Fuller House: detalhes do processo contra showrunner Jeff Franklin

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Na época em que o criador de Fuller House, Jeff Franklin, foi removido de seu cargo de showrunner da Netflix e teve seu contrato com a Warner Bros. cancelado, foi relatado que ele tinha sido "verbalmente abusivo" e promovia um ambiente tóxico de trabalho com comentários impróprios na sala de escritores. Quinze meses depois, um novo processo judicial revela acusações específicas contra o produtor de TV.

Em abril deste ano, Franklin entrou com uma ação contra o escritor Bryan Behar, que se tornou showrunner após a saída do veterano. Franklin acusou Behar de liderar uma campanha para derrubá-lo, inventando acusações e distorcendo incidentes. Ele alegou também que Behar foi responsável por vazar as acusações para a imprensa.

Segundo a Variety, Behar se negou a falar com a imprensa sobre o caso e disse que participou das investigações internas por pensar que fosse obrigatório. "Eu não estava envolvido e nunca fui consultado sobre a decisão de renovar ou não o contrato de Jeff Franklin para Fuller House. Eu só descobri sobre a decisão de não renovação após o fato", explicou Behar em sua declaração de 3 páginas do dia 6 de junho.

De acordo com o The Hollywood Reporter, as alegações feitas contra Franklin são anteriores ao movimento #MeToo, anulando seu argumento de que Behar estava sendo oportunista.

Em 2016, a Warner lançou uma investigação que se ocupava em apurar casos em que o tratamento entre os escritores era desigual devido ao gênero. Entre os investigados estava Franklin, lidando com pedidos de folga para comparecer a consultas médicas devido a gravidez. Silisha Platon, vice-presidente de relações trabalhistas da Warner Bros., responsável por liderar a investigação interna, relatou que, depois de concluída a ação, o produtor recebeu aconselhamento verbal quanto à necessidade de ter um comportamento mais adequado no ambiente de trabalho.

Uma segunda investigação foi aberta em novembro de 2017, quando Franklin foi acusado de promover um ambiente tóxico. Os registros informavam que ele se gabava das orgias das quais participava nos fins de semana e insistia que as escritoras levassem biquínis para as visitas na sua mansão.

Alguns funcionários relataram, ainda, que Franklin ficava aborrecido sempre que precisava contratar diretoras mulheres ou pessoas negras. Certa vez, quando se queixava de uma funcionária, alertaram para o fato de que ele poderia ter contratado outra diretora para assumir o cargo, ao passo que ele teria respondido: "Por favor, elas são todas iguais".

A misoginia não acaba por aí. Enquanto se referia a uma funcionária, o showrunner supostamente sugeriu que "ela provavelmente engravidará na próxima temporada". A declaração foi seguida de um desejo de que ele pudesse "fazer com que todas as mulheres da minha equipe fizessem histerectomias", segundo descreveu uma funcionária do set de filmagens.

Após a investigação de 2018, Platon concluiu que Franklin foi responsável por criar um ambiente tóxico para mulheres e negros e recomendou que seu contrato não fosse renovado. Já Behar está tentando rejeitar o caso e pede que Franklin seja obrigado a pagar os honorários de seus advogados.

Este texto foi escrito por Amarilis Virginia Ferreira via nexperts.

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