Whiskey Cavalier é muito mais marketing do que novidade? (primeiras impressões)

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Desde que foi anunciada, Whiskey Cavalier fez barulho. O investimento seria alto, com locações internacionais em várias cidades da Europa. Buscando um elenco seria liderado por conhecidos e queridinhos do público, a ABC até mesmo conseguiu tirar Lauren Cohan de The Walking Dead (ainda que isso possa ser temporário) e recrutou Scott Foley (de Scandal, Grey’s Anatomy e Felicity) para co-protagonizar a nova série ao seu lado.

Também fazia tempo que a ABC não investia tão pesado no marketing de uma estreia. A emissora americana chegou a exibir a pré-estreia de Whiskey Cavalier logo após a cerimônia do Oscar 2019, no dia 24 de fevereiro, apenas três dias antes do lançamento oficial da série.

Mas o que todo mundo quer saber de verdade é: e aí, é tão bom quanto a propaganda? Tendo assistido aos dois primeiros episódios da comédia de ação, vamos tentar responder.

Whiskey Cavalier é mais do mesmo... o que pode agradar muita gente

O episódio piloto nos apresenta os protagonistas – o agente do FBI, Will Chase, e a agente da CIA, Frankie Trowbridge –, mas também ao hacker interpretado por Tyler James Williams (ele mesmo, o Chris de Todo Mundo Odeia o Chris).

A dinâmica entre os três funciona bem enquanto os dois agentes disputam a custódia do criminoso, assim como a comédia e eventuais cenas de perseguição. No entanto, a partir do momento que a equipe é oficialmente formada (agora contando com os parceiros Susan e Jai), todo e qualquer traço de originalidade – que já não estava lá muito presente – é jogado fora.

O segundo episódio já se molda ao seu genérico programa de crime procedural engraçadinho. É quase indistinguível de séries como Hawaii Five-0, MacGyver e NCIS: Los Angeles, mas com a tensão sexual do “claro-que-eles-se-tornarão-um-casal-eventualmente” de Castle e Bones.

Mas isso pode ser tanto uma crítica quanto um elogio! Se você adora as séries citadas acima, provavelmente vai se interessar por Whiskey Cavalier, mas será inevitável o sentimento de “eu já vi isso dezenas de vezes antes”.

Mas se você não está disposto a aumentar sua longa lista de séries atrasadas com algo que (ao menos, até agora) não vai oferecer mais do que uma distração agradável durante 40 minutos, pode ter dificuldade em se apegar à nova produção.

Falando em produção, é justo elogiar as locações europeias e o capricho nas cenas de ação e/ou luta. Scott Foley também surpreendeu ao demonstrar um timing para comédia, ainda que seu personagem tenha só uma tecla: um homem extremamente romântico e devastado por um término, mas que ainda acredita no amor.

Já o resto do talentoso elenco parece subutilizado, com tiradas prontas e personalidades unidimensionais. Frankie é durona, Edgar é o alívio cômico, Susan é a conselheira e Jai é um ‘almofadinha’ que entende de dispositivos eletrônicos.

Novamente, só tivemos dois episódios até então e criticar séries com uma amostragem tão pequena é arriscado. Espero estar errada aqui e que, ao longo da temporada, Whiskey Cavalier se prove mais criativa do que inicialmente aparenta ser.

No Brasil, Whiskey Cavalier está sendo exibida pela Warner Channel às segundas-feiras, 21h40.

Veja também: Whiskey Cavalier: tudo sobre a nova comédia de ação com Lauren Cohan e Scott Foley

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