Estrela de Mulan apoia polícia de Hong Kong e manifestantes pedem boicote ao filme

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A atriz Crystal Liu, que viverá Mulan no live-action da Disney, foi duramente criticada nas redes sociais depois de demonstrar apoio à polícia de Hong Kong. A corporação é acusada de usar força excessiva contra manifestantes e jornalistas em protestos que tomam as ruas há quase 11 semanas.

Na rede social chinesa Weibo, Liu compartilhou uma imagem originalmente publicada pelo jornal estatal People's Daily que diz "Eu apoio a polícia de Hong Kong. Você pode me bater". Depois, ela prosseguiu: "Que vergonha para Hong Kong" e "#IAlsoSupportTheHongKongPolice".

A postagem rendeu mais de 72 mil curtidas e 65 mil compartilhamentos em menos de 24 horas. No entanto, em redes sociais populares fora da China, como Twitter e Instagram, a hashtag #BoycottMulan começou a ganhar popularidade. Os perfis de Liu no Facebook e no Instagram também foram tomados por críticos.

O boicote foi iniciado por usuários do Lihkg, um fórum semelhante ao Reddit que serve como central de informações para os simpatizantes das manifestações. Eles esperam que a campanha seja internacionalmente impulsionada por aqueles que apoiam a "democracia" e a "liberdade".

Alguns usuários do Lihkg expressaram desapontamento com o fato de a Disney ter contratado uma pessoa que apoia a violência e a censura das autoridades. Outros prometeram boicotar os parques do estúdio – Hong Kong conta com um deles e recebe milhares de turistas chineses.

Apesar de ter nascido na China, Liu se mudou para os Estados Unidos quando tinha apenas 10 anos e recebeu a cidadania norte-americana aos 15 anos. Depois de adulta, ela retornou ao seu país natal para impulsionar a sua carreira artística. Mulan é o seu primeiro papel como protagonista em Hollywood.

Saiba mais sobre os protestos em Hong Kong?

https://tm.ibxk.com.br/2019/08/16/16175629247047.jpg" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: justify; color: rgb(81, 88, 105);Manifestantes inundaram o Aeroporto Internacional de Hong Kong. (Foto: Kin Cheung/Associated Press)

A série de protestos em Hong Kong é uma resposta a um projeto de lei que permitiria que residentes acusados de crimes fossem extraditados para a China. Quase 2 milhões de pessoas foram às ruas desde junho por acreditarem que a medida acabaria com a autonomia do território.

A polícia de Hong Kong respondeu aos protestos com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Desde então, os manifestantes mudaram as suas exigências, pedindo uma investigação independente sobre a brutalidade policial e o sufrágio universal para a eleição do chefe do executivo.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas disse na última terça-feira (13) que a força policial de Hong Kong usa "armas menos letais de maneiras proibidas pelas normas e pelos padrões internacionais" e pediu uma apuração dos fatos.

Nos quatro dias anteriores, cerca de 5 mil manifestantes tomaram os terminais do Aeroporto Internacional de Hong Kong para conscientizar os viajantes a respeito da repressão policial. No último dia 9, a chefe do executivo, Carrie Lam, anunciou que o projeto de lei que deu início aos protestos foi abandonado.

Este texto foi escrito por Kamylla Silva via nexperts.

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