com o atraso do garoto-prodígio.
Há alguns desenvolvimentos bastante óbvios neste primeiro episódio, com o jovem protagonista mostrando seu potencial e convencendo o conselho a ser contratado. O personagem, aliás, ainda aparece de maneira bruta e crua em suas excentricidades, e esperamos que, ao longo da temporada, o ator Freddie Highmore consiga dar uma maior dimensão ao Dr. Shaun.
As surpresas deste piloto estão na médica Dra. Claire, interpretada por Antonia Thomas, que desafia seus superiores e não tem medo de falar o que pensa; e também no Dr. Aaron, que parece ter mais proximidade com Shaun do que gostaria de admitir ao conselho.
Como um primeiro episódio, a estreia de The Good Doctor pode parecer um tanto quadrada, mas é bem sucedida em apresentar sua proposta e mostrar as possibilidades de continuidade da trama para os próximos capítulos.
