Cérebros e miolos: 18 filmes essenciais sobre zumbis

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Filmes de zumbis existem há mais de 8 décadas e já causaram as mais variadas reações nas pessoas que se dispõem a assistir tais obras. De inovadores se tornaram repetitivos, de críticos se tornaram violentos, o sangue ficou mais real, mas a motivação é sempre a mesma: carne humana, de preferência cérebros e vísceras.

É praticamente um subgênero do cinema que ultrapassou estilos. Os zumbis estão em comédias, dramas, romances e, é claro, em filmes de terror, nos quais é possível entender seu verdadeiro papel narrativo. Criaturas desprovidas de raciocínio (normalmente), motivadas por instinto, os mortos-vivos não são vilões nem heróis, mas obstáculos para se livrar de determinada situação. Na mão de brilhantes diretores, já protagonizaram algumas das mais espetaculares obras do cinema. Conheça 18 filmes fundamentais com zumbis.

Zumbi: A Legião dos Mortos (1932)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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George Romero é considerado o pai dos zumbis no cinema, mas, apesar de toda a sua importância, não foi ele quem iniciou essa caminhada de sucesso. Zumbi: A Legião dos Mortos (às vezes mais conhecido pelo título original, White Zombie) já abordou o tema muitos anos antes. A história mostra um zumbi que foi revivido após um ritual vodu como os praticados por algumas religiões nas ilhas do Caribe. O filme conta com a participação de Béla Lugosi, que em 1931 protagonizou a primeira adaptação oficial do Drácula (outro morto-vivo, de certo modo).

Epidemia de Zumbis (1966)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Os fãs de filmes de terror provavelmente conhecem a Hammer Films, produtora britânica que se especializou em filmes do gênero a partir da década de 1950. Entre as produções, Epidemia de Zumbis foi fundamental para reviver a temática dos mortos-vivos com elementos que influenciaram o cinema por diversas gerações. Ainda utilizando o vodu na história, existe uma praga que elimina parte da população, que depois sai dos caixões para aterrorizar a cidade.

A Noite dos Mortos-Vivos (1968)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Como já foi dito, George Romero foi o pai dos zumbis. O cineasta entendia como poucos o potencial que essas criaturas tinham e criou uma base sólida na qual outros filmes pudessem se basear. Boa parte dos clichês que podem ser vistos nos filmes de zumbis surgiram em A Noite dos Mortos-Vivos, que tem um dos finais mais impactantes e desconfortáveis da história do cinema.

Despertar dos Mortos (1979)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Uma década depois, Romero decidiu retornar aos mortos. Já mais experiente, o diretor deixou evidente toda a discussão que os zumbis podem gerar, com uma crítica muito forte à sociedade de consumo. Fazendo boa parte da história acontecer em um shopping, existem cenas memoráveis tanto com os vivos quanto com os mortos. O filme também tem uma abordagem mais visceral, com muito sangue e pessoas sendo devoradas vivas, com alto teor de violência gráfica.

Pavor na Cidade dos Zumbis (1980)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Um dos principais nomes do terror italiano é Lucio Fulci, que trabalhou com diversos subgêneros e fez alguns filmes importantes com zumbis. Destes, Pavor na Cidade dos Zumbis é um dos mais interessantes. Sem sentido e com violência gratuita de sobra em um primeiro momento, o longa foi a maneira irônica que Fulci encontrou para abordar a temática zumbi. Brincando com os clichês e extrapolando no gore, o título tem uma abordagem que poucas produções com zumbis tiveram.

Dia dos Mortos (1985)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Romero encerra a sua trilogia. A Terra já está dominada pelos zumbis, e um grupo de militares e cientistas que vivem em um bunker está dividido entre tentar domesticar e treinar os mortos-vivos ou simplesmente arrumar uma forma de escapar daquele lugar. Com momentos de muita tensão, é um dos melhores filmes da carreira do diretor.

A Hora dos Mortos-Vivos (1985)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Levemente adaptado de um conto escrito por H. P. Lovecraft, A Hora dos Mortos-Vivos (ou Re-Animator) eleva ainda mais a intensidade do grotesco, explorando ao máximo o que o cinema dos anos 1980 conseguia das histórias de terror. Embora não seja um filme clássico de zumbis, o longa tem efeitos especiais de altíssimo nível e cenas de pura tensão. Os mortos retornam à vida graças à ciência, e não por uma falha dela. É também um dos filmes de zumbis que melhor trabalha o terror com a ficção científica.

Fome Animal (1992)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Antes de dirigir a trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson se especializou em fazer filmes de baixo orçamento, gosto duvidoso e humor peculiar. Fome Animal é um excelente exemplo dessa primeira fase do cineasta e brinca com a temática de zumbis como poucos filmes conseguiram. A infestação começa quando uma mulher é mordida por um macaco-rato-da-sumatra, morre, mas retorna à vida atrás de carne humana. É um filme que sobreviveu ao tempo, seja pela sua bizarrice, seja pela criatividade do diretor em trabalhar com um baixíssimo orçamento.

Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Nos cinemas, Resident Evil é uma franquia unânime; é possível afirmar sem medo que é a pior adaptação bem-sucedida de um jogo de videogame — afinal, 6 filmes em 14 anos é um sinal de sucesso. Mas a qualidade das produções sempre incomodou, principalmente aos fãs dos jogos. Independentemente disso, o primeiro longa tem seus méritos, com algumas boas cenas de terror. Mesmo aquém de todo o potencial, foi uma produção que levou o nome Resident Evil para um novo público e por isso não pode ser ignorado.

Madrugada dos Mortos (2004)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Trazendo de volta à vida a grande obra de Romero (Despertar dos Mortos), Zack Snyder atualiza em diversos sentidos os zumbis no cinema. Não é a primeira vez que vemos mortos-vivos ágeis e velozes, mas o tratamento dado a eles tem uma qualidade estética poucas vezes vista no cinema. Apesar de diminuir as críticas ao consumo, tão fortes na obra de Romero, esse filme tem excelentes cenas de tensão (a abertura é espetacular ao trabalhar terror e drama) com ótimas piadas que não prejudicam a história. Para um diretor estreante, é uma conquista que merece ser citada.

Todo Mundo Quase Morto (2004)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Falando de piadas em filmes de zumbis, Todo Mundo Quase Morto é uma divertida homenagem também aos filmes de Romero. Edgar Wright, um estreante, soube trabalhar todos os elementos do terror, subvertendo o gênero à comédia a partir dos principais clichês de filmes de zumbis. Esse é certamente o melhor exemplo de como os mortos-vivos podem ser utilizados em situações que vão muito além do medo.

A Noiva Cadáver (2005)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Para reforçar o potencial dos zumbis em outros gêneros, A Noiva Cadáver de Tim Burton leva os zumbis para uma belíssima animação em stop motion. Não se trata de um filme sobre um levante dos mortos para devorar os vivos; pelo contrário, os zumbis estão conscientes de sua condição, mas mesmo assim há espaço para alguns debates interessantes. Com um roteiro divertido, é um dos melhores trabalhos do diretor.

[Rec] (2007)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Provavelmente o filme mais próximo da realidade desta lista, [Rec] é um daqueles trabalhos que surgem sem que ninguém esteja esperando, mas surpreendem positivamente. As pessoas não estão exatamente mortas, mas contaminadas por um vírus da raiva, que tem sintomas parecidos com os de um zumbi. Gravado no formato de mockumentary (pseudodocumentário, como A Bruxa de Blair), é um longa de terror excelente, com ótimas cenas de tensão.

Zumbilândia (2009)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Um descendente direto de Todo Mundo Quase Morto, Zumbilândia é mais uma comédia com zumbis que funciona por saber não levar a sério os mortos que caminham. Com um ótimo elenco, o filme consegue transformar os principais clichês das produções de zumbis em piadas, mostrando que ainda há muito para explorar nesse subgênero.

Juan dos Mortos (2012)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Outra comédia, mas diferente; em comum apenas as analogias com os mortos a uma crítica social. Juan dos Mortos é um filme cubano, que se beneficia da vida na ilha para construir sua trama. Como um país fechado, não há referências à cultura pop por lá, o que permite justificar porque todos têm dificuldade em entender o que se passa. Para alguns, os mortos são dissidentes cubanos mandados pelos Estados Unidos; para outros, são as consequências dos remédios distribuídos pelo governo. Entre esses dois grupos está Juan, que, ao perceber o potencial da situação, oferece um serviço (por um preço justo) com o slogan "matamos seus entes queridos".

Guerra Mundial Z (2013)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Protagonizado por Brad Pitt, Guerra Mundial Z foca as perdas causadas pela infecção. Mostrando os riscos aos quais a sociedade estaria exposta em um holocausto zumbi, o filme consegue trazer uma abordagem interessante através de um raciocínio instintivo dos mortos-vivos, o que, de certo modo, enriquece a narrativa. Assim, o maior mérito é provar que há muito mais a ser explorado em filmes de zumbis do que o susto ou o sangue em excesso.

Meu Namorado é um Zumbi (2013)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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Embora os fãs do terror abominem Meu Namorado é um Zumbi, há elementos nele que são dignos de nota, afinal foi capaz de levar ao cinema um público que não é exatamente fã dos mortos-vivos. Diferentemente do que ocorreu com Crepúsculo (franquia à qual esse filme é injustamente associado), há maior profundidade, e a cafonice, tão típica e importante para os romances, é mais bem trabalhada. Se por um lado os zumbis são essencialmente racionais, por outro foi um dos filmes que melhor conseguiu adaptar esse subgênero para a geração Z.

Invasão Zumbi (2016)

(Fonte: IMDb/Reprodução)
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O cinema sul-coreano ainda está sendo descoberto no Ocidente, mas há décadas vem produzindo algumas das obras mais criativas que a Sétima Arte tem a oferecer. Invasão Zumbi é uma excelente demonstração desse potencial. Sem perder tempo explorando as questões sociais dos filmes de zumbi (afinal essa sempre foi a analogia clássica), o filme consegue trabalhar com uma abordagem mais próxima do terror. São sequências incômodas, sempre pontuadas com um humor inconveniente, algo que surge mais como desespero do que como alívio.

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