Nova subvariante da ômicron é ainda mais transmissível, diz estudo

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Imagem: BlenderTimer/Pixabay

Às vésperas de completar dois meses de disseminação pelo mundo, a variante ômicron do coronavírus – cuja cepa original é identificada como BA.1 – provou sua alta taxa de transmissão ao se tornar a causadora de praticamente todas as infecções de covid-19 existentes, número estimado em 74,6 milhões de pacientes pelo site Worldometer. Agora, uma subvariante, desdenhada à época pelos cientistas – a BA.2 – começa a aparecer nos "radares" do vírus.

Com cerca de 40 mutações diferentes da linhagem original da ômicron, a até então "acanhada" BA.2 fez sua aparição de maior destaque no dia 25 de janeiro, quando o banco de dados público de rastreamento de vírus GISAID registrou que a nova subvariante foi responsável por 98,8% de todos os casos sequenciados e submetidos naquela data. Além disso, diversos países têm relatado o crescimento do novo subtipo, segundo a OMS.

Um dos cientistas que apostou que "nunca mais teremos notícias de BA.2'”, o epidemiologista Mark Zeller, do Scripps Research Institute nos EUA, foi obrigado a refazer suas projeções, e afirmar à revista Science: "Tenho certeza de que a BA.2 estará em todo o mundo, que vai fazer uma varredura e será a variante dominante em breve na maioria dos países, se não em todos”.

Fonte: OMS/Divulgação.Fonte: OMS/Divulgação.Fonte:  OMS 

O que significa a explosão da subvariante BA.2 no mundo?

Enquanto, nos EUA, Zeller e outros cientistas tentam compreender por que só agora a BA.2 começou a se espalhar rapidamente pelo mundo, um relatório publicado na semana passada no Reino Unido e um amplo estudo doméstico feito na Dinamarca (ainda não revisado por pares) revelam uma certeza: a nova subvariante é com certeza mais transmissível do que a atual BA.1, embora não se saiba ao certo os motivos da sua superioridade.

Hospedado no domingo (30) na plataforma de preprints medRxiv, o estudo dinamarquês observou que a BA.2 suplantou rapidamente a sua "irmã mais velha" no país, representando, no dia 21 de janeiro, 65% dos novos casos de covid-19 no país. Mas, apesar da preponderância no número de infectados, o novo subtipo não parece estar deixando as pessoas mais doentes do que a BA.1.

Para a epidemiologista Tyra Grove Krauss, uma das autoras, “vemos um declínio contínuo e acentuado no número de pacientes em unidades de terapia intensiva e agora uma diminuição no número de internações hospitalares relacionadas ao SARS-CoV-2”. O governo dinamarquês está apostando que a BA.2 não será capaz de causar grandes impactos na saúde pública, e até programou para a terça (1º) a suspensão de várias medidas restritivas.

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