Grupos de cinema contestam iniciativa do Napster de transmitir lançamentos

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A indústria cinematográfica faz de tudo para conter a massiva tendência dos streamings e das séries, que estão ocupando o lugar dos filmes na preferência do consumidor há algum tempo. O Napster é um dos “precursores” em softwares de download, e o seu cofundador, Sean Parker, para quem não sabe, anunciou uma iniciativa diferente: o Screening Room, por meio do qual seria possível conferir lançamentos das telonas sem sair do sofá de casa. Mas os grupos de cinema estão odiando a ideia.

Por outro lado, grandes cineastas da indústria – incluindo Steven Spielberg, J. J. Abrams, Peter Jackson, Ron Howard e Martin Scorsese – apoiam a iniciativa, segundo apurou o TorrentFreak. Mas as empresas responsáveis pelas salas de cinema, como era de se imaginar, não estão nada contentes com isso. A Art House Convergence (AHC), por exemplo, grupo que representa mais de 600 estabelecimentos no mercado, soltou o alarme nesta semana e disse que isso seria um “estouro” a sites de torrents que pirateiam novos filmes.

“O modelo proposto [pela Screening Room] é incongruente com o setor de exibição de filmes ao desvalorizar a experiência no cinema e permitir que exista um aumento da pirataria. Além disso, nós seriamente questionamos o modelo econômico da proposta de receita compartilhada colocada”, questionou o grupo num comunicado.

E como funcionaria esse tal Screening Room?

Basicamente, a logística do Screening Room funcionaria assim: o usuário paga US$ 150 (cerca de R$ 593 na atual cotação do dólar), valor que concederia acesso a um set responsável por transmitir um determinado filme dentro de um período de 48 horas após pagar US$ 50 para especificamente conferir o longa. Ou seja, os US$ 150 iniciais serviriam como "ingresso" para o sistema.

Caro, não é mesmo? É o que parece, mas existe um adendo nessa história: seria possível recuperar os gastos se o usuário tiver muitos amigos dispostos a embarcar na ideia. Se 10 pessoas participarem desse processo para um novo Star Wars, por exemplo, cada um paga US$ 5, e você reavê aquele dinheiro inicial – sai até mais barato do que ir ao cinema.

Será que o Screening Room é capaz de substituir a experiência de ir ao cinema?

Além disso, todo esse procedimento ganharia uma experiência mais social do que ir a uma sessão “calada”. Sem falar que você não precisaria gastar aquela dinheirama em pipoca e refrigerante, que ficaram absurdamente onerados ao longo dos últimos anos.

Mas... E a pirataria?

Esse é o maior problema do Screening Room até agora: como essa iniciativa conseguiria conter a pirataria — que, convenhamos, seria facilitada? Não é preciso refletir muito para constatar que, bem, esse é um trabalho fácil para os hackers de plantão – na verdade, é uma mão na roda para eles.

Afinal de contas, gravar esses filmes e depois fazer o upload do material em sites de torrents são ações realizadas em minutos. A solução defendida pelo Screening Room é esse set inicial de US$ 150, o qual viria com recursos de segurança capazes de prevenir a pirataria. Entretanto, o grupo AHC, entre outros gigantes da indústria, têm certa razão ao questionarem a força desses recursos. E você, o que acha?

Concebido pelo Napster, Screening Room quer transmitir lançamentos do cinema na sua casa! Opine sobre o assunto no Fórum do TecMundo

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